Notícia
Europa fecha mista com petróleo a fazer soar alarmes
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
- 1
- ...
Europa fecha mista com petróleo a fazer soar alarmes
As bolsas europeias fecharam mistas, num dia em que os investidores cautelosos antes de uma série de decisões de política monetária. A subida dos preços do petróleo está a dar força à perspetiva de que os bancos centrais vão manter as taxas de juro altas durante mais tempo, de forma a prevenir um novo aumento das pressões inflacionistas.
O Stoxx 600 perdeu 0,04% para 456,52 pontos, com o setor da banca a comandar os ganhos com uma subida de 1,12%. Já o setor do retalho liderar as quedas (-1,55%).
Entre as principais movimentações, a Volkswagen valorizou 2,56% para 125,65 dólares, depois de uma revisão em alta pela Jefferies, enquanto a operadora TUI subiu 2,74% para 4,798 libras no dia em que divulgou um aumento das reservas para o inverno.
Já o Société Générale desvalorizou 0,62% para 23,135 euros depois de duas revisões em baixa, na sequência de um corte das perspetivas de lucro até 2026. As empresas ligadas ao setor da energia também valorizaram.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 perdeu 0,4%, o francês CAC-40 somou 0,08%, o italiano FTSE MIB valorizou 0,6%, o britânico FTSE 100 subiu 0,09%, o espanhol Ibex 35 saltou 0,48% e o AEX, em Amesterdão, deslizou 0,13%.
Petróleo sobe há quatro sessões. Xisto dos EUA impulsiona tendência
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, pela quarta sessão consecutiva, com a fraca produção do petróleo extraído das rochas de xisto betuminoso ("shale oil") nos EUA a contribuir para aumentar o receio de um défice da oferta – que já será menor devido aos cortes adicionais da oferta por parte da Arábia Saudita e Rússia.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 1,39% para 92,75 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,96% para 95,34 dólares.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, num dia em que elevados preços do petróleo estão a alimentar a perspetiva de que os bancos centrais vão manter as taxas de juro altas durante mais tempo. Isto de forma a prevenir um novo aumento da inflação, uma vez que os preços da energia desempenharam um papel crucial na recessão que os Estados Unidos atravessaram em meados de 1970 e no início de 1980 e 1990.
O agravamento dos juros traduz-se numa menor aposta na dívida soberana, numa altura em que a expectativa quanto aos próximos passos dos bancos centrais estão a gerar maior cautela no mercado.
Os juros da dívida portuguesa com maturidade a dez anos sobem 2,4 pontos base para 3,436%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agravam-se 3 pontos base para 2,733%.
A rendibilidade da dívida pública italiana somou 0,7 pontos base para 4,510%, os juros da dívida francesa aumentaram 2,8 pontos base para 3,276% e os juros da dívida espanhola cresceram 2,1 pontos base para 3,794%.
A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos dá a conhecer as conclusões da reunião de política monetária, que arrancou hoje, na quarta-feira, sendo depois a vez do Banco de Inglaterra e do Banco do Japão.
Euro desliza face ao dólar
O euro está a perder face à divisa norte-americana num dia em que foram divulgados uma série de indicadores económicos na região da moeda única. Apesar de a inflação ter abrandado em agosto, ao contrário da estimativa rápida inicialmente avançada pelo Eurostat, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) cortou a previsão de crescimento para a Zona Euro, mostrando-se mais pessimista do que a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu.
Ainda assim, a desvalorização da moeda europeia é ligeira, num dia em que também a divisa norte-americana negoceia entre ganhos e perdas com os investidores à espera de conhecer os próximos passos da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, que deu hoje início a um encontro de dois dias.
O euro desvaloriza 0,04% para 1,0688 dólares. Já o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da nota verde face a dez divisas rivais, recua 0,18% para 105,019 pontos.
Ouro perde mas mantém-se acima dos 1.900 dólares por onça
O ouro está a desvalorizar, num dia em que a reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, que arrancou esta terça-feira e termina na quarta-feira, está a concentrar as atenções. A expectativa do mercado é de que o banco central vai manter as taxas de juro em níveis elevados, o que tende a prejudicar o metal precioso, uma vez que não remunera rendimentos.
O ouro a pronto desvaloriza 0,13% para 1.931,29 dólares por onça, enquanto o paládio soma 0,52% para 1.258,37 dólares e a platina sobe 0,78% para 944,84 dólares.
Além da decisão de política monetária deste mês, a Fed divulga também amanhã o "dot plot", mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores. Um dado que permitirá obter pistas sobre o caminho que a autoridade monetária poderá seguir até ao final do ano.
A semana será também marcada pelas decisões de política monetária do Banco de Inglaterra e do Japão.
Cautela antes de decisão da Fed pressiona Wall Street
As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, num dia em que os investidores aguardam pelas conclusões de mais uma reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos. O encontro arrancou esta terça-feira e termina na quarta-feira, estando marcada uma conferência de imprensa para depois do fim da reunião.
A expectativa dos investidores é de que os membros que compõem o Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) optem por manter as taxas de juro inalteradas nesta reunião, após uma subida de mais de 5 pontos percentuais ao longo dos últimos 18 meses. Contudo, os elevados preços do petróleo serão tidos em conta pela Fed, uma vez que podem dar força à inflação.
O S&P 500 cai 0,23% para 4.443,25 pontos, o industrial Dow Jones perde 0,13% para 3.4579,88 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cede 0,34% para 1.3664,25 pontos.
Entre as principais movimentações, a Starbucks abriu a cair mais de 1% depois de a norte-americana TD Cowen ter revisto em baixa o desempenho das ações, enquanto a Walt Disney cede mais de 2% no dia em que anunciou que prevê quase duplicar o investimento nos parques de diversão e no segmento de resorts para 60 mil milhões de dólares nos próximos dez anos.
"Os riscos de um aquecimento da inflação ao longo dos próximos meses estão a aumentar e isso deverá complicar o trabalho da Fed. Estarão os decisores de política monetária convencidos de que, apesar de um mercado de trabalho resiliente, a pressão dos preços irá continuar a aliviar? Se a inflação 'core' mostrar dificuldades na queda, o regime de taxas de juro altas irá durar muito mais tempo do que o mercado incorporou", afirmou Ed Moya, analista sénior da Oanda, à Bloomberg.
Euribor sobe a três, seis e 12 meses para novos máximos desde novembro de 2008
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses para novos máximos desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,216%, mais 0,025 pontos que na segunda-feira e um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, subiu hoje para 4,071%, mais 0,005 pontos do que na sessão anterior e um novo máximo desde novembro de 2008.
Por sua vez, a Euribor a três meses avançou 0,031 pontos face à sessão anterior, ao ser fixada hoje em 3,934%, também um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro em Atenas.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa abre em alta. Setor automóvel sobe mais de 1%
Os principais índices europeus estão a negociar em alta esta terça-feira, com os investidores cautelosos numa semana de várias reuniões de política monetária de bancos centrais. Ainda a marcar a sessão está a subida dos preços do petróleo que está a levar a renovadas preocupações relativamente a uma nova subida da inflação.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, sobe 0,11% para 457,20 pontos, com o setor automóvel e imobiliário a registarem os maiores ganhos que rondam 1%.
Entre os movimentos de mercado o Santander chegou a subir ligeiramente, estando agora inalterado, depois de o CEO, Hector Grisi, ter anunciado uma reestruturação da estrutura empresa numa tentativa de simplificar as operações do banco.
Já o banco francês Société Générale vai perdendo cerca de 1% depois de o BNP Paribas e o HSBC terem revisto as recomendações em baixa relativamente à instituição financeira.
O mercado está ainda a avaliar palavras do governador do banco central francês e membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau, que afirmou que as taxas de juro vão permanecer nos atuais níveis tanto quanto for necessário e que não está, neste momento, a favor de novas subidas.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 soma 0,22%, o italiano FTSEMIB ganha 0,4%, o britânico FTSE 100 sobe 0,19% e o espanhol IBEX 35 pula 0,39%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,07%.
O alemão Dax recua 0,03%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros estão a aliviar esta terça-feira, numa altura em que os investidores optam pelas obrigações, ativos que supõem menor risco.
A "yield" dos juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos alivia em 1,1 pontos base para 3,401%. Já a "yield" das Bunds alemãs a dez anos, referência para a região, recua 0,7 pontos base para 2,696%.
Os juros da dívida soberana italiana com o mesmo vencimento cedem 2,5 pontos base para 4,478% e os juros da dívida espanhola recuam 1,6 pontos base para 3,757%, ao passo que os juros da dívida francesa decrescem 1,2 pontos base para 3,237%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica a dez anos alivia em 2,5 pontos base para 4,359%.
Dólar negoceia sem tendência definida
O dólar está a negociar sem tendência definida, com os investidores cautelosos antes de um conjunto de decisões de política monetária por parte de bancos centrais.
O dólar avança 0,02% para 0,9355 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras divisas – cede 0,05% para 105,146 pontos.
"O sentimento de mercado permanece no habitual esperar para ver antes da reunião do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) esta semana", disse à Bloomberg o analista da IG Asia, Jun Rong Yeap.
Ainda assim, o dólar continua a negociar em valores acima da média dos últimos 200 dias "à medida que os participantes do mercado de habituam ao cenário de juros mais altos durante mais tempo", completou.
Ouro inalterado com Fed na mira
O ouro está a negociar inalterado nos 1.933,70 dólares por onça, antes de ser conhecida, na quarta-feira, a decisão de política monetária da Reserva Federal.
Apesar de não ser esperada uma nova subida dos juros diretores, uma pausa mais "hawkish", em que se saliente a ideia de que os juros deverão permanecer elevados durante mais tempo, é prejudicial para o metal, que não rende juros.
Petróleo mantém tendência de alta. Brent toca nos 95 dólares
O petróleo continua a valorizar perto de máximos de novembro do ano passado. O mercado continua a ser influenciado por cortes nas exportações e produção pela Arábia Saudita e Rússia que estou a levar a um maior aperto no mercado. Desde meados de junho as duas variantes de crude já subiram cerca de 30%.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 1,02% para 92,41 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,91% para 94,82 dólares, após ter chegado a tocar os 95 dólares esta terça-feira.
"Riscos de uma subida de curto prazo até aos 100 dólares podem estar a aumentar com o atual impulso nos preços, mas temos pouca convicção de que possa ser sustentável", disse à Bloomberg o analista do Saxo Capital Markets Charu Chanana.
"Inflação mais elevada pode significar um maior aperto da política monetária e a OPEP e aliados não podem controlar o lado da procura", completou.
Europa coloca mira no vermelho. Ásia negoceia em baixa
Os principais índices europeus estão novamente a apontar para perdas, com os investidores a avaliarem a possibilidade de os bancos centrais manterem as taxas de juro em níveis restritivos mais tempo do que o previsto. A subida dos preços do crude está a renovar receios de que a inflação possa permanecer elevada, mesmo com a descida de outros componentes.
Isto, numa semana em que a Reserva Federal, o Banco de Inglaterra e do Japão realizam as suas reuniões de política monetária de setembro.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 recuam 0,2%.
O mercado está ainda a avaliar palavras do governador do banco central francês e membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau, que afirmou que as taxas de juro vão permanecer nos atuais níveis tanto quanto for necessário e que não está, neste momento, a favor de novas subidas.
Nas praças asiáticas o vermelho foi a cor dominante pelo segundo dia, com as decisões esperadas pelos bancos centrais a manterem o mercado cauteloso e a aguardar o resultado destes encontros.
Na China e em Hong Kong os investidores continuam a avaliar a possibilidade de incumprimento de alguns "players" do setor imobiliário, face a dados económicos melhores do que o perspetivado.
Pela Ásia, na China, Xangai cedeu 0,06% e Hong Kong o Hang Seng avançou 0,05%. No Japão, o Topix perdeu 0,6% e o Nikkei desceu 1,2%. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,4%.