Caçadores de pechinchas animam Europa. Ouro cai e petróleo inverte para ganhos
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
- Europa novamente de olhos no vermelho. Ásia encerra negativa pelo quinto dia
- Ouro perde com pressão da política monetária. Alumínio segue em alta
- Petróleo recua na maior série de quedas em mais de um ano. Gás negoceia inalterado
- Dólar ganha antes da inflação nos Estados Unidos
- Juros agravam-se na Zona Euro, Portugal é o único que alivia
- Europa no vermelho, com maior série de quedas em mais de 4 anos
- Inflação pressiona arranque de sessão em Wall Street. S&P 500 cai 2% e Nasdaq quase 3%
- Ouro recua com inflação dos EUA acima do esperado
- Dólar perde gás e já cede terreno
- Petróleo inverte para ganhos a par com queda do dólar
- Juros aliviam na Zona Euro
- "Dip buyers" dominam a sessão e pintam Europa de verde
As principais praças europeias estão a apontar para uma negociação em terreno negativo, assinalando assim um possível sétimo dia de perdas. Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 descem 0,5%.
Os investidores estão esta quinta-feira a antecipar a divulgação dos dados da inflação nos Estados Unidos, o que vai permitir medir o pulso à economia norte-americana, bem como compreender o caminho a tomar na política monetária do país, com a subida das taxas de juro.
Esta quarta-feira foram divulgadas as minutas de reunião de setembro da Reserva Federal norte-americana. Apesar da Fed continuar empenhada na manutenção de uma "política restritiva" por forma a reduzir a inflação, alguns membros da autoridade monetária alertaram para a possibilidade de ser preciso proceder a um ajustamento do ritmo de endurecimento da política monetária. Esta quinta-feira são divulgadas as atas da reunião do Banco Central Europeu, que marcou a segunda subida das taxas de juro consecutiva e a maior de sempre no BCE. Na Ásia, a negociação foi feita no vermelho - o quinto dia de quedas - pressionada pelas praças chinesas que perderam "momentum" devido ao aumento dos casos de covid-19. Ao mesmo tempo, os investidores estão a antecipar o congresso do Partido Comunista que poderá ser o palco para o anúncio de novas medidas económicas para o país. No Japão, o Topix perdeu 0,7% e o Nikkei desceu 0,5%. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 1,1%. Já na China o tecnológico Hang Seng perdeu 1,1% enquanto Xangai recuou 0,3%.
Esta quinta-feira são divulgadas as atas da reunião do Banco Central Europeu, que marcou a segunda subida das taxas de juro consecutiva e a maior de sempre no BCE.
Na Ásia, a negociação foi feita no vermelho - o quinto dia de quedas - pressionada pelas praças chinesas que perderam "momentum" devido ao aumento dos casos de covid-19. Ao mesmo tempo, os investidores estão a antecipar o congresso do Partido Comunista que poderá ser o palco para o anúncio de novas medidas económicas para o país.
No Japão, o Topix perdeu 0,7% e o Nikkei desceu 0,5%. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 1,1%. Já na China o tecnológico Hang Seng perdeu 1,1% enquanto Xangai recuou 0,3%.
O ouro está a registar perdas, em antecipação dos dados da inflação dos Estados Unidos, com os investidores a tentarem obter mais informação sobre o tamanho dos aumentos das taxas de juro até ao final do ano.
O ouro perde 0,32% para 1.667,77 dólares por onça.
A pressionar este metal estão ainda estatísticas do índice de preços no produtor nos Estados Unidos que aumentou pela primeira vez em três meses, subindo 0,4% em setembro face a agosto, de acordo com os dados do Departamento do Trabalho divulgados esta quarta-feira - dando assim força à Fed para que mantenha a sua política monetária de aumento dos juros diretores.
Já o alumínio, que tem estado em alta, depois de ter escalado mais de 5% esta quarta-feira, segue a negociar com ganhos e sobe 3,09% para 2.305 dólares por tonelada no mercado londrino.
Isto, após a Bloomberg ter avançado que a Administração de Joe Biden está a ponderar aplicar um boicote total ao alumínio russo, em resposta à escalada militar da Rússia na Ucrânia - o que levou este metal industrial a disparar.
O petróleo está a desvalorizar pela quarta sessão, assinalando assim a maior série de quedas consecutiva em mais de um ano, numa altura em que as perspetivas de redução da procura têm impactado a negociação desta matéria-prima.
Isto depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter revisto em baixa a previsão para a procura de crude ainda este ano e em 2023 devido à desaceleração da economia mundial. Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 0,12% para 92,34 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,26% para 87,04 dólares por barril. A pressionar a negociação estão dados do American Petroleum Institute avançados pela Bloomberg que revelam que terá havido um aumento no armazenamento desta matéria-prima em sete milhões de barris na semana passada. Os dados oficiais devem ser divulgados esta quinta-feira. O crude esteve a negociar com fortes ganhos na semana passada depois da OPEP e aliados terem anunciado um corte na produção em dois milhões de barris, mas esse avanço já foi totalmente revertido. No mercado do gás, os futuros estão a negociar entre ganhos e perdas, numa altura em que se opõem as preocupações com o fornecimento desta matéria-prima por parte da Rússia à Europa, ao mesmo tempo que os países do Velho Continente têm cada vez mais reservas para o inverno. Ainda assim, o aumento das importações de gás natural, a par com o aumento dos "stocks", previsões meteorológicas favoráveis e a redução do consumo têm retirado alguma pressão aos elevados preços dos últimos meses. De acordo com Kadri Simson, comissária da Energia junto da Comissão Europeia, a UE estará a ponderar uma proposta para um tecto ao preço do gás usado para gerar eletricidade. Caso avance, deve ser apresentado aos 27 Estados-membros na próxima semana. O gás negociado em Amesterdão (TTF), que serve de referência para o mercado europeu, negoceia inalterado para 160,21 euros por megawatt-hora.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 0,12% para 92,34 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,26% para 87,04 dólares por barril.
A pressionar a negociação estão dados do American Petroleum Institute avançados pela Bloomberg que revelam que terá havido um aumento no armazenamento desta matéria-prima em sete milhões de barris na semana passada. Os dados oficiais devem ser divulgados esta quinta-feira.
O crude esteve a negociar com fortes ganhos na semana passada depois da OPEP e aliados terem anunciado um corte na produção em dois milhões de barris, mas esse avanço já foi totalmente revertido.
No mercado do gás, os futuros estão a negociar entre ganhos e perdas, numa altura em que se opõem as preocupações com o fornecimento desta matéria-prima por parte da Rússia à Europa, ao mesmo tempo que os países do Velho Continente têm cada vez mais reservas para o inverno.
Ainda assim, o aumento das importações de gás natural, a par com o aumento dos "stocks", previsões meteorológicas favoráveis e a redução do consumo têm retirado alguma pressão aos elevados preços dos últimos meses.
De acordo com Kadri Simson, comissária da Energia junto da Comissão Europeia, a UE estará a ponderar uma proposta para um tecto ao preço do gás usado para gerar eletricidade. Caso avance, deve ser apresentado aos 27 Estados-membros na próxima semana.
O gás negociado em Amesterdão (TTF), que serve de referência para o mercado europeu, negoceia inalterado para 160,21 euros por megawatt-hora.
O dólar está a negociar perto do valor mais alto em duas semanas, antes de serem conhecidos os dados da inflação de setembro esta quinta-feira.
A moeda norte-americana soma assim 0,11% para 1,0313 euros.
Já a libra que tem estado sob pressão desde a apresentação do mini-orçamento por parte do ministro da Economia britânico e posterior intervenção no mercado obrigacionista do Banco de Inglaterra, segue a registar perdas face às duas principais divisas rivais.
A moeda britânica perde 0,1% face ao euro, para 1,1428 euros e 0,13% em relação à nota verde para 1,1089 dólares.
"O dólar norte-americano vai beneficiar de maior volatilidade no mercado britânico e possivelmente em ativos europeus também", admite o analista Alvin Tan, da RBC Capital Markets à Bloomberg.
Os juros estão a agravar-se na Zona Euro, mas a aliviar no Reino Unido, numa altura em que faltam apenas dois dias para o Banco de Inglaterra terminar a intervenção no mercado da dívida.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – agrava-se 1,5 pontos base para 2,319%.
Já os juros das obrigações italianas a dez anos sobem 2,3 pontos base para 4,742%.
Por cá, a "yield" da dívida a dez anos é a única que alivia, no bloco da moeda única, 0,4 pontos base para 3,386%, descendo assim de um máximo desde maio de 2017, registado na quarta-feira.
Em Espanha, os juros da dívida com a mesma maturidade crescem 1,9 pontos base para 3,492%.
No Reino Unido, os juros da dívida britânica perdem 1,6 ponto base para 4,404%, depois de esta quarta-feira Andrew Bailey ter reiterado que a intervenção neste mercado ia mesmo terminar na sexta-feira e que por isso os fundos de pensões "têm três dias. Têm de fazer o que têm a fazer", disse o governador do Banco de Inglaterra.
Os principais índices europeus estão a negociar no vermelho pelo sétimo dia consecutivo, assinalando assim a maior série de quedas desde fevereiro de 2018, antes da divulgação da inflação nos Estados Unidos que deverá dar mais indicações sobre o caminho a seguir por parte da Reserva Federal norte-americana.
O Stoxx 600, índice de referência europeu, desvaloriza 0,4%para 384,33 pontos. Entre os 20 setores, o imobiliário, tecnologia e telecomunicações registam as maiores quedas.
"Os riscos nas perspetivas de crescimento são claramente em baixa", aponta Wouter Sturkenboom, analista da Northern Trust. "Este ainda não é um ambiente em que o mercado acionista está a incorporar uma recessão global, se os bancos centrais continuarem" a subir as taxas de juro da mesma forma que têm vindo a fazer, adianta ainda.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,78%, o espanhol IBEX 35 cai 0,53%, o britânico FTSE 100 perde 0,54% e o francês CAC-40 desvaloriza 0,34%.
A registar ganhos está o italiano FTSEMIB que perde 0,14%, tal como o alemão DAX.
Wall Street arrancou a sessão em terreno negativo, depois de terem sido divulgados os dados da inflação nos EUA. O índice recuou em setembro mas não tanto como era esperado pelos economistas, dando assim sustento à continuação da política monetária restritiva da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O industrial Dow Jones deslizou 1,75% para 28.699,15 pontos, enquanto o S&P 500 cai 2,23% para 3.497,22 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq perde 2,91% para 10.113,58 pontos.
A inflação de setembro nos Estados Unidos (EUA) fixou-se nos 8,2%, divulgou esta quinta-feira o departamento do Trabalho norte-americano. É o terceiro recuo consecutivo, depois do índice ter chegado aos 9,1% em junho, um valor máximo em 40 anos. Em junho, a inflação caiu para 8,5% e em agosto para 8,3%.
Ainda assim, o valor ficou acima das estimativas dos analistas, que antecipavam um valor de 8,1%. Assim fica aberto o caminho para uma política monetária restritiva por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed).
"Este é um ICP [índice de preços no consumidor] horrível", comentou Andrew Benner, responsável pelo departamento de instrumentos de rendimentos fixos da NatAlliance, citado pela Bloomberg. "[Será que] a Fed vai chegar aos 100 pontos base?", questiona o especialista.
Já Steve Chiavarione, gestor sénior de portefólio da Federated Hermes, deixa também um alerta. Olhando para o cabaz de preços, Chiavarione acha particularmente preocupante a inflação no setor dos serviços, já que esta "é mais contagiosa".
O preço do ouro encontra-se esta quinta-feira sob pressão após serem conhecidos os dados da inflação nos EUA em setembro. O aumento acima do esperado na inflação subjacente, que exclui os preços da energia e alimentos, vem reforçar os argumentos para que a Reserva Federal (Fed) volte a subir as taxas diretoras em 75 pontos base em novembro.
Após serem conhecidos os dados da inflação, o dólar valorizou, o que penaliza as "commodities" cujo preço é expresso na divisa norte-americana.
O ouro segue a cair 1,44%, para os 1.649,15 dólares por onça.
Os restantes metais preciosos também vivem um dia de quebras: a prata recua 2,03%, para 18,64 dólares por onça; a platina cede 0,86%, para 880 dólares por onça; e o paládio perde 2,59%, cotando nos 2.082,77 dólares por onça.
A moeda norte-americana tinha disparado logo após a divulgação dos dados da inflação nos EUA, tendo levado o iene a mínimos de 32 anos frente ao dólar.
No entanto, a meio da tarde o dólar perdeu gás e segue a perder terreno frente ao euro e libra esterlina, continuando, contudo, a valorizar em relação à moeda nipónica.
O euro avança 0,41% para os 0,9743 dólares.
A maior valorização pertence à moeda britânica. A libra ganha 1,24% em relação à moeda única europeia, para os 1,1585 euros e sobe 1,94% perante a "nota verde", para 1,1315 dólares.
O dólar tocou um máximo desde 1990 face à divisa nipónica, nos 147,675 ienes, tendo, entretanto, aliviado os ganhos e cotando nos 147,27 ienes.
Os preços do "ouro negro" inverteram das quedas da manhã e seguem agora a valorizar mais de 1% nos principais mercados internacionais.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 1,63% para 93,96 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 1,72% para 88,77 dólares por barril.
As cotações chegaram a estar a perder mais de dois dólares depois dos dados que deram conta de uma forte inflação nos EUA – o que fez o dólar subir, tornando o crude menos atrativo para quem negoceia com outras moedas.
Agora, a nota verde inverteu e segue em baixa, o que está a dar algum fôlego ao dólar.
Apesar de as bolsas europeias terem negociado em baixa, os investidores continuaram também a privilegiar ativos mais seguros, como é o caso das obrigações soberanas – e a maior aposta na dívida faz descer os juros, cenário que hoje se verificou de novo na Zona Euro.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos fecharam a ceder 4,7 pontos base para 3,343%, ao passo que em França, no mesmo vencimento, recuaram 3,7 pontos base para se fixarem em 2,869%.
Por seu lado, as "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, aliviaram 2,8 pontos base para 2,276%.
Em Espanha, também no vencimento a 10 anos, os juros deslizaram 3,5 pontos base, para 3,438%. Já em Itália, as "yields" recuaram 6 pontos base para 4,659%.
A Europa encerrou a sessão em terreno positivo, com a presença dos "dip buyers" a marcar a negociação. Durante a sessão, os investidores estiveram atentos à divulgação dos números da inflação nos EUA e continuaram atentos aos desenvolvimentos em torno do orçamento britânico.
O Stoxx 600 valorizou 0,91% para 389,40 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, os da banca, viagens e lazer e retalho comandaram os ganhos, enquanto os do consumo, alimentação e saúde assumiram o leme das perdas.
Nas restantes praças europeias, Londres avançou 0,36%, Paris somou 1,04% e Frankfurt cresceu 1,51%. Madrid subiu 1,21%, Milão arrecadou 1,46% e Amesterdão valorizou 0,29%. Lisboa fechou a sessão a seguir a tendência e ganhou 1,23%.
A Europa reagiu em baixa aos números da inflação nos EUA, que não recuaram conforme esperado pelos analistas, mas os "dip buyers" – investidores atraídos por ações com avaliações mais baratas – dominaram a negociação e inverteram a tendência.
A sessão foi ainda marcada pela notícia de que Downing Street poderá recuar no "mini-orçamento", que pode ainda incluir subida – não descida – dos impostos às empresas.
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