Europa fecha sessão a derrapar 0,02%, com investidores atentos à variante delta. Brent regressa aos 70 dólares
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
- Recuperação chinesa dá força aos futuros da Europa
- Preços do petróleo voltam a subir com covid a aliviar na China
- UBS diz que preços de petróleo podem chegar aos 75 dólares
- Ásia: Entrada de Cathie Wood na JD.com e compra de ações próprias da Tencent deram força
- Ouro perto de máximos dois meses a aguardar pela Fed
- Juros da Zona Euro caem com foco em emissões de dívida
- Europa ganha com otimismo da China a dar força
- Greenvolt volta a disparar quase 6% para máximos
- Wall Street abre com novos máximos históricos à boleia da China e de vacinas anti-covid
- Ouro regista ganhos ligeiros após tocar a marca de 1.800 dólares
- Juros da dívida de Portugal acima dos 0,12%
- Brent recupera fasquia dos 70 dólares
- Dólar desvaloriza face ao euro à espera da Fed
- Europa fecha sessão a derrapar 0,02%, com investidores atentos à variante delta
Os futuros das ações europeias estão a negociar em alta na pré-abertura de sessão desta terça-feira, com o otimismo sobre o ritmo de vacinação nos EUA e o contínuo suporte por parte dos bancos centrais a darem a mão ao sentimento do mercado.
No continente asiático, durante a madrugada em Lisboa, as ações chinesas conheceram um forte apoio por parte do setor tecnológico, com a JD.com a brilhar depois de apresentar resultados. Os índices de Japão (+1,1%), Coreia do Sul (+1,3%), Hong Kong (+1,6%) e China (+1%) registaram todos ganhos.
Os mercados continuam otimistas face à semana anterior quando surgiram várias dúvidas sobre o ritmo da recuperação das economias dos países.
Esta semana, o foco está no encontro da Reserva Federal dos EUA, em Jackson Hole, que será realizado de forma virtual pelo segundo ano seguido. Esta edição ganha particular atenção numa altura em que o banco central já desenha um plano de fuga aos estímulos monetários.

Os preços do petróleo estão a alargar os ganhos nesta terça-feira, depois de ontem terem subido cerca de 5% numa altura em que a propagação da variante Delta da covid-19 alivia em alguns países que são fortes consumidores desta matéria-prima.
O Brent, negociado em Londres e que serve de referência para Portugal, está a valorizar 0,79% para os 69,20 dólares por barril e o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) valoriza 0,46% para os 66,07 dólares por barril.
Na China, o número de casos covid-19 tem baixado e o regresso do trânsito nas estradas dá sinais positivos de recuperação do consumo.

O banco UBS prevê que os preços do petróleo voltem a atingir os 75 dólares por barril à medida que o mercado na China vai recuperando o consumo, chutando para canto os receios quanto à propagação da covid-19.
Um relatório deste "player" norte-americano mostra que os inventários vão continuar a cair nos EUA, com a procura a subir com força em todo o mundo.
Adiantam ainda que é provável que a OPEP+ (Organização de Países Exportadores de Petróleo e os aliados liderados pela Rússia) façam uma pausa na injeção de mais barris para o mercado se as circunstâncias se alterarem.

As gigantes de tecnologia chinesas subiram pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira, com a operação de compra de ações próprias da Tencent e a entrada da famosa investidora Cathie Wood na JD.com a darem força a este conjunto.
O índice Hang Seng Tech, que agrupa as maiores empresas deste setor em Hong Kong, subiu um máximo de 5,3% na sessão asiática, depois de uma sequência de cinco semanas em queda.
Enquanto não há novidades sobre o aperto da regulação da China, os investidores vão-se agarrando a outros dados para fazer valorizar estas cotadas. Entre eles estão os resultados trimestrais da JD.com, com as vendas a superarem as estimativas do mercado.
E foram esses números que levaram o fundo de Cathie Wood, o Ark, a comprar ações nesta empresa, depois de ter reduzido a sua exposição a todas as empresas chinesas para perto de zero, este ano.
As ações da Tencent, a maior empresa da China por avaliação de mercado, disparou quase 8% e a JD.com 12%.
O ouro está a negociar perto de máximos de dois meses nesta terça-feira, apesar de um ligeiro recuo, à espera do encontro da Reserva Federal dos EUA que irá decorrer entre a próxima quinta-feira e domingo.
Por esta altura, o metal precioso está a escorregar 0,1% para os 1.802,42 dólares por onça, numa altura em que se espera que o banco central divulgue mais pormenores sobre o plano de retirada de estímulos que poderá ocorrer ainda este ano.
Mas o aumento do ritmo do plano de vacinação nos EUA aliviou os receios sobre a propagação do vírus, fazendo com que o ouro, que por norma beneficia com turbulência externa, caísse nesta manhã.
A cair está o euro, face ao dólar norte-americano, que hoje perde 0,05% para os 1,173 dólares.
Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estão a cair na manhã desta terça-feira, num dia em que o foco está nos leilões de dívida em vários países da região.
Na Alemanha irá ocorrer um leilão de dívida no valor de 3 mil milhões de euros a sete anos e a Finlândia espera colocar a mesma quantia.
Os juros germânicos a dez anos estão a recuar 0,1 pontos base para os -0,483% e os juros de Itália estão a perder 0,6 pontos base para os 0,573%.
Por cá, a "yield" portuguesa com maturidade a dez anos está a cair 0,4 pontos base para os 0,117%.
As ações europeias estão a dar seguimento ao momento positivo que se vive com apoio das ações asiáticas durante a madrugada. O Stoxx 600, índice que agrupa as 600 maiores cotadas da região, está a ganhar 0,37% para os 473,61 pontos.
Entre os setores destacam-se as empresas de recursos básicos com o preço do ferro a disparar novamente, enquanto que o setor do turismo e do retalho estão entre os bons desempenhos do dia. Os setores mais defensivos, como as "utilities" e a saúde entre as piores prestações.
Os investidores estão a medir o pulso ao ritmo dos planos de vacinação entre os países da região, como foco para a recuperação das respetivas economias.
Mesmo com as quedas da semana passada, o índice de referência para a Europa está a caminho do seu melhor mês desde março deste ano e está novamente a espreitar máximos históricos.

As ações da portuguesa Greenvolt estão novamente a disparar em bolsa, ainda a beneficiar com a "chuva" de notas positivas que obteve ontem por parte de vários bancos de investimento, como o Santander ou o CaixaBank BPI.
Hoje, a cotação da subsidiária da Altri está a valorizar 5,56% para os 5,70 euros por ação, depois de ontem ter chegado a disparar cerca de 11% a meio da sessão.
Os três maiores índices dos EUA abriram a sessão desta terça-feira a negociar em alta, com o setor tecnológico a renovar máximos históricos à boleia da boa prestação das empresas asiáticas, durante a madrugada em Lisboa.
Por esta altura, o Dow Jones ganha 0,17% para os 35.387,64 pontos e o S&P 500 avança 0,17%para os 4.487,21 pontos - um novo recorde.
O tecnológico Nasdaq Composite acompanha os ganhos com uma subida de 0,32% para os 14.989,13 pontos, o que representa um novo máximo histórico.
A aprovação final da vacina da Pfizer deu um novo alento aos mercados nesta abertura de sessão, numa sessão marcada por uma boa prestação dos setores de energia e industrial.
A temporada de resultados das empresas e a esperança de que a Reserva Federal dos EUA continue a injetar dinheiro na economia do país são dois pontos que vão aguentando o barco em Wall Street.
O preço do ouro está a registar ganhos ligeiros (muito perto da linha de água), depois de ter ultrapassado a marca de 1.800 dólares por onça. Com o dólar a registar perdas, o ouro é percecionado como um ativo mais atrativo para os investidores. A contribuir também para a subida do preço do metal amarelo está a relutância dos investidores em fazer qualquer aposta agressiva, optando por esperar por ver o que sairá do discurso do presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, na reunião de Jackson Hole. Como o ouro é um ativo de refúgio, sai valorizado com esta tendência.
No que toca a outros metais preciosos, a prata está também a ganhar 1,11% para 23,97 dólares por onça, enquanto a platina sobe 0,13% para 1.019,42 dólares por onça.
Os juros da dívida estão a subir na Alemanha e também na Península Ibérica. Nesta sessão, apenas a yield de Itália está a contrariar esta tendência. O mercado está com as atenções focadas no discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, em Jackson Hole, esperando um sinal de quando o banco central norte-americano poderá começar a retirar os estímulos, o que pode influenciar a política seguida também pelo BCE.
Os juros da dívida de Itália, com maturidade a dez anos, estão a recuar 0,8 pontos base, para os 0,571%.
Já na Alemanha, com as "bunds" germânicas a servir de referência à Zona Euro, verifica-se uma subida de 0,6 pontos base para -0,477%.
Em Portugal, os juros da dívida com maturidade a dez anos também sobem, neste caso 0,6 pontos base, para 0,127%. Em Espanha, a "yield" a dez anos avança 0,7 pontos base, para 0,236%.
Os preços do petróleo estão a subir, impulsionados pelas perspetivas de grande procura, depois de os reguladores dos Estados Unidos terem emitido a primeira aprovação total para à vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 acima dos 16 anos.
O WTI, negociado em Nova Iorque, está a subir 2,65%, com o barril a cotar nos 67,38 dólares. Enquanto isso, o Brent, que serve de referência a Portugal, recupera a fasquia de 70 dólares, depois de, na passada sexta-feira, ter caído para 65,18 (mínimo de três meses). Agora, o Brent do Mar do Norte está a valorizar 2,81%, com o barril nos 70,68 dólares.
Além das perspetivas de aumento da procura, os preços do petróleo estão ainda em alta depois de um incêndio ter atingido uma plataforma de petróleo offshore operada pela estatal mexicana Pemex e ter cortado a produção em 444 mil barris por dia.
O dólar está a registar perdas ligeiras, depois de, na semana passada, ter atingido máximos de nove meses. A divisa norte-americana está a perder face à moeda única europeia, com uma desvalorização de 0,14% para 1,1762 euros.
Os investidores aguardam que a Reserva Federal norte-americana divulgue mais pormenores sobre o plano de retirada de estímulos que poderá ocorrer ainda este ano. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda em relação a um cabaz das seis principais moedas, está a perder ligeiramente 0,01%, para 92,95.
Com o dólar em queda, o euro aproveita para somar. A moeda única europeia estabiliza nos 128,85 ienes, e soma 0,04% para 0,8565 libras.
O Stoxx 600, o índice que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa, fechou a ceder 0,02%, num dia em que os investidores pesaram os receios da variante delta.
Ao longo da sessão, o índice pan-europeu oscilou entre ganhos e quedas. O setor mineiro esteve em destaque nesta sessão, a registar ganhos de 2%. Também o setor doo turismo e lazer esteve em destaque, com as companhias aéreas a registar ganhos de 2%, com o otimismo da aprovação a título definitivo da vacina da Pfizer pelo regulador norte-americano, a FDA, a fazer-se sentir. Até então, a vacina desenvolvida pela gigante farmacêutica tinha uma aprovação para uso de emergência. Já o setor da saúde cedeu 1% na sessão.
Empresas como a Zur Rose Group avançaram 8,4%; no setor do turismo e lazer, a companhia aérea easyJet avançou 5,3% e o operador turístico TUI registou ganhos também de 5,3%. Em sentido contrário, a cadeia de supermercados Kesko caiu 5,7%; a dona dos supermercados Sainsbury também caiu nesta sessão, neste caso 4,9%, a corrigir os fortes ganhos da sessão desta segunda-feira, depois de a imprensa britânica dar conta do interesse de fundos de investimento na aquisição da empresa.
A maioria das praças europeias fechou o dia em terreno positivo, com ganhos ligeiros, com exceção do francês CAC 40 (queda de 0,3%), do espanhol IBEX 35 (cedeu 0,2%). Já o inglês FTSE 100 avançou 0,2%, o índice alemão DAX avançou 0,3% e a bolsa de Amesterdão apreciou 0,4%. O PSI-20 registou ganhos de 0,04%.
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