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Setor imobiliário na China pressiona bolsas europeias. Petróleo também recua

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.

bolsas, operadores, traders
bolsas, operadores, traders Brendan McDermid/Reuters
25 de Setembro de 2023 às 17:35
Europa aponta para o vermelho. Só bolsas japonesas escaparam às perdas na Ásia

As bolsas europeias apontam para um arranque em terreno negativo, dando sinais de que o sentimento de cautela se mantém perante as previsões de uma política monetária restritiva durante mais tempo. 

O Euro Stoxx 50 cede 0,3%, no arranque de uma semana que será marcada por uma série de discursos de membros do Banco Central Europeu (BCE). François Villeroy de Galhau, governador do Banco de França, fala esta segunda-feira em Paris acerca da política monetária e Christine Lagarde, presidente do BCE, discursa na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários (ECON) do Parlamento Europeu.

Na Ásia, a negociação fechou com perdas nas principais praças asiáticas, com os índices chineses a serem os que mais pesaram. 

Na China, Xangai cedeu 0,54% e em Hong Kong o Hang Seng recuou 1,78%, numa altura em que a decisão da China Evergrande de cancelar a reunião com os credores está a acentuar os receios quanto à crise imobiliária no país. Já no Japão a tendência foi contrária, com o Topix a registar ganhos de 0,35% e o Nikkei de 0,85%, estando as bolsas a beneficiar de um iene mais fraco, depois de na sexta-feira o Banco do Japão ter decidido manter a política monetária inalterada.

Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 0,51%.

Petróleo valoriza com fundos de cobertura mais otimistas. Gás sobe
Petróleo valoriza com fundos de cobertura mais otimistas. Gás sobe

O petróleo está a subir, beneficiando de uma maior aposta dos fundos de cobertura de que a escassez da oferta irá levar a uma valorização da matéria-prima.

O West Texas Intermediate (WTI na sigla em inglês) valoriza 0,48% para 90,46 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 0,6% para 93,83 dólares por barril.

Desde o final de junho, o petróleo já valorizou mais de 25%, com os preços de crude a caminho de registar o maior ganho trimestral desde março do ano passado. A dar força à matéria-prima está a redução da oferta imposta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+ na sigla em inglês), assim como cortes adicionais da Rússia e da Arábia Saudita. Na quinta-feira, Moscovo proibiu, temporariamente, as exportações de gasolina e gasóleo para todos os países fora do círculo de quatro ex-Estados soviéticos, com efeito imediato, de modo a estabilizar o mercado doméstico. 

Desde o final de junho, o petróleo já valorizou mais de 25%, com os preços de crude a caminho de registar o maior ganho trimestral desde março do ano passado. A dar força à matéria-prima está a redução da oferta imposta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+ na sigla em inglês), assim como cortes adicionais da Rússia e da Arábia Saudita. Na quinta-feira, Moscovo proibiu, temporariamente, as exportações de gasolina e gasóleo para todos os países fora do círculo de quatro ex-Estados soviéticos, com efeito imediato, de modo a estabilizar o mercado doméstico. 

No mercado do gás natural, os preços da matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, aumentam 3,7% para 41,25 euros por megawatt-hora. Isto num dia em que foram divulgados novos cortes numa das principais centrais de gás na Noruega, a Skav, devido a problemas de processamento. A disrupção deverá manter-se até ao próximo mês, segundo a gestora de gasodutos Gassco AS.

Ouro desliza com dólar mais forte
Ouro desliza com dólar mais forte

O ouro está a desvalorizar esta segunda-feira, pressionado por um dólar mais forte. Os investidores estão a preparar-se para um período prolongado com taxas de juro elevadas, estando a privilegiar a divisa norte-americana, o que penaliza o metal precioso - que é denominado na nota verde, pelo que, quando o dólar valoriza, fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.

O ouro a pronto, negociado em Londres, cede 0,03% para 1.924,72 dólares por onça, enquanto a platina recua 0,26% para 928,31 dólares e o paládio desliza 0,2% para 1.251,75 dólares.

A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos deixou na passada semana a porta aberta a mais uma subida dos juros este ano e indicou que prevê que as taxas de juro terão de manter-se elevadas durante mais tempo. Os investidores aguardam agora pela divulgação de dados da inflação norte-americana na quinta-feira. A expetativa é de que o aumento dos preços no consumidor tenha desacelerado, apesar de o sentimento do mercado continuar frágil.

A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos deixou na passada semana a porta aberta a mais uma subida dos juros este ano e indicou que prevê que as taxas de juro terão de manter-se elevadas durante mais tempo. Os investidores aguardam agora pela divulgação de dados da inflação norte-americana na quinta-feira. A expetativa é de que o aumento dos preços no consumidor tenha desacelerado, apesar de o sentimento do mercado continuar frágil.

Euro perde com robustez do dólar

O euro está a desvalorizar face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a ceder 0,14% para 1,0638 dólares.

Já o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força do dólar face a dez moedas rivais, está a valorizar 0,75% para 105,658 pontos, numa altura em que os investidores se preparam para uma semana de dados económicos e uma série de discursos de membros da Reserva Federal (Fed) dos EUA. 

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas estão a agravar-se na Zona Euro, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores nas obrigações. A perspetiva de que as taxas de juro poderão manter-se elevadas durante mais tempo está a gerar cautela no mercado, com os investidores a fugirem ao risco.

Apesar de a dívida soberana ser vista como mais seguro, os investidores parecem estar a aposta noutros ativos-refúgio, como é o caso do dólar. 

A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos agrava-se 4,1 pontos base para 3,5%, enquanto a das Bunds alemãs com o mesmo prazo aumentam 4,5 pontos base para 2,789%. 

A rendibilidade da dívida pública italiana sobe 3 pontos base para 4,609%, os juros da dívida francesa crescem 4,5 pontos base para 3,328% e os juros da dívida espanhola agravam-se 4,2 pontos base para 3,847%.

Vermelho domina Europa. Viagens e recursos naturais são os setores que mais penalizam

As bolsas europeias abriram com perdas, num dia em que os investidores começam a assimilar o cenário de um período prolongado de taxas de juro elevadas. As perdas no setor dos recursos naturais estão a sobrepôr-se aos ganhos da banca, colocando o Stoxx 600, índice de referência para a região, inalterado.

O Stoxx 600 negoceia nos 453,27 pontos, com os setores das viagens e dos recursos naturais a serem os que mais perdem (-1,9% e -1,59%, respetivamente). Já o setor da banca é o que mais valoriza, com uma subida de 0,41%. 

Entre as principais movimentações, a gigante mineira Rio Tinto cai mais de 1%, pressionada pelo setor imobiliário na China. Isto porque a decisão da China Evergrande de cancelar a reunião com os credores acentuou os receios quanto à crise imobiliária no país e colocou as construtoras a suspender a reposição dos "stocks" de aço. 

Do lado dos ganhos, a Ubisoft sobe mais de 4% depois de o BNP Paribas ter subido a recomendação sobre as ações para "outperform", alegando que o mercado subestima os efeitos de novos lançamentos de jogos.

Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 perde 0,04%, o espanhol Ibex 35 desvaloriza 0,01%, o italiano FTSE Mib recua 0,03%, o francês CAC-40 cede 0,38%, o britânico FTSE 100 desliza 0,1% e o AEX, em Amesterdão, perde 0,37%.

Euribor sobe a três e seis meses para novos máximos e desce a 12 meses

A taxa Euribor subiu hoje a três e a seis meses para novos máximos desde novembro de 2008 e desceu a 12 meses, depois de ter atingido um novo máximo na passada quinta-feira.

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 4,208%, menos 0,005 pontos do que em 21 de setembro, dia em que subiu para 4,224%, um máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.

No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, subiu hoje para 4,122%, mais 0,040 pontos do que na sessão anterior e um novo máximo desde novembro de 2008.

Por sua vez, a Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,977%, mais 0,019 pontos e um novo máximo também desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Tom "hawkish" da Fed castiga bolsa e "treasuries"

As bolsas de Nova Iorque arrancaram a primeira sessão da semana em queda, pressionadas pela convicção dos investidores de que as taxas diretoras se vão manter elevadas durante mais tempo do que anteriormente antecipado. Também a dívida soberana dos Estados Unidos foi penalizada por este sentimento.

O Dow Jones recua 0,29%, para os 33.863,92 pontos, enquanto o S&P 500 cede 0,16%, para os 4.313,25 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite cai 0,15%, para os 13.192,32 pontos.

Perante este cenário, os investidores estão também a evitar as "treasuries", com os juros da dívida dos EUA a 10 anos a agravar-se em 9 pontos base, até aos 4,53%, máximo desde 2007.

O dólar, por seu turno, surge como o refúgio de eleição, encontrando-se a divisa norte-americana em máximos desde março.

Em Wall Street, as cotadas ligadas ao entretenimento audiovisual seguem em alta após o acordo para o final da greve dos argumentistas de Hollywood. Assim, a Netflix avança 0,95%, enquanto a Amazon ganha 1% e a Disney valoriza 0,34%.

Ouro cede com perspetiva de juros mais elevados nos EUA

O ouro está a desvalorizar esta segunda-feira, à medida que o dólar e a dívida a 10 anos dos EUA seguiam uma trajetória ascendente, impulsionados pelo tom "hawkish" da Reserva Federal. 

Alguns dos responsáveis pela política monetária da Fed sinalizaram na sexta-feira que o banco central poderá voltar a subir os juros mais uma vez este ano e que o próximo ano trará menos cortes do que o previsto em junho.

"A Fed e os bancos centrais mundiais estão atualmente a pressionar o ouro", embora alguns sinais de stress económico também estejam a apoiar o mercado, disse Everett Millman, analista chefe de mercado na Gainesville Coins, à Reuters.

O metal amarelo cai 0,44% para 1.916,82 dólares por onça.

Petróleo recua com alívio de bloqueio russo
Petróleo recua com alívio de bloqueio russo

Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa nos principais mercados internacionais, depois de a Rússia ter decidido flexibilizar a sua proibição das exportações de combustível.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a ceder 0,99% para 89,14 dólares por barril.

 

Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,64% para 92,67 dólares.

 

Na passada quinta-feira, a Rússia proibiu temporariamente as exportações de gasolina e gasóleo para todos os países fora do círculo de quatro ex-Estados soviéticos, com efeito imediato, de modo a estabilizar o mercado doméstico.

 

Agora, Moscovo fez algumas alterações a essa proibição, ao decidir levantar as restrições ao combustível usado no abastecimento de alguns navios e ao diesel com elevado teor de enxofre (de menor qualidade).

 

A Rússia também levantou as restrições à exportação de combustível que já tinha sido aceite para exportação pela Transneft antes do bloqueio inicial anunciado na quinta-feira.

 

A interdição de venda para fora do país de todos os tipos de gasolina, bem como de gasóleo de alta qualidade, mantém-se em vigor, segundo o documento datado de sábado, 23 de setembro. Os analistas estimam que seja de curta duração e que dentro de um mês, quando as colheitas tiverem terminado, já esteja completamente levantado.

Juros agravam-se com perspetiva de política restritiva mais longa

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta segunda-feira com os investidores a perspetivar que as taxas diretoras serão mantidas em níveis elevados pelo Banco Central Europeu (BCE) por um período bem mais longo do que anteriormente esperavam.

As "Bunds" alemãs - referência na Europa - foram vendidas a um ritmo inédito desde fevereiro, levando a "yield" a subir 5,6 pontos base, para 2,791%, máximo desde 2011. 

Os juros da dívida portuguesa agravaram-se em 5,1 pontos base, para 3,510%, enquanto no país vizinho a subida da "yield" foi de 5,9 pontos, até aos 3,864%.

A maior subida, contudo, verificou-se na dívida italiana, com a "yield" a avançar 7,5 pontos base, para os 4,655%.

Bolsas europeias caem com novos receios em torno do imobiliário na China
Bolsas europeias caem com novos receios em torno do imobiliário na China

As bolsas europeias cederam terreno neste arranque de semana, pressionadas pelos renovados receios em torno do setor imobiliário na China e pela atratividade dos elevados juros da dívida no mundo desenvolvido.

 

O Stoxx 600 fechou a ceder 0,62%, para 450,44 pontos, em mínimos de mais de um mês.

 

As cotadas das viagens & lazer, artigos para o lar, telecomunicações de "utilities" (água, luz, gás) foram as que mais penalizaram o índice de referência europeu, com quedas superiores a 1,5%.

 

Nas viagens, o motivo da queda foi o facto de a empresa de jogos Entain Plc ter revisto em baixa as suas expectativas para as receitas deste ano.

 

Também o setor mineiro fez pressão, ao recuar 0,8%, devido a uma queda nos preços do minério de ferro, já que a potencial liquidação do grupo chinês Evergrande trouxe mais stress ao setor imobiliário – que é um grande consumidor de metais.

 

As preocupações em torno do crescimento económico da China atingiram as cotadas do luxo na Europa, com a LVMH a cair 2,59% (desde o pico de abril, já recua 20%) e a Kering (dona da Gucci) a ceder 5% – depois de o Bank of America ter cortado de "neutral" para "underperform" a recomendação para as suas ações (bem como para as da Richemont, de "comprar" para "neutral"), sublinhando que o consumidor chinês vai ser o principal motor das receitas do setor no próximo ano.

 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax recuou 0,98%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,85%, o espanhol IBEX 35 perdeu 1,22% e o italiano FTSE MIB desceu 0,68%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,74%.

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