Fecho dos mercados: Bolsas escapam às quedas de Itália. Petróleo sobe para máximo de 2015
As bolsas europeias subiram, com excepção de Itália que não conseguiu escapar às perdas devido à banca. O euro recuperou dos mínimos de 2015, enquanto o petróleo está a subir para máximos de 2015.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,43% para 4.410,81 pontos
Stoxx 600 avançou 0,56% para 341,27 pontos
S&P 500 valoriza 0,64% para 2.206,06 pontos
"Yield 10 anos de Portugal sobe 0,6 pontos base para 3,703%
Euro aprecia 0,62% para 1,0730 dólares
Petróleo sobe 1,05% para 55,03 dólares por barril
Bolsas sobem, com Itália a ser excepção
A bolsa de Itália foi a excepção, num cenário em que o verde imperou. As bolsas europeias fecharam em alta, como os analistas a justificarem o comportamento das praças europeias com a expectativa de que a vitória do "não" já estava de alguma forma descontada nos mercados e vai reforçar a acção do BCE. Já em Itália, a determinar a queda da bolsa esteve a banca, que está sob forte pressão devido às necessidades de recapitalização identificadas nos testes de stress. Os investidores receiam que os desenvolvimentos políticos travem os planos de recapitalização da banca.
O Stoxx 600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, fechou a subir 0,56%. Já a praça italiana caiu 0,21%. O PSI-20 conseguiu subir 0,43%, ajudado pela Jerónimo Martins, que foi alvo de uma nota de research.
Itália e BCE condicionam mercado da dívida
O referendo de Itália criou instabilidade no mercado, já que criou dúvidas sobre o futuro de Roma na Zona Euro, com as sondagens a darem resultados muito próximos ao movimento anti-europeu 5 Estrelas e ao partido de Renzi, o PD. Ainda assim, a expectativa de que o BCE actue acabou por aliviar a pressão. A taxa de juro implícita na dívida a 10 anos de Portugal subiu 0,6 pontos base para 3,703%. Já os juros da Alemanha avançaram 5,2 pontos para 0,333%, o que reduz o "spread" da dívida.
Taxas Euribor mantêm-se a 3 e 6 meses e descem a 9 e 12 meses
A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, fixou-se em -0,313%. Com a mesma tendência, a taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 6 de Novembro de 2015, foi fixada de novo em -0,218%. Já a nove meses desceu para -0,136% e a 12 meses a queda colocou a taxa nos -0,078%.
Euro recupera de mínimos de 2015
Logo após serem conhecidos os resultados do referendo de Itália, que acabaram por ditar a demissão de Renzi, o euro deslizou mais de 1% para mínimos de Março de 2015. Contudo, acabou por recuperar, seguindo a subir 0,62% para 1,0730 dólares. Isto porque, por um lado há o BCE e por outro ainda há uma elevada incerteza sobre o que vai acontecer em Itália.
Petróleo sobe para máximos de Junho de 2015
A perspectiva de que possa haver um acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os membros que não pertencem ao cartel, como o caso da Rússia, sobre cortes de produção está a animar a negociação do ouro negro. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a subir 1,05% para 55,03 dólares, tendo atingido o valor mais elevado desde Junho de 2015.
Ouro próximo de mínimos de 10 meses
Os dados económicos divulgados nos EUA esta segunda-feira apontam para um refortalecimento da economia americana. Estes indicadores sustentam a perspectiva de mais subidas de juros por parte da Reserva Federal (Fed). Assim, os investidores tendem em sair de activos considerados de refúgio, como é o caso do ouro, que recua 0,96% para 1.166,13 dólares por onça.
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