Ibex ultrapassa 14.000 pontos e Dax toca recorde. Europa regista quinta semana de ganhos
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.
- Ásia fecha sem rumo definido. Alibaba perde mais de 3%
- Petróleo com perdas contidas caminha para semana de ganhos
- Ouro perde brilho com trégua na guerra comercial e caminha para pior semana em seis meses
- Dólar desvaloriza com apostas numa maior flexibilização monetária da Fed
- Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro
- Europa negoceia no verde impulsionada por resultados das cotadas
- Euribor desce e a três e seis meses para novos mínimos desde dezembro de 2022 e abril passado
- Wall Street dividida. Cautela toma conta do mercado após semana de euforia
- Petróleo deve fechar segunda semana consecutiva de ganhos
- Ouro fecha pior semana em meio ano com queda de quase 2%
- Alívio de tensões dá a melhor semana ao dólar em mais de dois meses
- Juros aliviam em toda a Zona Euro. "Yield" das Bunds lidera descidas
- Ibex ultrapassa os 14.000 pontos e Dax toca recorde. Europa termina quinta semana de ganhos
Os principais índices asiáticos encerraram a sessão sem rumo definido, à medida que a recuperação desencadeada pelas negociações comerciais entre os EUA e a China continua a arrefecer e os lucros da gigante chinesa do comércio online Alibaba a ficarem aquém do esperado.
O índice MSCI Ásia-Pacífico oscilou entre ganhos e perdas e acabou por conseguir manter-se "à tona", com um avanço de 0,16%. A Alibaba foi um dos principais fatores de pressão na negociação, depois de as receitas trimestrais da empresa terem falhado as estimativas do mercado. A empresa chinesa acabou por recuar mais de 3,60%.
Pela China, o Shanghai Composite recuou 0,50% e o Hang Seng de Hong Kong seguiu a mesma tendência e acabou por ceder 0,44%. No Japão, o Nikkei manteve-se inalterado e o Topix valorizou 0,10%. Já os futuros europeus mantêm-se pouco alterados.
O otimismo vivido durante os últimos dias nos mercados parece estar a ser substituido por um sentimento de cautela entre os investidores. "O mercado precisava de novos catalisadores após o recuo das tarifas EUA-China no fim de semana, e estava à espera dos ganhos tecnológicos da China esta semana para sustentar a recuperação, mas o resultado do Alibaba na noite passada não foi capaz de fornecer o impulso [necessário]", disse à Bloomberg Vey-Sern Ling, diretor executivo do Union Bancaire Privée.
Entre eventos empresariais, os investidores estarão a acompanhar de perto a entrada em bolsa da CATL – fabricante chinesa de baterias - em Hong Kong, prevista para a próxima terça-feira.
Na Europa, os futuros apontam para uma abertura em terreno positivo.

Os preços do petróleo mantêm-se relativamente estáveis esta sexta-feira, numa altura em que o crude negoceia com perdas pouco expressivas e rumo a uma segunda semana consecutiva de ganhos, impulsionado pelo abrandamento das tensões comerciais entre os EUA e a China, embora o potencial alívio de sanções dos EUA ao Irão esteja a limitar maiores ganhos para o "ouro negro".
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – cede a esta hora 0,36% para os 61,40 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,22% para os 64,39 dólares por barril.
O Presidente Donald Trump afirmou que os Estados Unidos estavam a aproximar-se de um acordo nuclear com o Irão, tendo Teerão "mais ou menos" concordado com os seus termos, de acordo com a Reuters.
Um acordo entre Teerão e Washington que levante as sanções impostas pelos EUA, permitiria ao Irão aumentar a produção de petróleo e encontrar mais compradores para o seu crude.
Apesar da potencial pressão sobre a oferta, tanto o Brent como o WTI subiram 1% até agora esta semana. O sentimento dos "traders" foi impulsionado depois de os EUA e a China, os dois maiores consumidores de petróleo do mundo, terem concordado em fazer uma pausa de 90 dias na guerra comercial. As pesadas tarifas recíprocas agora levantadas reduziram as preocupações de que as tarifas impostas por ambos os países levariam a uma contração do crescimento global, o que pressionaria, por sua vez, a procura por petróleo.
O preço do ouro estava em queda, esta sexta-feira, caminhando para o maior declínio semanal em seis meses, com o fortalecimento do dólar e a trégua na guerra comercial a diminuirem o apetite dos investidores por um ativo de refúgio.
A esta hora, o ouro cedia 1% para 3,207.76 dólares por onça, acumulando perdas superiores a 3% desde segunda-feira, caminhando para o seu pior desempenho semanal desde novembro de 2024.
As tréguas na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, anunciadas na segunda-feira, deixaram os mercados em euforia e aliviaram a pressão sobre a economia global, por força da baixa das tarifas aplicadas às importações oriundas de cada um dos países durante um período de 90 dias.
Em resultado, as tarifas norte-americanas aplicadas aos produtos "made in China" baixam dos 145% atuais para 30%, enquanto as tarifas de 125% que Pequim impôs em retaliação desaparecem, voltando aos 10%.

O dólar segue a perder terreno, a par com os rendimentos do Tesouro norte-americanos esta sexta-feira, depois de fracos dados económicos terem aumentado as apostas de mais cortes nas taxas da Reserva Federal (Fed) durante o decorrer do ano.
O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais - cai a esta hora 0,29% para os 100,584 pontos.
A maior parte da ação no mercado cambial veio dos movimentos do dólar face ao won sul-coreano, refere a Reuters, com a "nota verde" a cair acentuadamente pelo segundo dia consecutivo, após notícias de que Washington e Seul terão discutido a taxa de câmbio dólar/won no início do mês.
O won segue a valorizar 0,45% para os 0,072 dólares.
Os mercados estão agora a apostar numa flexibilização em cerca de 57 pontos base até dezembro no plano de política monetária, na sequência dos dados económicos conhecidos esta quinta-feira.
Num discurso observado de perto, o presidente da Fed, Jerome Powell, disse que os decisores de política monetária do banco central dos EUA sentem que precisam de reconsiderar os elementos-chave em torno do emprego e da inflação na sua atual abordagem.
O iene japonês segue igualmente a ganhar terreno face ao dólar, numa altura em que a "nota verde" perde 0,32% para os 145,200 ienes.
Por cá, o euro sobe 0,20% para US $ 1,121, enquanto a libra avança 0,08% para os 1,332 dólares.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviam em toda a linhaesta sexta-feira, numa altura em que os principais índices do Velho Continente seguem a negociar em alta.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviam 2,8 pontos-base, para 3,038%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento segue a mesma tendência e cai 2,4 pontos para 3,209%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresce 2,6 pontos-base para 3,265%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviam 2,5 pontos para 2,594%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, cedem 3,6 pontos-base para 4,621%.
Os principais índices do Velho Continente negoceiam em alta esta manhã e encaminham-se para a quinta semana consecutiva de ganhos, com o arrefecimento das tensões comerciais a nível mundial a impulsionar o sentimento dos investidores, enquanto a época de resultados das empresas foi melhor do que o esperado.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – recua 0,23%, para os 542,62 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX regista perdas de 0,22%, o britânico FTSE 100 recua 0,29%, o francês CAC-40 perde 0,25%, o espanhol IBEX 35 desvaloriza 0,19%, o italiano FTSEMIB cede 0,44% e o holandês AEX desliza 0,51%.
Os índices europeus acompanharam uma recuperação global nos mercados bolsistas esta semana, com Washington e Pequim a chegarem a acordo sobre uma trégua temporária na guerra comercial.
Os investidores estão mais otimistas quanto às perspetivas económicas, embora o recente aumento dos rendimentos das obrigações dos EUA tenha limitado o sentimento positivo dos mercados.
"A subida das taxas de rendibilidade de longo prazo está a prejudicar esta recuperação generalizada", explicou à Bloomberg Florian Ielpo, responsável pela investigação macroeconómica da Lombard Odier Investment Managers. Neste contexto, acrescentou o especialista, "as valorizações europeias parecem muito mais atrativas: rendimentos mais baixos significam uma maior progressão potencial dos preços das ações europeias."
Entretanto, os lucros europeus superaram largamente as expectativas. As empresas que constituem o índice MSCI Europe registaram um aumento de 5% nos lucros do primeiro trimestre, em comparação com as previsões do mercado de um declínio de 1,5%, de acordo com dados compilados pela Bloomberg Intelligence.
O pico da incerteza que se vivia face aos resultados empresariais pode ja ter passado à medida que as preocupações com os fluxos do comércio ao nível internacional parecem diminuir.
Entre os setores, a saúde regista os maiores ganhos (+1,62%), seguido dos bens domésticos (+1,08%).
Por sua vez, os recursos naturais (-0,21%) e o turismo (-0,10%) seguem com as maiores perdas.
Entre os movimentos do mercado, a Richemont - conglomerado suiço de artigos de luxo - ganha mais de 1%, ao registar um aumento das vendas para o ano inteiro, devido à popularidade contínua da sua marca Cartier. Já a petrolífera Eni segue a ganhar 0,69%, depois de ter divulgado que iria avançar com uma recompra de ações no valor de até 1,5 mil milhões de euros.
A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a quinta-feira, nos dois prazos mais curtos para mínimos desde dezembro de 2022 e 23 de abril passado, respetivamente.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,101%, ficou abaixo da taxa a seis (2,156%) e a 12 meses (2,142%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, ao ser fixada em 2,156%, menos 0,005 pontos e um novo mínimo desde 23 de abril.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.
No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou, ao ser fixada em 2,142%, menos 0,019 pontos do que na quinta-feira.
Também a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, recuou hoje, para 2,101%, menos 0,026 pontos e um novo mínimo desde 20 de dezembro de 2022.
Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).
A média da Euribor a três, a seis e a 12 meses em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.
Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.
A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa

As principais bolsas norte-americanas arrancaram a última sessão da semana divididas entre ganhos e perdas, à medida que o "rally" do início da semana parece estar a ver agora um travão, já que os investidores estão mais cautelosos quanto às suas apostas.
O acordo comercial entre a China e os EUA deu pujança aos mercados financeiros esta semana, devolvendo aos investidores o apetite pelo risco, que voltaram a colocar as ações norte-americanas como a sua escolha favorita.
A caminho de fechar a melhor semana do ano, o S&P 500 sobe a esta hora 0,04% para 5.919,58 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,16% para 19.142,95 pontos. Em contraciclo, o industrial Dow Jones cede 0,16% para 42.256,35 pontos.
Os dados da economia norte-americana, revelados ao longo da semana, também alimentaram as expectativas dos investidores por mais cortes de juros por parte da Reserva Federal. O mercado antecipa agora dois cortes, um durante o verão e outro em dezembro.
Além disso, o presidente do banco da Fed de Atlanta afastou mesmo a ideia de uma recessão económica nos EUA.
Entre os principais movimentos empresariais, a UnitedHealth continua a cair cerca de 11%, após esta quinta-feira o Departamento de Justiça norte-americano ter aberto uma investigação por fraude com a seguradora Medicare.
A Applied Materials cede 6,3% depois de ter apresentado uma previsão pouco animadora para este ano, salientando o potencial custo do conflito comercial entre os EUA e a China. Já a Charter Communications concordou em associar-se à Cox Communications, uma empresa de capital fechado, num acordo que uniria dois dos maiores fornecedores de serviços por cabo dos EUA. A primeira sobe 3%.

Os preços do crude estão a registar ganhos ligeiros esta tarde e estão-se a encaminhar para terminar a segunda semana consecutiva de ganhos. A semana começou com valorizações significativas, após os EUA e a China terem assinado um acordo comercial que levantou as preocupações do mercado quanto à procura chinesa - os maiores compradores de "ouro negro" do mundo.
No entanto, o "rally" sofreu ontem um travão, depois de o Presidente dos EUA ter admitido que um acordo nuclear com o Irão poderá estar a chegar, o que aumentaria a oferta de petróleo num mercado já em excesso. Ainda assim, analistas consultados pela Bloomberg que consideram que os 200 mil a 300 mil barris que o Teerão colocaria no mercado não iriam alterar muito a situação atual.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – sobe 0,58% para os 61,98 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,48% para os 64,84 dólares por barril. Ainda assim, os preços cedem cerca de 10% desde o início do ano.
A Agência Internacional de Energia reiterou esta quinta-feira que espera que o aumento da nova produção mundial exceda a subida da procura este ano e o próximo, criando um excesso no mercado - que poderá ser ainda maior se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) confirmarem novos aumentos de produção.

O ouro está a caminho de terminar a pior semana desde novembro, já que nos últimos dias os investidores têm fugido dos ativos-refúgio e optado pelo risco, depois de as duas maiores economias do mundo - os EUA e a China - terem chegado a acordo comercial.
Ainda que temporário, o acordo prevê uma descida significativa das tarifas aplicadas mutuamente.
O metal amarelo recua esta sexta-feira 1,84% para 3.180,35 dólares por onça, com um deslize de mais de 4% no acumulado da semana.
Nem os dados da economia norte-americana mais fracos do que o antecipado animaram o mercado. A desaceleração da inflação, combinado uma estagnação das vendas a retalho, consolidaram apostas de mais cortes nas taxas da Reserva Federal para este ano - o que tende a beneficiar o metal amarelo, que não remunera juros.
Para piorar o sentimento sentido desde o início da semana no mercado de metais, equipas de negociações russas e ucranianas arrancaram com as primeiras conversações diretas depois de mais de três anos de guerra. Com a porta aberta para tréguas, os preços do ouro podem descer ainda mais.

O dólar está a negociar em terreno positivo face aos seus principais concorrentes, numa altura em que novos dados económicos apontam para uma aceleração dos preços na maior economia do mundo. A "nota verde" encaminha-se, assim, para fechar a melhor semana em cerca de dois meses e meio, depois de ter chegado a crescer mais de 1% na segunda-feira, embalada pelas "tréguas" comerciais entre EUA e China.
De acordo com o Departamento do Trabalho norte-americano, os preços das importações aumentaram de forma inesperada em abril. Os analistas contactados pela Reuters apontavam para uma desaceleração de 0,4%, mas os resultados provaram o contrário e os preços acabaram por registar um crescimento de 0,1%.
Neste contexto, o índice do dólar - que mede a força da moeda face às suas principais rivais – sobe 0,36%, encaminhando-se para fechar a semana com ganhos de 0,7%. Por sua vez, o euro regista um saldo semanal negativo de 0,8% face à divisa norte-americana, caindo, neste momento, 0,36% para 1,1147 dólares.
Apesar da recuperação registada nas últimas semanas, o dólar continua longe de negociar nos níveis pré-tarifas. A moeda de referência a nível mundial ainda regista um saldo negativo de cerca de 3% desde o infame "dia da libertação", quando Donald Trump, Presidente dos EUA, revelou a extensão das suas tarifas recíprocas.
"A ideia de que o comércio não se está a afastar completamente da turbulência continua a ter um impacto negativo na confiança a longo-prazo do dólar", explica Juan Perez, diretor de negociação na Monex USA.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram esta sexta-feira, numa altura em que os principais índices do Velho Continente terminaram a última sessão da semana a negociar em alta.
Os investidores estão a prever uma maior flexibilização por parte do Banco Central Europeu, sem que haja um fator claro, segundo a Bloomberg. O economista do BCE, Philip Lane, afirmou que o banco central irá publicar cenários adicionais para a economia do bloco juntamente com as perspetivas trimestrais do próximo mês, numa tentativa de captar os possíveis efeitos da atual turbulência comercial.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram 2,3 pontos base, para 3,088%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento segue a mesma tendência e caiu 2,5 pontos para 3,208%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresceu 3,1 pontos-base para 3,260%. Já os juros das Bunds alemãs, referência para a região, desceram 3,2 pontos para 2,587%.
Fora da Zona Euro, os juros das Gilts britânicas, também a dez anos, cederam 1,1 pontos base para 4,647%.

As principais bolsas europeias terminaram com valorizações pela quinta semana consecutiva e, ainda sem novos catalisadores de mercado, os investidores vão reagindo ao alívio das tensões comerciais e aos resultados dos primeiros três meses do ano das maiores cotadas do bloco.
Os investidores tiveram uma semana preenchida de otimismo, preferindo assim investir em ativos de risco. No passado fim de semana, as duas maiores economias do mundo - os EUA e a China -, assinaram um acordo comercial para baixar as tarifas de forma significativa que, ainda que de forma temporária (90 dias), definiram o tom positivo para toda a semana.
O índice que agrega as principais praças europeias, o Stoxx 600, subiu 0,42% para 549,26 pontos, assinalando a mais longa série de valorizações semanais desde fevereiro. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark", o imobiliário, a saúde e as telecomunicações foram os que registaram maiores subidas, ao valorizarem mais de 1%. Já os "basic resources" travaram maiores ganhos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o destaque vai para o espanhol Ibex 35, que ultrapassou a barreira dos 14 mil pontos, pela primeira vez desde 2008, ao subir quase 1%. Na semana, a praça espanhola acumulou ganhos de 3,77%. Com apenas três cotadas a terminarem no vermelho, a subida deu-se, sobretudo, à boleia de empresas como a Acciona e a Grifols, que ganharam 3% e 4,6%, respetivamente. A Grifols subiu na semana em que apresentou resultados, tendo acumulado uma valorização semanal de 10,7%.
Já o alemão DAX registou um aumento de 0,3% e fechou em máximos históricos de 23.767,43 pontos.
O britânico FTSE 100 somou 0,6%, o francês CAC-40 avançou 0,42%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,6% e o holandês AEX saltou 0,2%.
Quanto às empresas europeias, os economistas consultados pela Bloomberg afirmam que os lucros apresentados superaram em larga escala as expectativas: as empresas do MSCI Europe registaram um aumento de 5,3% nos lucros do primeiro trimestre, em comparação com as estimativas de um declínio de 1,5%.
O Citigroup acredita que o pico da incerteza dos lucros possa já ter passado, à medida que as preocupações com o comércio mundial diminuem.
Esta sexta-feira, a Richemont avançou 6,78%, uma vez que registou um aumento das vendas devido à popularidade contínua da marca Cartier.
A Novo Nordisk cedeu 1,81% depois de o CEO ter anunciado a sua saída por mútuo acordo, alegadamente, pelo recuo das ações da fabricante de medicamentos nos últimos tempos.
A Inditex subiu quase 2% após esta sexta-feira ter divulgado alterações na gestão, com mudanças no chief financial officer (CFO) e no chief sustainability officer, sem indicar os motivos das alterações.
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