Europa e petróleo ganham terreno. Ouro e dólar recuam e juros agravam-se
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
- Europa aponta para o vermelho. Ásia fecha em alta
- China pressiona petróleo. Subida das temperaturas faz cair gás
- Subida do dólar pressiona ouro. Euro em alta
- Juros agravam-se na Zona Euro
- Europa arranca mista enquanto digere notícias da China
- Wall Street arranca mista a um dia das eleições intercalares nos EUA
- Ouro recua, após ter registado o melhor dia desde março de 2020
- Dólar recua face a principais divisas
- Juros agravam-se na Zona Euro
- Petróleo inverte para ganhos a par com queda do dólar
- Europa fecha no verde apesar de notícias vindas da China
A Europa aponta para um arranque de sessão em terreno negativo, com os investidores a digerirem os mais recentes dados económicos da China.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 caem 0,1%.
Na Ásia, pela China, em Jong Kong o Hang Seng subiu 3,2% e Xangai somou 0,3%. No Japão, o Topix ganhou 0,98% e o Nikkei arrecadou 1,21%. Pela Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,99%.
Os mais recentes dados, divulgados durante a a madrugada lisboeta revelam que as exportações na China contraíram em outubro, como não era visto desde maio de 2020.
O petróleo perde mais de 1% tanto em Londres como em Nova Iorque, depois de a China, o maior importador de petróleo do mundo, ter sinalizado a manutenção do seu compromisso com a política "zero covid-19".
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desvaloriza 1,58% para 91,15 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cai 1,30% para 97,29 dólares por barril.
Depois de uma semana de ganhos, impulsionados pela queda do dólar, esta semana o ouro negro começou em baixa, após a Comissão Nacional de Saúde chinesa se ter demonstrado inflexível na alteração dos padrões de controlo da covid-19. O número de casos no país bateu máximos de seis meses.
No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão e que serve de referência para o mercado europeu (TTF) cai 7,46%, numa altura em que as temperaturas previstas pelos meteorologistas para as próximas duas semanas apontam para uma queda da procura.
Depois de registar a maior queda desde março de 2020, o dólar voltou aos ganhos, estando a pressionar o ouro, que segue a negociar em terreno negativo.
O metal amarelo desliza 0,65% para 1.670,99 dólares por onça.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais – cresce 0,26% para 111,161 pontos. A procura pela moeda refúgio aumentou após Pequim ter reiterado o compromisso com a política zero covid-19.
O movimento surge ainda dias antes de serem divulgados os dados da inflação nos EUA.
Já na Zona Euro, a moeda única soma 0,21% para 0,9951 dólares.
Os juros agravam-se na Zona Euro. A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – agrava 3,5 pontos base 2,324%.
Os juros da dívida italiana a dez anos somam 2,3 pontos base para 4,477%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos acresce 1,9 pontos base para 3,275%, enquanto os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade agravam 3,5 pontos base para 3,372%.
A Europa arrancou a sessão de forma mista, com os olhos postos nos mais recentes dados económicos chineses e no compromisso de Pequim de reiterar a política "covid-19 zero".
O Stoxx 600 negoceia na linha d’ água, mais inclinado para terreno positivo (0,02%) para 417,08 pontos. Entre o 20 setores que compõe o índice de referência europeu, energia e produtos de consumo registam as maiores perdas.
Nas restantes praças europeias, o espanhol IBEX e o francês CAC 40 negoceia também na linha d’ água, (0,06%) e (-0,02%), respetivamente. Frankfurt soma 0,11% e Lisboa ganha 0,90%, o ganho mais expressivo entre as principais bolsas. Amesterdão acresce 0,46% e Milão cresce 0,17%.
Já Londres negoceia também na linha d’ água, mais inclinada para terreno negativo (-0,02%).
As importações chinesas caíram 0,3% em outubro, como não era visto desde maio de 2020 contra a expectativa de um aumento de 4,3%, segundo as estimativas dos especialistas consultados pela Reuters. Também as importações deslizaram 0,7%, quando era esperado um aumento de 0,1%.
As exportações para os EUA caíram 12,6% em termos homólogos, a terceira queda mensal consecutiva. Já para a UE, as exportações caíram 9%, depois de subirem em setembro.
Os investidores vão ainda digerir durante a sessão o compromisso anunciado pela Comissão Nacional de Saúde da China que manteve o seu compromisso para com a política "zero covid-19", depois de o número de casos ter renovado máximos de seis meses.
As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta segunda-feira em terreno positivo, numa altura em que alguns investidores acreditam que a inflação já terá começado a abrandar e que os resultados das eleições intercalares - que decorrem esta terça-feira - serão favoráveis para os mercados.
O "benchmark" S&P 500 avança 0,13% para 3.775,41 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cresce 0,33% para 32.511,02 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite desce 0.10% para 10.465,14 pontos.
A época de divulgação dos resultados do terceiro trimestre continua a decorrer nos Estados Unidos. Segundo a Bloomberg, das 430 empresas cotadas no Standard & Poor's que já apresentaram resultados, praticamente um quarto ficou aquém das estimativas dos analistas. Esta segunda-feira, a Meta, dona do Facebook, chegou a subir mais de 5%, na sequência das notícias de que a empresa se prepara para despedir centenas de funcionários.
O maior apetite pelo risco esta segunda-feira poderá sinalizar uma vitória temporária, apesar de o sentimento dos investidores continuar frágil a um dia das eleições nos Estados Unidos. Este pico de otimismo nas bolsas acontece apesar da determinação da Reserva Federal norte-americana em combater o aumento dos preços e da garantia da China de que irá seguir com a sua política de zero casos covid-19.
O ouro está a negociar em baixa, após ter registado o maior salto desde março de 2020, depois de terem sido divulgados dados mistos relativamente ao emprego nos Estados Unidos.
As contratações nos EUA mantiveram-se estáveis e os vencimentos aumentaram em outubro. Ainda assim, a taxa de desemprego subiu ligeiramente.
O metal precioso desliza 0,23% para 1.677,92 dólares por onça.
O dólar está a registar perdas pelo segundo dia consecutivo, à medida que os investidores optam por outro tipo de ativos que têm, tradicionalmente, maior risco associado.
A moeda única europeia soma assim 0,31% para 0,9988 dólares. Já o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais – perde 0,41% para 110,424 pontos.
"A moeda norte-americana pode continuar a ter dificuldades com a recuperação do sentimento de risco por agora", explica o analista Valentin Marinov do Credit Agricole CIB, à Bloomberg.
"Dito isto, o maior teste para o atual 'status quo' do mercado pode ser uma nova leitura da inflação esta quinta-feira, que poderia gerar um novo 'rally' nas 'yields' norte-americanas e dar um 'boost' ao dólar", revelou ainda.
Os juros da dívida soberana seguem a agravar-se na Zona Euro, com a Alemanha a ver o maior agravamento. A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a região - sobem 4,7 pontos base para 2,336%, enquanto os juros da dívida italiana aumentam dois pontos base para 4,473%. Esta segunda-feira, os analistas do Goldman Sachs recomendaram a venda das obrigações alemãs com maturidade a dez anos, justificando que o rendimento é demasiado baixo tendo em conta a subida esperada das taxas de juro no próximo ano. Já a "yield" da dívida francesa crescem 3,1 pontos base para 2,856% e os juros da dívida espanhola avançam 3,8 pontos base para 3,347%. Por cá, os juros da dívida portuguesa aumentam três pontos base para 3,286%. Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica escalam 10,5 pontos base para 3,632%.
Esta segunda-feira, os analistas do Goldman Sachs recomendaram a venda das obrigações alemãs com maturidade a dez anos, justificando que o rendimento é demasiado baixo tendo em conta a subida esperada das taxas de juro no próximo ano.
Já a "yield" da dívida francesa crescem 3,1 pontos base para 2,856% e os juros da dívida espanhola avançam 3,8 pontos base para 3,347%.
Por cá, os juros da dívida portuguesa aumentam três pontos base para 3,286%.
Os preços do "ouro negro" inverteram das quedas da manhã e seguem agora a valorizar nos principais mercados internacionais.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 0,52% para 99,08 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 0,70% para 93,26 dólares por barril.
As cotações travaram as quedas – motivadas sobretudo pelo facto de a China ter dito que vai prosseguir com a sua política Zero Covid – e inverteram para território positivo devido ao dólar mais fraco.
O facto de o dólar estar agora a ceder terreno ajuda assim à tendência de subida da matéria-prima, uma vez que os ativos denominados na nota verde, como é o caso do petróleo, ficam mais atrativos para quem negoceia com outras moedas.
As bolsas europeias fecharam a negociação desta segunda-feira em terreno positivo, numa altura em que os investidores processam as notícias vindas da China. O país liderado por Xi Jinping reiterou o seu compromisso para com a política de "zero casos" de covid-19, depois de na passada semana os meios de comunicação terem divulgado que estaria a ser preparado um alívio de algumas medidas.
O "benchmark" Stoxx 600 subiu 0,33% para 418,34 pontos, fixando-se no valor mais alto desde 13 de setembro. Dos 20 setores que compõem o índice, as viagens, automóvel e tecnologia foram os que mais contribuíram para a valorização: 1,61%, 1,31% e 1,47%, respetivamente.
Já nas restantes praças europeias, o alemão Dax subiu 0,55%, o espanhol Ibex 35 cresceu 0,25%, o italiano FTSE MIB avançou 0,90% e, em Amesterdão, o AEX somou 0,62%. No Reino Unido, o FTSE 100 desceu 0,48%.
Esta segunda-feira, foram conhecidos os dados da balança comercial na China, com as exportações e importações a caírem pela primeira vez em mais de dois anos. Os dados realçaram os riscos de recessão na segunda maior economia mundial.
Mais lidas