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Europa alinha no vermelho ao som de Lagarde

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.

bolsas, fundos, ações, traders, operadores
bolsas, fundos, ações, traders, operadores Carlos Jasso/Reuters
15 de Dezembro de 2022 às 18:01
Europa aponta para o vermelho em dia do BCE. Ásia perde

As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno negativo, num dia que será marcado por uma nova subida das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu. O anúncio da autoridade monetária da Zona Euro segue-se ao da Reserva Federal norte-americana, que esta quarta-feira revelou um aumento de 50 pontos base.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cedem 0,5%.

Na Ásia, a sessão fechou pintada de vermelho, depois das garantias do presidente da Fed, Jerome Powell, de que a escalada vai continuar em 2023.

Pela China, o Xangai caiu 0,25%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,52%. Pelo Japão, o Topix desceu 0,18% e o Nikkei perdeu 0,37%. Já na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 1,60%.

O tom assertivo por parte da Fed, que admitiu que os juros poderão ultrapassar os 5% no próximo ano, surpreendeu os mercados, que já assimilavam um alívio da política monetária.

Petróleo recua. Frio dá força a preços do gás

O petróleo segue a desvalorizar, num dia em que a TC Energy Corp retomou o funcionamento parcial do oleoduto Keystone Pipeline System. A maior circulação de ouro negro aliada às perspetivas de mais aumentos das taxas de juro por parte dos bancos centrais estão a pesar na matéria-prima, com os investidores a temerem uma redução da procura.

Desta forma, o West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – perde 0,88% para 76,60 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – recua 0,74% para 82,09 dólares por barril.

No mercado do gás, os futuros seguem a valorizar, com as previsões de temperaturas abaixo do esperado no norte da Europa na semana antes do Natal a levarem a um aumento da procura por aquecimento. Os contratos do gás a um mês negociados em Amesterdão, o TTF, referência para o mercado europeu, sobem 1,13% para 133 euros por megawatt-hora.

Ouro cai mais de 1% após "rasteira" da Fed

O ouro segue a desvalorizar, após a posição mais agressiva da Fed, que reviu em alta o aumento final das taxas de juro. Apesar de o aumento esta quarta-feira anunciado ter sido o já esperado pelo mercado - 50 pontos base -, a perspetiva de continuidade em 2023 penalizou o metal amarelo, que tende a ser prejudicado com uma política monetária "hawkish", ou seja, mais dura.

O ouro desce 1,39% para 1.782,20 dólares por onça, ao passo que a platina perde 2,29% para 1.008,57 dólares e o paládio desvaloriza 1,65% para 1.890,00 dólares. Já a prata recua 3,87% para 23,02 dólares.

O combate dos bancos centrais à elevada inflação, através dos aumentos das taxas de juro, tem penalizado o ouro ao longo do ano, uma vez que este não remunera juros.

Euro cede perante força do dólar
Euro cede perante força do dólar

O euro segue a desvalorizar, numa altura em que o dólar voltou aos ganhos após o discurso do presidente da Fed, Jerome Powell. A moeda única segue, assim, a perder 0,40% para os 1,0639 dólares.

Já o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais - sobe 0,18% para 103,959 pontos. A moeda norte-americana travou as perdas após a Reserva Federal dos EUA ter anunciado um novo aumento das taxas de juro e sinalizado que a política de subida é para manter no próximo ano.

Juros agravam-se na Zona Euro antes de decisão do BCE

Os juros da dívida soberana na Zona Euro seguem a agravar-se, num dia em que o BCE deverá comunicar uma nova subida das taxas de juro e novas medidas em relação à compra de dívida. O fim das compras da autoridade monetário penaliza a negociação. 

A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, sobe 1,8 pontos base para 1,950%, enquanto os juros da dívida pública italiana aumentam 5 pontos base para 3,900%. 

Já os juros da dívida francesa avançam 1,6 pontos base para 2,483%, enquanto a "yield" da dívida espanhola cresce 2,8 pontos base para 2,987%. Por cá, os juros da dívida soberana portuguesa aumentam 1,9 pontos base para 2,893%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica cedem 3,8 pontos base para 3,265%, num dia em que o Banco de Inglaterra tem marcada uma nova reunião de política monetária, da qual deverá sair também um aumento da taxa de juro de referência, e divulga o relatório de estabilidade financeira.

Europa abre no vermelho com investidores à espera de discurso de Lagarde

As bolsas europeias arrancaram no vermelho, pressionadas pela perspetiva de que o BCE poderá seguir as pisadas da Fed, que ontem reviu em alta o aumento final das taxas de fundos federais (5,1%).

O Stoxx 600, referência para a região, desvaloriza 1,19% para os 437,24 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, todos abriram com perdas, sendo o do retalho o que mais cede (-1,89%).

Nas praças europeias, o alemão Dax perde 1,09%, o francês CAC-40 recua 1,11%, o espanhol Ibex desce 0,96% e o italiano FTSE Mib desvaloriza 0,85%. Já o britânico FTSE 100 cai 0,67%, enquanto, em Amesterdão, o Aex cede 1,17%.

O Banco Central Europeu termina esta quinta-feira a última reunião do ano, sendo esperado que Christine Lagarde comunique ao mercado uma nova subida em 50 pontos base. Os investidores estarão focados, sobretudo, nos pormenores sobre a dívida que a autoridade monetária tem em carteira, bem como na atualização das projeções macroeconómicas, que poderão dar sinais sobre o pico da inflação.

Não só a Fed, mas também BCE e BoE deixam Wall Street a nadar no vermelho pelo segundo dia
Não só a Fed, mas também BCE e BoE deixam Wall Street a nadar no vermelho pelo segundo dia

Wall Street adormeceu esta quarta-feira no vermelho e acordou hoje também em terreno negativo, numa altura em que as palavras de Powell continuam a pressionar os investidores. O presidente da Reserva Federal norte-americana, que anunciou uma subida das taxas de juro em 50 pontos base, reviu em alta tanto as projeções da inflação como do PIB.

Jerome Powell deixou ainda um aviso: o abrandamento dos preços em outubro e novembro não é suficiente para suavizar a política monetária que tem sido levada a cabo pelo banco central dos Estados Unidos.

O industrial Dow Jones perde 1,24% para 33.545,46 pontos, enquanto o S&P 500 desvaloriza 1,39% para 3.939,94 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite desce 1,68% para 10.983,36 pontos.

A influenciar a negociação estão ainda os dados das vendas do retalho nos Estados Unidos que foram abaixo do esperado e provocam receios de que a Fed possa estar, através da subida dos juros diretores, a encaminhar a economia norte-americana para uma recessão. 

Nesta semana de várias reuniões de política monetária e consequentes decisões relativamente à subida dos juros diretores, o Banco Central Europeu e o Banco de Inglaterra anunciaram, de igual modo, um incremento em 50 pontos base.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, revelou que os juros vão continuar a aumentar, devido à elevada taxa de inflação. Nas previsões económicas do staff da autoridade monetária, o BCE vê a economia da Zona Euro perto da estagnação em 2023, crescendo apenas 0,5% no próximo ano.

"As pessoas estão a assumir que os resultados das empresas vão diminuir, mas é a magnitude dessa queda e quão rápido vai acontecer - pensamos que aí é onde está a surpresa", explicou o analista do Morgan Stanley Mike Wilson, à CNBC.

"A pressão operacional negativa que vemos com a queda da inflação é o que vai piorar as margens, e isso vai acontecer independentemente da existência de uma recessão", completou.

Petróleo recua cercado por bancos centrais

O petróleo cede perante a preocupação dos investidores relativamente a um possível abrandamento da economia global provocado pelas políticas monetárias restritivas dos bancos centrais.

O West Texas Intermediate (WTI) - negociado em Nova Iorque - perde 1,01% para 76,50 dólares por barril. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte - referência para as importações europeias - cai 0,79% para 82,05 dólares por barril.

O mercado segue a reagir às decisões da Reserva Federal norte-americana (Fed), Banco Central Europeu (BCE) e Banco de Inglaterra, os quais no espaço de um dia subiram a taxa de juro diretora em cada país ou região em 50 pontos base, apontando para a continuidade de novos aumentos.

O petróleo está ainda a ser aliviado pelo facto de o oleoduto Keystone ter voltado a trabalhar parcialmente esta semana.

Ouro cai mais de 1% penalizado por subida do dólar. Euro avança face à libra

O ouro está a desvalorizar substancialmente, depois de dois dias de reuniões de política monetária em que os presidentes, tanto da Reserva Federal norte-americana, como do Banco Central Europeu, subiram as taxas de juro em 50 pontos base, mas reiteraram intenções de manutenção de uma política monetária restritiva.

Numa altura em que vários investidores estavam já a ponderar cortes nos juros diretores no primeiro semestre de 2023, Jerome Powell, presidente da Fed, deixou pouco espaço para dúvidas.

Após a decisão do banco central dos Estados Unidos, o dólar continua a somar face às principais divisas, penalizando assim este metal precioso que está cotado na divisa norte-americana.

O ouro perde 1,66% para 1.777,34 dólares por onça, ao passo que o dólar ganha 0,28% para 0,9393 euros. O índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais - sobe 0,55% para 104,344 pontos.

Também o Banco de Inglaterra anunciou esta quinta-feira um incremento dos juros diretores em 50 pontos base. Em resposta a esta decisão o euro ascendeu a máximos de um mês face à libra e valoriza 1,4% para 0,8717 face à moeda britânica.

O facto de a presidente do BCE, Christine Lagarde, ter revelado que os juros ainda vão subir de forma significativa, pode estar a dar força à divisa europeia.

Também o Banco de Inglaterra anunciou esta quinta-feira um incremento dos juros diretores em 50 pontos base. Em resposta a esta decisão o euro ascendeu a máximos de um mês face à libra e valoriza 1,4% para 0,8717 face à moeda britânica.

Europa alinha no vermelho ao som de Lagarde. Hennes & Mauritz cai 5%

A Europa fechou a sessão no vermelho, pressionada pelas decisões de políticas monetárias restritivas do Banco Central Europeu (BCE), Reserva Federal norte-americana (Fed) e Banco de Inglaterra.

 

O "benchmark" europeu Stoxx 600 renovou mínimos de 17 de novembro, tendo encerrado a sessão a desvalorizar 2,85% para 429,91 pontos. Dos 20 setores que compõe o índice, tecnologia e produtos de consumo comandaram as perdas.

 

Este último setor foi sobretudo afetado pelos dados que dão conta de um abrandamento da atividade económica chinesa em novembro. Nas restantes praças europeias, Madrid recuou 1,70%, Frankfurt cedeu 3,28% e Paris caiu 3,09%.

 

Londres desvalorizou 0,93%, Amesterdão caiu 3,18% e Milão derrapou 3,45%.

 

As bolsas europeias podem enfrentar tempos difíceis nos próximos tempos. Citado pela Bloomberg, a Oddo antecipa a possibilidade de o Stoxx 600 cair entre 9% a 11% nos próximos três meses e derrapar entre 8% e 13% nos próximos 12 meses.

Entre os principais movimentos de mercado, a Hennes & Mauritz caiu 5,1%. Apesar os resultados terem ficado em linha com as expetativas do mercado, a falta de menções às margens no relatório e contas preocupou os analistas.

Lagarde leva juros a agravar substancialmente. Reino Unido foge à regra

Os juros das dívidas da Zona Euro estiveram a agravar fortemente, atingindo máximos de um mês, num dia marcado pelo anúncio de mais uma subida das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu, de 50 pontos base.

A presidente Christine Lagarde reiterou na conferência de imprensa que o ciclo de aumento das taxas diretoras não termina em 2022, devido à alta inflação, que é esperado que se mantenha acima da meta por "demasiado tempo".

Lagarde anunciou ainda que o BCE vai diminuir o investimento no mercado obrigacionista, "a um ritmo comedido e previsível, dado que o Eurosistema não reinvestirá todos os pagamentos de capital de títulos vincendos", revelou a responsável da autoridade monetária europeia.

A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região agravou-se 14 pontos base para 2,072%, enquanto os juros da dívida pública italiana escalaram 28,9 pontos base para 4,139%.

O "spread" dos juros alemães face à divida italiana ascendeu aos 208 pontos base, o valor mais elevado desde 10 de novembro.

Já os juros da dívida francesa avançaram 15,9 pontos base para 2,58%, enquanto a "yield" da dívida espanhola cresceu 18 pontos base para 3,139%. Por cá, os juros da dívida soberana portuguesa agravaram-se 18,4 pontos base para 3,058%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviaram 6,9 pontos base para 3,234%, num dia em que o Banco de Inglaterra subiu os juros diretores também em 50 pontos base. Ainda assim, o movimento inverso aos juros europeus poderá dever-se ao discurso do governador do BoE que sinalizou que a desaceleração da inflação em outubro representou "o primeiro vislumbre" de que inflação possa estar recuar.

Lagarde anunciou ainda que o BCE vai diminuir o investimento no mercado obrigacionista, "a um ritmo comedido e previsível, dado que o Eurosistema não reinvestirá todos os pagamentos de capital de títulos vincendos", revelou a responsável da autoridade monetária europeia.

A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região agravou-se 14 pontos base para 2,072%, enquanto os juros da dívida pública italiana escalaram 28,9 pontos base para 4,139%.

O "spread" dos juros alemães face à divida italiana ascendeu aos 208 pontos base, o valor mais elevado desde 10 de novembro.

Já os juros da dívida francesa avançaram 15,9 pontos base para 2,58%, enquanto a "yield" da dívida espanhola cresceu 18 pontos base para 3,139%. Por cá, os juros da dívida soberana portuguesa agravaram-se 18,4 pontos base para 3,058%.

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