Petróleo negocia em baixa de olho na Ucrânia. Ásia fecha mista com tensão entre Pequim e Tóquio
Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta segunda-feira.
Petróleo negoceia em baixa de olho nas negociações de paz na Ucrânia
Os investidores estão de olho no desenrolar do processo de negociação para um cessar-fogo na Ucrânia, depois de este fim de semana ter trazido indicadores mistos: Donald Trump atacou o Presidente ucraniano, acusando-o de ter "zero gratidão", após a Ucrânia ter recusado a proposta de plano de paz feita pelos norte-americanos. Já neste domingo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez uma avaliação positiva das reuniões de Genebra e afirmou que as alterações ao plano de paz tinham sido feitas de acordo com a posição ucraniana.
Um possível acordo de paz na Ucrânia pode fazer levantar as sanções contra o petróleo russo, o que influenciaria a negociação do "ouro negro" a curto prazo.
A esta hora, o preço do Brent, o índice de referência para a Europa, negoceia nos 62,46 dólares por barril, o que representa uma descida de 0,16%. Já o West Texas Intermediate (WTI), a referência americana, negoceia nos 57,95 dólares, uma descida de 0,19%.
"Se chegarmos a um acordo – e é um grande se – o excesso global de oferta vai piorar bastante assim que as sanções forem levantadas", considera Robert Rennie, responsável pela área de matérias-primas do Westpac Banking. "Esta semana vai girar em torno dos comentários europeus, ucranianos e norte-americanos sobre a forma como o plano de paz está a evoluir", cita a agência de notícias financeiras Bloomberg.
Uma outra notícia da agência dá ainda conta que a Rússia está a disponibilizar petróleo à Índia com fortes reduções de preço, depois de duas grandes petrolíferas terem sido sancionadas pelos americanos na semana passada.
Ásia fecha mista com tensão entre Pequim e Tóquio em foco. Futuros europeus avançam
Os principais índices asiáticos fecharam a primeira sessão da semana com uma maioria de perdas, numa altura em que continua a acentuar-se a tensão política entre o Japão e a China. Por outro lado, as apostas de que a Reserva Federal (Fed) dos EUA poderá vir a cortar os juros na sua reunião de dezembro atenuaram o declínio dos índices. Pela Europa, os futuros do Euro Stoxx 50 avançam cerca de 0,80% e apontam para uma abertura em alta.
Pelo Japão, o Nikkei cedeu 2,40% e o Topix desvalorizou ligeiros 0,056%. O sul-coreano Kospi caiu 0,19%. Já pela China, o Hang Seng de Hong Kong pulou mais de 1,80% e o Shanghai Composite avançou 0,049%.
Pela China, a gigante tecnológica Alibaba chegou a subir quase 5% e impulsionou o principal índice de Hong Kong. A subida chega depois de a principal aplicação de inteligência artificial da empresa ter conseguido mais de 10 milhões de downloads, visto pelos investidores como um bom presságio para os esforços da tecnológica de criar um rival do ChatGPT.
Ainda entre os movimentos do mercado, a Samsung Biologics - “spin-off” da Samsung Bioepis - disparou quase 50% no seu primeiro dia de negociação em bolsa.
No plano geopolítico, continua a aumentar a tensão entre Pequim e Tóquio devido a declarações da primeira-ministra nipónica sobre Taiwan, numa altura em que o ministro da Defesa do Japão marca visita a uma base militar próxima a Taiwan, tendo afirmado que os planos para instalar mísseis na ilha estavam em andamento.
No que toca à política monetária, continua a haver entre os investidores uma grande divisão sobre um possível corte de juros da Fed em dezembro. O Goldman Sachs Group, por exemplo, espera um corte no mês que vem, seguido por mais duas flexibilizações em março e junho, de acordo com uma nota do analista Jan Hatzius a que a Bloomberg teve acesso. Já “traders” do JPMorgan mostram uma opinião diferente, afirmando numa nota que esperam que o Comité Federal de Mercado Aberto mantenha a taxa inalterada na reunião de dezembro “devido aos novos dados limitados, uma vez que os salários de outubro e o relatório de emprego de novembro serão divulgados após [a reunião da Fed]”. Assim, a instituição financeira espera antes cortes de 25 pontos-base em janeiro e abril, “com base numa maior flexibilização do mercado de trabalho, seguidos por uma pausa durante o resto de 2026 [...]”.
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