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Imobiliário pressiona Stoxx 600. Subida do dólar castiga ouro

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.

bolsas, operadores, traders
bolsas, operadores, traders Brendan McDermid/Reuters
12 de Setembro de 2023 às 17:56
Europa aponta no verde antes de tirar o pulso à Alemanha e Reino Unido. Ásia fecha mista

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,2%, apontando a Europa para terreno positivo.

O movimento ocorre numa altura em que os investidores aguardam a divulgação de dados referentes ao mercado de trabalho no Reino Unido, de forma a encontrarem pistas sobre o futuro da política monetária levada a cabo pelo Banco de Inglaterra (na sigla inglesa BoE).

Além dos números britânicos, o mercado também está à espera da publicação do índice do sentimento económico ZEW.

Pela Ásia, na China, Xangai caiu 0,2% e Hong Kong desvalorizou 0,1%. No Japão o Topix somou 0,5% e o Nikkei valorizou 0,95%.

Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,84%.

Petróleo soma dados antes da chuva de boletins mensais de crude
Petróleo soma dados antes da chuva de boletins mensais de crude

O petróleo ganha tanto em Londres como em Nova Iorque, momentos antes de serem divulgados os relatórios da Organização dos Países Exportadores do Petróleo (OPEP) e da Agência Internacional de Energia.

O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – soma 0,36% para 87,6 dólares por barril.

O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cresce 0,28% para 90,89 dólares por barril.

Tanto a OPEP como a administração norte-americana publicam os boletins mensais esta terça-feira. Na quarta-feira é a vez da Agência Internacional da Energia.

Ouro recua enquanto dólar avança
Ouro recua enquanto dólar avança

O ouro recua, num dia em que o dólar avança, numa altura em que os investidores aguardam a divulgação do índice de preços no consumidor (IPC) nos EUA esta quarta-feira.

O metal amarelo desvaloriza 0,12% para 1.919,92 dólares por onça.

Os dados do IPC serão determinantes para o encontro do Comité Federal de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) norte-americana marcado para a próxima semana.

Caso os números da inflação fiquem em linha com acima do esperado, tal pode "colocar alguma pressão a curto prazo sobre o ouro", alerta Nicholas Frappell, diretor da unidade de mercados institucionais da ABC Refinery.

Euro recua face ao dólar já de olhos postos em Frankfurt
Euro recua face ao dólar já de olhos postos em Frankfurt

O euro recua 0,22% para 1,0726 dólares. Os tambores já rufam à espera do desfecho da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), agendada para esta quinta-feira.

Os economistas dividem-se, havendo quem espera uma subida de 25 pontos de base das taxas de juro diretoras e quem defenda que a autoridade monetária pode optar por uma pausa na subida do ciclo dos juros diretores.

O mercado espera ainda digerir esta terça-feira o índice ZEW do sentimento económico relativamente a setembro que é hoje conhecido na Zona Euro e Alemanha, a maior economia da Europa. Ainda serão divulgados os dados da inflação final de agosto em Espanha e do desemprego em julho no Reino Unido.

O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – soma 0,16% para 104,732 pontos. O movimento ocorre um dia antes de serem conhecidos os números da inflação em agosto nos EUA.

Juros aliviam na Zona Euro
Juros aliviam na Zona Euro

Os juros aliviam na Zona Euro e no Reino Unido, apesar de terem sido divulgados os mais recentes indicadores sobre o mercado britânico de trabalho. 

Durante três meses, até julho, o crescimento dos salários manteve-se num nível recorde, pressionando o Banco de Inglaterra a manter a sua política monetária restritiva para combater a inflação.

Além de estarem a digerir os dados sobre o mercado britânico de trabalho, o mercado está ainda à espera de conhecer o índice ZEW do sentimento económico relativamente a setembro na Zona Euro e na Alemanha.

A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – aliviou 1,2 pontos base para 2,611%.

A rendibilidade das obrigações portuguesas com a mesma maturidade subtraiu 0,4 pontos base para 3,341%.

Os juros da dívida espanhola com vencimento em 2033 cederam 1,1 pontos base para 3,675% e a "yield" dos títulos italianos com a mesma data de vencimento recuaram 1,9 pontos base para 4,370%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" a 10 anos aliviaram 3,2 pontos base – registando um recuo mais expressivo face às rendibilidades homólogas das principais dívidas soberanas da Zona Euro - para 4,432%.

Europa mista. Goldman Sachs dá corda às ações do Watches of Switzerland Group
Europa mista. Goldman Sachs dá corda às ações do Watches of Switzerland Group

A Europa negoceia mista, a digerir os mais recentes dados económicos vindos do Reino Unido e à espera de outros tantos vindos da Península Ibérica, Alemanha e do conjunto da Zona Euro.

Os investidores tentam ainda antecipar o que se passará em Frankfurt na quinta-feira, após a reunião do conselho do Banco Central Europeu, numa altura em que se dividem as opiniões sobre se a autoridade monetária subirá ou não as taxas de juro.

O índice de referência europeu Stoxx 600 negoceia na linha de água (-0,02%) para 456,14 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, "oil & gas" e tecnologia são os que mais pressionam e "telecom" comanda os ganhos.

Entre as principais praças europeias, Madrid avança 0,25%, Amesterdão negoceia na linha de água (0,02%) e Londres sobe 0,13%. Durante três meses, até julho, o crescimento dos salários manteve-se num nível recorde, pressionando o Banco de Inglaterra a manter a sua política monetária restritiva para combater a inflação.

Frankfurt desvaloriza 0,33%, Paris negoceia na linha de água (-0,01%), assim como Lisboa (-0,02%) e Milão perde 0,19%.

Os investidores estão atentos às ações da SAP, as quais derraparam 1,83% depois de a concorrente Oracle ter reportado um abrandamento no crescimento das vendas no segmento de negócio da "cloud".

Já os títulos da Watches of Switzerland Group cresceram 3,34%, à boleia da revisão em alta da recomendação das ações pelos analistas do Goldman Sachs.

Euribor sobe a três e a 12 meses e desce a seis meses

A taxa Euribor subiu hoje a três e a 12 meses e desceu a seis meses face a segunda-feira.

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,103%, mais 0,022 pontos que na segunda-feira, depois de ter subido até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.

Em sentido contrário, no prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, baixou hoje para 3,968%, menos 0,002 pontos do que na sessão anterior, abaixo dos 3,987% registados em 31 de agosto, um máximo desde novembro de 2008.

Por sua vez, a Euribor a três meses avançou 0,002 pontos face à anterior sessão, ao ser fixada hoje em 3,824%, depois de ter atingido um novo máximo de 3,826% em 23 de agosto deste ano.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base -- tal como em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

MC // EA

Lusa/Fim

Wall Street abre em baixa. Oracle perde mais de 11%
Wall Street abre em baixa. Oracle perde mais de 11%

Os principais índices em Wall Street abriram a negociar em baixa, depois de terem começado a semana em tom positivo.

O índice industrial Dow Jones recua 0,08% para 34.635,31 pontos. Já o Standard & Poor’s 500 desce 0,2% para 4.478,42 pontos, ao passo que o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,34% para se fixar nos 13.871,01 pontos.

Entre os principais movimentos de mercado, a Oracle perde mais de 11%, depois de ter emitido um "guidance" em que espera resultados abaixo do esperado no quarto trimestre, numa altura de grande incerteza na China e crescente competição no setor da "cloud".

Já a Apple está praticamente inalterada, horas antes do lançamento do novo iPhone 15 - o primeiro com porta USB-C imposta na União Europeia - no seu evento de outono em Cupertino, na Califórnia.

Os investidores continuam a centrar-se numa leitura da inflação nos Estados Unidos, referente ao mês de agosto, na quarta-feira e que será crucial para avaliar que decisão irá tomar a Reserva Federal na reunião da próxima semana.

As recentes subidas nos preços dos combustíveis e os dados económicos robustos têm gerado crescentes preocupações relativamente a uma inflação persistente nos EUA.

"As pessoas estão um pouco preocupadas com os preços da energia a subirem de forma bastante agressiva nas últimas semanas e isso cria algumas preocupações à medida que olhamos para novembro", disse à Reuters Thomas Hayes, "chairman" da Great Hill Capital.

"Parecem não haver dúvidas que a Fed não irá subir juros em setembro, mas os dados da inflação que vão ser divulgados entre agora e novembro são críticos e o mercado está num ponto em que um maior aperto da política monetária poderia ser excessivo", completou.

Petróleo escala animado por previsões de enormes cortes na oferta
Petróleo escala animado por previsões de enormes cortes na oferta

O petróleo valoriza para máximos de dez meses em Londres, com as notícias de que o mercado de crude continua competitivo, com procura robusta e cortes na oferta.

O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – soma 1,58% para 88,67 dólares por barril.

O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cresce 1,29% para 91,81 dólares por barril.

O gasóleo - o combustível da economia global - valoriza, animado pelos planos russos de limitar as exportações este mês, ultrapassando os mil dólares por tonelada na Europa.

Dados publicados pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) revelam a dimensão do aperto futuro na oferta de petróleo, com a potencial perda de mais de três milhões de barris por dia - a maior redução em mais de uma década.

Sobre a evolução da procura mundial de petróleo, a OPEP manteve inalterada a previsão até ao final de 2024, que aponta para aumentos de 2,4% em 2023 e de 2,2% em no próximo ano.

No relatório mensal, a organização explica que estas previsões estão ligadas à expectativa de que a economia mundial cresça 2,7% em 2023, e 2,6% em 2024.

Os futuros do petróleo ganharam cerca de 25% desde junho, com a procura em alta, ao mesmo tempo que a Arábia Saudita e a Rússia limitam a oferta, com o objetivo de aumentar as receitas.

Subida do dólar penaliza ouro

O ouro está a desvalorizar e a negociar em mínimos de duas semanas, numa altura em que o dólar vai negociando em alta, o que torna o metal amarelo mais dispendioso para compradores em moeda estrangeira, uma vez que o ouro negoceia na divisa dos EUA.

O ouro perde 0,63% para 1.910,16 dólares por onça.

No câmbio, o dólar sobe 0,35% para 0,9335 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – soma 0,27% para 104,852 pontos.

Os dados da inflação nos Estados Unidos que serão divulgados esta quarta-feira continuam a ser o principal centro de atenção dos investidores esta semana. 

A maioria das previsões aponta para que a inflação tenha subido ligeiramente, mas o maior risco para o dólar é um abrandamento na subida dos preços ou um valor em linha com o esperado, explicou à Reuters o analista Adam Cole da RBC Capital Markets.

Juros agravam-se na Zona Euro. Investidores de olhos no BCE

Os juros agravaram-se ligeiramente esta terça-feira na Zona Euro, com os investidores focados na reunião de política monetária do Banco Central Europeu que se realiza na quinta-feira.

Os "traders" do mercado monetário vão agora apontando para uma subida de 25 pontos base por parte da autoridade europeia, algo que acontece pela primeira vez este mês.

A "yield" dos juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravou-se 0,2 pontos base para 3,347%. Já a "yield" das Bunds alemãs a dez anos, referência para a região, subiu 0,4 pontos base para 2,638%.

Os juros da dívida soberana italiana e espanhola com o mesmo vencimento cresceram 0,7 pontos base para 4,396% e 3,692%, respetivamente, ao passo que os juros da dívida francesa avançaram 0,8 pontos base para 3,178%.

Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica a dez anos aliviou em 5,5 pontos base para 4,409%.

Europa termina sessão volátil sem tendência definida
Europa termina sessão volátil sem tendência definida

Os principais índices europeus terminaram a sessão sem tendência definida, numa altura em que aguardam uma muito esperada leitura da inflação nos Estados Unidos referente ao mês de agosto e que será conhecida esta quarta-feira.

O índice de referência, Stoxx 600, desceu 0,18% para 455,4 pontos, com os setores químicos e imobiliário a registarem as maiores quedas acima de 1%. Em sentido oposto, a banca, as telecomunicações e o automóvel foram os que mais subiram.

A pressionar o mercado acionista estiveram dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo que apontam para um défice de três milhões de barris por dia da oferta a nível mundial, no quarto trimestre do ano, potencialmente o maior em mais de uma década.

A subida dos preços do crude poderá continuar a pressionar a inflação, numa altura em que essa métrica é uma das mais importantes para os bancos centrais tomarem as suas decisões de política monetária.

 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax perdeu 0,54% e o francês CAC-40 desvalorizou 0,35%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,3%.

Em sentido oposto, o italiano FTSEMIB e o espanhol IBEX 35 subiram 0,21% e o britânico FTSE 100 somou 0,41%.

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