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Ómicron e Powell castigam bolsas. Petróleo recua e juros aliviam

Acompanhe aqui o dia nos mercados.

Jerome Powell, Fed
Jerome Powell, Fed Alexander Drago/Reuters
30 de Novembro de 2021 às 17:29
Futuros da Europa sugerem regresso dos receios da ómicron
Futuros da Europa sugerem regresso dos receios da ómicron

A sessão de recuperação vivida nas praças europeias esta segunda-feira, já com os ânimos mais calmos em torno da variante ómicron, poderá ter sido sol de pouca dura. Esta manhã, os futuros das bolsas europeias apontam para o regresso dos tons de vermelho, numa altura em que os futuros do Stoxx 50 apresentam um recuo de 1,5%. 

A variante ómicron, detetada na África do Sul, está a ser confirmada em mais países europeus - esta segunda-feira foi a vez de a Suécia anunciar que detetou um novo caso. Mas não é só este fator que pesa no sentimento dos investidores. 

As primeiras declarações de Jerome Powell, o líder da Fed, sobre o tema não terão descansado os investidores. Powell destacou que a ómicron representa um risco para o mandato do banco central norte-americano, tanto na vertente da estabilização de preços - recorde-se de que a inflação nos EUA chegou em outubro ao nível mais elevado desde 1990 - mas também na vertente do mercado laboral. 

"A subida recente de casos de covid-19 e o surgimento da variante ómicron representa riscos para a empregabilidade e para a atividade económica e uma incerteza acrescida para a inflação", disse Powell. 

"As maiores preocupações sobre o vírus poderão reduzir a vontade de as pessoas trabalharem de forma presencial, o que poderá abrandar o progresso do mercado laboral e intensificar as disrupções nas cadeias de distribuição". 

A juntar às palavras de Powell há ainda as declarações do CEO da Moderna, a empresa que até tem sido uma das companhias que mais tem subido em bolsa nestes últimos dias. A empresa indicou estar a trabalhar numa nova versão da vacina contra a covid-19 já resistente à ómicron e, já esta terça-feira, Stephane Bancel reiterou ao Financial Times que será necessário trabalhar em novas vacinas para esta variante, notando que não sabe de quanto tempo a empresa poderá precisar até ter novos dados sobre esta variante. 

Na Ásia, a sessão voltou a ser de quedas. No Japão, o Nikkei caiu 1,63% e o Topix 1,03%. Em Hong Kong, o Hang Seng cedeu 1,72%. 

Ouro em alta à boleia da ómicron
Ouro em alta à boleia da ómicron

O ouro está a ganhar terreno esta terça-feira, a valorizar 0,51% para 1.793,68 dólares por onça, uma subida que está a ser impulsionada pelos receios ligados à vertente ómicron. 

Depois de um dia de ânimos mais calmos, os investidores voltam a pesar os riscos desta variante, surgida na semana passada na África do Sul, que já foi considerada pela Organização Mundial de Saúde como acarretando um "risco elevado". 

Assim, com a incerteza de regresso, os investidores estão a voltar-se para alguns ativos-refúgio, como é o caso do ouro. Mas, apesar da subida desta terça-feira, Jeffrey Halley, da OANDA, antecipa um período mais atribulado para o ouro. 

"O ouro precisa de encontrar "amigos" depressa e não excluo a hipótese de o ouro cair para 1.720 dólares esta semana, especialmente se os "non-farms" puserem o "tapering" da Fed nos holofotes e tivermos alguma calmaria relativamente às notícias ligadas ao vírus", afirma este analista.

Euro ganha terreno perante o dólar
Euro ganha terreno perante o dólar

As divisas europeias, como o euro e a libra esterlina, estão a negociar em alta face ao dólar esta manhã.

A moeda única europeia valoriza 0,39% face ao dólar, para 1,1335 dólares. Já a libra esterlina, a moeda britânica, está a subir 0,14% para 1,3333 dólares. 

Do outro lado do Atlântico, o dólar norte-americano está a desvalorizar 0,42% perante um cabaz composto por moedas rivais. 

Moedas como o franco-suíço ou o iene japonês estão em alta esta terça-feira, numa altura em que a incerteza em relação a esta nova variante de covid-19 se faz sentir nos mercados.

Petróleo a caminho da maior queda mensal deste ano
Petróleo a caminho da maior queda mensal deste ano

O petróleo está de regresso às quedas, depois de ter subido mais de 3% esta segunda, a recuperar do "mergulho" da passada dexta-feira. Com os receios da variante ómicron a pairar nos mercados, o petróleo regressa aos tons de vermelho, numa altura em que o CEO da Moderna já indicou que serão precisas novas vacinas. 

Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI) está a cair 2,30% para 68,34 dólares por barril. Já o brent do Mar do Norte, que serve de referência ao mercado português, está a ceder 2,36% para 71,71 dólares. 

Desta forma, o petróleo caminha para um cenário em que novembro poderá representar a maior queda do "ouro negro" este ano, na ordem dos 19%. 

Além disso, a agenda da semana traz ainda uma reunião da OPEP+. O Citigroup antecipa que a organização deverá manter o fornecimento de 400 mil barris diários em janeiro.

Juros aliviam na Zona Euro
Juros aliviam na Zona Euro

Os juros da dívida soberana estão a aliviar na Zona Euro. 

As "bunds" germânicas, a referência na Zona Euro, estão a recuar 2,5 pontos base para -0,347%. 

Já os juros da dívida italiana a dez anos estão a aliviar 1,6 pontos base para 0,959%. 

Na Península Ibérica, os juros da dívida espanhola a dez anos estão a recuar 1,6 pontos base para 0,405%. Já os juros de Portugal estão a aliviar 1,6 pontos base para 0,329%. 

Europa pintada de vermelho com todos os setores em queda
Europa pintada de vermelho com todos os setores em queda

As principais bolsas europeias estão no vermelho esta manhã, num dia em que os receios ligados à nova variante de covid-19 estão a pesar no sentimento dos investidores do velho continente. 

O Stoxx 600, o índice que agrupa as 600 maiores cotadas europeias, está a cair 1,44% para 460,53 pontos. Esta é a maior queda desde dia 13 de outubro. 

Com todos os setores no vermelho, o setor do petróleo e gás lidera as quedas, a depreciar 2,10%, num dia em que o petróleo está a negociar em terreno negativo. Outra queda significativa pertence ao setor do retalho (-1,93%) e ao setor automóvel (-1,88%). O setor do turismo e viagens enfrenta novamente perdas significativas, a cair 1,88% nesta altura. 

As menores quedas nesta altura são registadas no setor dos media (-0,65%) e no setor do imobiliário (-0,82%). 

A empresa de media Future lidera os ganhos no Stoxx 600, a valorizar 16,10%, depois de ter apresentado resultados. 

Já do lado das quedas, a petrolífera sueca Lundin Petroleum lidera as quedas, a ceder 10,95%. 

As bolsas europeias estão no vermelho, sendo que o português PSI-20 regista a menor queda na Europa, a ceder 0,81%. O espanhol IBEX cai 1,76%, o alemão DAX desvaloriza 1,43%, o CAC40 cai 1,62%, enquanto o FTSE recua 1,32%. Em Itália a descida é de 1,72%. 

Europa mantém-se no vermelho. Retalho e turismo pressionam Stoxx 600

Os mercados de capitais continuam dominados por uma maré vermelha de perdas, com os investidores, por um lado, receosos do impacto que a variante ómicron poderá ter na retoma económica, e por outro, atentos também à evolução da inflação que, na zona euro, está a aproximar-se dos 5%.

Todas as praças europeias negoceiam a esta hora com perdas, a mais acentuada é Madrid, que chega a cair 1,80%.

Já o índice Stoxx 600, que agrega as principais empresas do continente, desvaloriza 1,20%, muito pressionado pelos setores do turismo e do retalho, os mais afectados pelos receios da pandemia de covid-19.

Por cá, Lisboa também regista perdas – menos acentuadas que as das suas congéneres europeias. O PSI-20 caía há pouco 0,70%.

Do lado das perdas, o destaque vai para a Galp Energia, que desce 2,12%. Também o BCP recua 1,39% e a Jerónimo Martins cai 1,23%. A completar os pesos pesados temos o grupo EDP, também a ceder, mas menos, com o braço Renováveis a cair 0,36% e a casa-mãe 0,70%.

Das empresas positivas – apenas seis das 19 cotadas estão com sinal verde – a que mais sobe é a Altri, a valorizar 0,76%.

Ómicron volta a pesar em Wall Street. Índices arrancam no vermelho
Ómicron volta a pesar em Wall Street. Índices arrancam no vermelho

Os três principais índices dos Estados Unidos começam a sessão desta terça-feira em terreno negativo, seguindo os passos das bolsas euroepeias. Os investidores estão novamente a pesar os riscos da variante ómicron, que na passada sexta-feira fez o S&P 500 cair 2,3%, o maior tombo desde fevereiro. 

O industrial Dow Jones arranca a sessão a ceder 0,59% para 34.927,22 pontos, o tecnológico Nasdaq cai 0,23% para 15.745,92 pontos e o S&P 500 desvaloriza 0,57% para 4.628,84 pontos. 

Os investidores começam a sessão a digerir as primeiras palavras de Jerome Powell, líder da Fed, sobre a ómicron. O responsável do banco central dos EUA salientou que esta variante traz potenciais riscos para a economia, numa altura que a inflação no país está no nível mais elevado desde 1990.

A juntar a isto, o CEO da Moderna também mencionou a necessidade de novas vacinas para enfrentar esta nova variante. Em reação a este tema das novas vacinas, as ações de farmacêuticas como a Moderna ou a BioNTech estão em queda. Nesta altura, as ações da Moderna cedem 4,75%, depois de ontem terem fechado com ganhos de 11,8%.

Petróleo volta a ceder com receios em torno da ómicron
Petróleo volta a ceder com receios em torno da ómicron

Os preços do "ouro negro" regressaram às perdas, devido aos receios de que a nova variante da covid endureça as restrições à circulação e, consequentemente, penalize a procura por combustíveis.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em janeiro recua 2,79% para 68 dólares por barril.

 

Já o contrato de janeiro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 3,39% para 70,95 dólares.

 

O presidente da Fed, Jerome Powell, disse hoje que esta variante do coronavírus traz potenciais riscos para a economia, numa altura que a inflação dos EUA está no nível mais elevado desde 1990.

 

Na Zona Euro, também se prevê que a inflação tenha disparado em novembro, e muito à conta da energia.

Palavras de Powell afundam juros
Palavras de Powell afundam juros

Os juros da dívida soberana estão a aliviar tanto na Zona Euro e nos EUA, sobretudo depois de Jerome Powell ter admitido esta terça-feira que estava na altura de deixar de apelidar a inflação de "transitória".

As "bunds" germânicas, a referência na Zona Euro, estão a recuar 3,1 pontos base para -0,353%.

Já os juros da dívida italiana a dez anos estão a aliviar 3,2 pontos base para 0,943%.

Na Península Ibérica, os juros da dívida espanhola a dez anos estão a recuar 2,9 pontos base para 0,390%. Já os juros de Portugal estão a aliviar 2,6 pontos base para 0,319%.

Nos EUA, os juros da dívida estão a afundar 5,3 pontos-base para 1,446%

Euro continua a recuar. Dólar estável diante do passo atrás de Powell
Euro continua a recuar. Dólar estável diante do passo atrás de Powell

O euro segue a recuar 0,13% para os 1,276 dólares. Esta terça-feira, os investidores estão ainda a digerir o facto de o PMI referente a novembro (Purchasing Manager’s Index) DA IHS Markit, na zona euro, se ter fixado nos 55,8, apontando para uma quebra do indicador no quarto trimestre, para o valor mais baixo do ano.

A Bloomberg Economics prevê que o PIB europeu se expanda 1,1% no quarto trimestre. "No entanto, o surgimento da variante ómicron e o recente aumento das infeções por covid-19 podem fazer com que tal não aconteça", alerta a agência norte-americana.

Por sua vez, o índice do dólar sobe 0,1% face a um cabaz de 16 divisas, depois de Jerome Powell ter adimitido esta terça-feira no Congresso dos EUA, que a inflação deve deixar de ser classificada como "transitória", e antecipando o fim do "tapering" uns "meses mais cedo".

Agravamento dos receios sobre variante ómicron levam a novo trambolhão na Europa

Os receios de que a ómicron seja resistente às vacinas da covid-19 e venha a penalizar a retoma económica continuaram esta terça-feira a assombar as principais praças europeias. Face a isso, o Stoxx 600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, fechou a cair 0,34%, para 465,67 pontos. 

O índice tocou assim o valor mais baixo em quase sete semanas. Os setores mais ciclícos, como o retalho e o turismo, foram os mais penalizados pelo regresso da "maré vermelha" aos mercados. O setor da energia foi também um dos que registou maiores perdas, devido à queda do barril de petróleo.

O medo dos investidores face à nova variante da covid-19 agravou-se depois de o presidente executivo da Moderna, Stéphane Bancel, ter alertado esta terça-feira para a necessidade de serem criadas novas vacinas para enfrentar a variante ómicron.

Com os investidores já receosos sobre a ómicron, as declarações de Stéphane Bancel vieram colocar 'mais lenha na fogueira'. 

A juntar a isso, também o presidente da Fed, Jerome Powell, afirmou esta terça-feira que "está a na altura de retirar o termo temporário da inflação", dando força ao argumento de que as taxas de juro poderão subir mais cedo do que o esperado, o que penalizou as bolsas de ambos os lados do Atlântico.

Jerome Powell revelou ainda que esta variante do coronavírus traz potenciais riscos para a economia, numa altura que a inflação dos EUA está no nível mais elevado desde 1990.

No resto da Europa, o sentimento foi também negativo. O alemão DAX perdeu 0,53%, o francês CAC-40 afundou 0,83%, o espanhol IBEX desvalorizou 0,83%, o italiano FSTE MIB tropeçou 0,26%.

O índice tocou assim o valor mais baixo em quase sete semanas. Os setores mais ciclícos, como o retalho e o turismo, foram os mais penalizados pelo regresso da "maré vermelha" aos mercados. O setor da energia foi também um dos que registou maiores perdas, devido à queda do barril de petróleo.

O medo dos investidores face à nova variante da covid-19 agravou-se depois de o presidente executivo da Moderna, Stéphane Bancel, ter alertado esta terça-feira para a necessidade de serem criadas novas vacinas para enfrentar a variante ómicron.

Com os investidores já receosos sobre a ómicron, as declarações de Stéphane Bancel vieram colocar 'mais lenha na fogueira'. 

A juntar a isso, também o presidente da Fed, Jerome Powell, afirmou esta terça-feira que "está a na altura de retirar o termo temporário da inflação", dando força ao argumento de que as taxas de juro poderão subir mais cedo do que o esperado, o que penalizou as bolsas de ambos os lados do Atlântico.

Jerome Powell revelou ainda que esta variante do coronavírus traz potenciais riscos para a economia, numa altura que a inflação dos EUA está no nível mais elevado desde 1990.

No resto da Europa, o sentimento foi também negativo. O alemão DAX perdeu 0,53%, o francês CAC-40 afundou 0,83%, o espanhol IBEX desvalorizou 0,83%, o italiano FSTE MIB tropeçou 0,26%.

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