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Europa fecha dividida com Trump a lançar incerteza

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

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bolsas mercados graficos traders euronext Kamil Zihnioglu/AP
21 de Janeiro de 2025 às 17:59
Futuros da Europa em queda e Ásia mista na primeira reação a Trump

Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão em queda, com os futuros do Euro Stoxx 50 a descerem 0,31%, numa primeira reação das bolsas do Velho Continente à tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos.

O republicano declarou o fim do "declínio" norte-americano e prometeu uma agenda "ambiciosa" com vista a elevar o país no plano interno e externo.

Logo no primeiro dia de mandato, assinou uma série de ordens executivas em diferentes áreas, desde a imigração, à energia e às tarifas. Prometeu ainda combater a inflação. Para tal, vai declarar estado de emergência energética – assumindo que a energia é "o grande problema" por detrás da subida de preços – e prometeu exportar crude e gás para todo o mundo, repetindo o lema "drill, baby, drill" para apostar na exploração de petróleo.

Na Ásia, os principais índices fecharam sem tendência definida, com os investidores a avaliarem o discurso de tomada de posse de Trump.

Um fator que pareceu dar algum alívio inicial foi o facto de o republicano não se ter comprometido com tarifas à China e ter antes afirmado que teria "reuniões e chamadas" com o presidente chinês Xi Jinping.

A pressionar estiveram cotadas do setor das renováveis e de veículos elétricos qe foram penalizadas por um sinal de Trump de que os Estados Unidos vão deixar o Acordo de Paris e outras ordens executivas que rejeitam políticas mais amigas do ambiente.

Na China, em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 0,96%, enquanto o Shanghai Composite cedeu 0,05%. No Japão, o Topix avançou 0,08% e o Nikkei valorizou 0,32%. Na Coreia do Sul, o Kospi deslizou 0,08%.

Investidores divididos entre tarifas e aumento da produção. Petróleo reage em queda a Trump
Investidores divididos entre tarifas e aumento da produção. Petróleo reage em queda a Trump

Os preços do petróleo estão a desvalorizar com os investidores a avaliarem o impacto das últimas declarações do novo Presidente dos Estados Unidos relativamente ao setor. Trump pretende impor novas tarifas e aumentar a produção doméstica de petróleo e gás natural.

O contrato de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde 0,82% para 77,24 dólares por barril. Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – desvaloriza 0,45% para os 79,79 dólares.

Trump não impôs novas tarifas no seu primeiro dia de mandato, mas pediu às agências federais que investiguem práticas comerciais desvantajosas com outros países. O novo Presidente disse ainda que está em cima da mesa implementar tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México.

Quase todas as exportações de petróleo do Canadá têm como destino os Estados Unidos e são normalmente vendidas com desconto em relação ao WTI. "As sanções dos EUA aumentam, por conseguinte, o risco de custos mais elevados para a maioria das exportações de petróleo do Canadá", explicou à Reuters Vivek Dhar, analista do Commonwealth Bank.

No entanto, a possibilidade de maior produção pelos EUA anulou o impacto de alta nos preços que as tarifas poderiam ter, uma vez que o mercado deverá continuar assim com excesso de oferta.

Ouro em máximos de mais de dois meses. Dólar perde entre recuo e avanço de tarifas
Ouro em máximos de mais de dois meses. Dólar perde entre recuo e avanço de tarifas

O ouro está a negociar em máximos de mais de dois meses, sustentado por um dólar mais fraco, após a tomada de posse do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, com os investidores a procurarem ativos refúgio.

O metal soma 0,51% para 2.721,96 dólares por onça.

No mercado cambial, o dólar segue a desvalorizar, com o índice do dólar a recuar 0,68% para 108,07 dólares, apesar de o euro perde 0,58% para 1,0256 dólares.

Ontem a "nota verde" foi fortemente penalizada, depois de as primeiras declarações de Trump não terem incluído nenhuma menção específica às tarifas. Só que, já na Sala Oval, o republicano disse aos jornalistas presentes que a sua equipa estava a ponderar implementar tarifas de 25% sobre as importações do México e Canadá, o que impediu maiores perdas da moeda.

"As primeiras horas da administração Trump sublinharam que o ambiente político será novamente dinâmico e os mercados devem preparar-se para maior volatilidade", disse à Reuters Charu Chanana, estratega-chefe do Saxo Bank.

"Claramente, os mercados comemoraram cedo demais com as ameaças das tarifas ausentes no início do discurso de tomada de posse de Trump", completou.

Juros aliviam na Zona Euro no pós-Trump

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta terça-feira, num dia em que as bolsas europeias estão a reagir sem rumo ao novo mandato de Donald Trump. 

Em França, o Executivo está a angariar dinheiro através da venda de obrigações sindicadas pela primeira vez em oito meses, um teste ao apetite dos investidores, numa altura em que o novo Governo tenta reunir apoio suficiente para aprovar um orçamento.

A rendibilidade da dívida francesa, com maturidade a dez anos, desceu 1,1 pontos base para 3,289%. Já as Bunds alemãs, que servem de referência para o bloco, também a dez anos, caem 1,5 pontos base para 2,510%. 

Por cá, as "yields" das obrigações do Tesouro com a mesma maturidade aliviam 1,1 pontos base para 2,926%, enquanto os juros dos títulos espanhóis cedem 0,9 pontos base para 3,148%. Já os juros da dívida italiana estão a registar um recuo de 0,7 pontos base para 3,609%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas mantêm-se inalterados nos 4,656%. 

Bolsas europeias à procura de direção após volte-face de tarifas no primeiro dia de Trump
Bolsas europeias à procura de direção após volte-face de tarifas no primeiro dia de Trump

Os principais índices europeus estão a negociar sem tendência definida esta terça-feira, na primeira reação ao discurso de tomada de posse do novo Presidente dos Estados Unidos e a avaliarem o volte-face das tarifas que culminou numa declaração de intenção de imposição de tarifas, a partir de 1 fevereiro, a importações do Canadá e México, tendo, para já, a União Europeia escapado.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, soma 0,12% para 524,5 pontos. O setor automóvel perde 0,14%, uma vez que tanto a Stellantis (-1,12%), como a Volkswagen (-0,31%) têm fábricas no México que produzem carros para o mercado norte-americano.

O cenário de tarifas também pesou no banco espanhol BBVA que destoa do setor da banca na Europa e perde 1,15%, uma vez que tem o México como seu maior mercado.

Já o setor das "utilities" (água, luz, gás) é dos que mais desce (0,77%), depois de Trump ter assinado uma ordem relativamente à construção de parques eólicos nos Estados Unidos.

A Orsted - a maior "developer" de projetos eólicos do mundo - afunda 16%, após ter revelado imparidades de 1,7 mil milhões de dólares de projetos nos Estados Unidos devido a atrasos num projeto, a que se veio acrescentar a pressão das decisões de Trump.

A falta de uma narrativa em torno das tarifas evidencia a maior volatilidade nos mercados com o republicano a iniciar o seu segundo mandato à frente da maior economia mundial. "O mercado acionista vai ficar cada vez mais habituado ao barulho e mais perspicaz sobre o impacto", disse à Bloomberg o analista da Invesco Oliver Collin.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,05%, o francês CAC-40 avança 0,01%, o italiano FTSEMIB recua 0,3%, o britânico FTSE 100 soma 0,17% e o espanhol IBEX 35 perde 0,63%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,05%.

Euribor sobe a três e a 12 meses e desce a seis meses

A Euribor subiu hoje a três e a 12 meses e desceu a seis meses em relação a segunda-feira.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,681%, continuou acima da taxa a seis meses (2,606%) e da taxa a 12 meses (2,489%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 2,606%, menos 0,013 pontos do que na segunda-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,47% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,92% e 25,58%, respetivamente.

Já no prazo de 12 meses, a taxa Euribor avançou hoje, para 2,489%, mais 0,006 pontos.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu hoje, ao ser fixada em 2,681%, mais 0,004 pontos do que na sessão anterior.

Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no prazo mais curto.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,182 pontos para 2,825% a três meses (contra 3,007% em novembro), 0,156 pontos para 2,632% a seis meses (contra 2,788%) e 0,070 pontos para 2,436% a 12 meses (contra 2,506%).

Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 30 de janeiro em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

* Lusa

Wall Street animada com era Trump 2.0. S&P 500 regressa aos 6.000 pontos
Wall Street animada com era Trump 2.0. S&P 500 regressa aos 6.000 pontos

Wall Street está a reagir de forma positiva ao primeiro dia com Donald Trump de regresso ao poder nos EUA. As principais bolsas norte-americanas arrancaram em alta, ao lado da subida do dólar e das yields do país, enquanto os investidores esperam que as políticas do novo Presidente dêem um "boost" à economia nacional. 

A negociação esteve encerrada esta segunda-feira devido ao Martin Luther King, Jr. Day, o mesmo em que Donald Trump tomou posse e anunciou, desde logo, algumas medidas. Entre elas está o adiamento da imposição de tarifas alfandegárias com parceiros comerciais, à exceção do México e do Canadá, que tiveram luz verde e vão ser impostas a partir de fevereiro. 

Os "traders" estão assim cautelosos com as próximas políticas, que podem desencadear uma guerra comercial mais alargada e impactar a inflação. O Goldman Sachs, que em dezembro previa tarifas de 40%, reduziu agora a previsão para para 25%. 

O S&P 500 voltou a ultrapassar a fasquia dos 6.000 pontos e avança agora 0,41% para 6.025,53 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,1% para 19.649,69 pontos e o industrial Dow Jones ganha 0,67%, para os 43.777,54 pontos.

Entre os principais movimentos de mercado, a Apple perde 3,5% depois de duas casas de investimento terem revisto em baixa as recomendações para a dona do iPhone, cujas vendas têm sido menores do que o esperado. 

No setor automóvel, a General Motors sobe 1,5% e a Ford 0,7%, isto depois de Donald Trump ter afirmado que quer acabar com a prioridade a veículos elétricos. Assim, a Tesla perde 3,18%. 

A MicroStrategy perde 4,2%, isto depois de ter anunciado a compra de 1,1 mil milhões de dólares em bitcoin. 

O mercado estará atento aos resultados trimestrais da Netflix divulgados esta terça-feira após o fecho de Wall Street e reagirá na sessão seguinte.

Petróleo em queda com recuperação do dólar depois de afirmações de Trump
Petróleo em queda com recuperação do dólar depois de afirmações de Trump

Os preços do petróleo continuam a registar quedas, com os "traders" a pesarem os planos do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, de aplicar novas tarifas mais tarde do que o esperado e, simultaneamente, aumentar a produção de petróleo e de gás nos EUA. 

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – recua 1,58% para os 76,65 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,82% para os 79,49 dólares por barril. 

A pressionar os preços do crude esta terça-feira está um dólar mais forte, que acaba por tornar o petróleo mais caro para detentores de outras divisas.  

"A atual fraqueza [dos preços do petróleo] está muito provavelmente relacionada com Trump e com o dólar", disse à Reuters o analista da PVM Tamas Varga. 

A ajudar à recuperação da nota verde estiveram afirmações de Trump que disse estar a pensar impor tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México a partir de 1 de fevereiro, e não no seu primeiro dia de mandato, como tinha prometido anteriormente. 

"A sensação inicial de alívio pelo facto de as medidas comerciais não terem sido um foco imediato no 'Dia 1' de Trump foi rapidamente compensada por relatos de tarifas de 25% sobre o México e o Canadá já em fevereiro, o que fez com que os sentimentos de risco mudassem", referiu à Reuters Yeap Jun Rong, estratega de mercado da IG. 

Noutra nota, Trump também chegou a referir que "provavelmente" deixará de comprar petróleo da Venezuela, sendo que os EUA são o segundo maior comprador de petróleo venezuelano, depois da China. 

No panorama internacional, o potencial fim da interrupção do transporte marítimo no Mar Vermelho também tem surtido efeitos no preço do crude. Os Houthis do Iémen disseram esta segunda-feira que vão limitar os seus ataques na região a navios comerciais ligados a Israel, desde que o cessar-fogo em Gaza seja totalmente implementado. 

Nesta linha, "a reabertura do Canal do Suez criará uma abundância de oferta a curto prazo, dada a redução dos tempos de viagem, o que também poderá pesar sobre os preços a curto prazo", como explicou à Reuters Ole Hansen, analista do Saxo Bank. 

Ouro avança com incerteza em torno de políticas da nova administração dos EUA

O ouro saltou esta terça-feira para máximos de dois meses, apoiado pela maior procura por este metal enquanto ativo refúgio, à medida que a incerteza em torno das potenciais tarifas do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, continua a pairar sobre os mercados.  

O ouro segue a avançar 1,22% a esta hora para os 2.741,250 dólares por onça. 

"O movimento de hoje [do ouro] tem sido em grande parte sobre a ameaça de tarifas gerais dos EUA após a inauguração de Trump.", disse Daniel Ghali, estratega de mercadorias da TD Securities.  

O ouro é considerado um ativo refúgio durante a incerteza económica e geopolítica, mas as políticas propostas por Trump são amplamente vistas como inflacionistas, o que poderá levar a Reserva Federal (Fed) norte-americana a manter as taxas de juro mais elevadas durante mais tempo para conter as pressões sobre os preços. 

Taxas diretoras mais elevadas costumam prejudicar o ouro, que não rende juros. 

Nesta linha, o mercado aguarda pela próxima reunião da Fed a ter lugar no dia 29 de janeiro. Ainda assim, como refere à Reuters Peter Grant da Zaner Metals, "penso que ninguém está à espera que a Fed faça alguma coisa na próxima semana, mas certamente que a declaração de política monetária será analisada com muita atenção para dar pistas sobre o resto do ano." 

Dólar recupera com aproximação de tarifas de Trump
Dólar recupera com aproximação de tarifas de Trump

O dólar segue em recuperação esta terça-feira, depois de ter registado a maior queda em 14 meses, após o anúncio de que Trump não iria aplicar tarifas comerciais logo no seu primeiro dia de mandato enquanto presidente dos Estados Unidos da América (EUA). 

Já esta terça-feira, depois de Trump ter dado ontem indicações de que planeia decretar tarifas adicionais de 25% sobre as importações do México e Canadá a partir de 1 de fevereiro, o cenário cambial mudou. O dólar recuperou terreno contra os principais pares e registou fortes ganhos face ao peso mexicano e ao dólar canadiano, precisamente os dois países a quem os Estados Unidos vão impor primeiro as novas tarifas. 

Com estas afirmaçoes do novo presidente norte-americano, o dólar norte-americano ganha 0,34% para os 1,436 dólares canadianos. Já em relação ao peso mexicano, a nota verde sobe 0,63% para os 20,605 pesos mexicanos. 

Por cá, o euro desliza 0,06%, para os 1,041 dólares, sendo que a UE também é vista como um alvo provável para as políticas tarifárias de Trump. A libra esterlina enfraquece 0,07% para os 1,232 dólares. 

Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram em toda a linha esta terça-feira, num dia em que as principais bolsas europeias fecharam divididas e os investidoers procuraram ativos seguros, após a entrada da administração Trump em funções.  

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram em 2 pontos base, para 2,917%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento caiu 2,1 pontos, para 3,136%. 

 

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresceu em 2,8 pontos base, para 3,272%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviaram 1,7 pontos, para 2,508%. 

 

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, recuaram 6,9 pontos base para 4,588%. 

Europa fecha dividida com Trump a lançar incerteza

Os principais índices europeus fecharam a sessão divididas entre ganhos e perdas, enquanto os investidores avaliaram o facto de o presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, se ter abstido de visar imediatamente a região com tarifas comerciais. 

O índice Stoxx 600 - de referência para o Velho Continente – avançou 0,40%, para os 525,98 pontos. 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX valorizou 0,25%, o francês CAC-40 subiu 0,48%, e o britânico FTSE 100 ganhou 0,33%. Por outro lado, o espanhol IBEX 35 perdeu 0,14%, o italiano FTSEMIB derrapou 0,23% e o holandês AEX registou perdas de 0,31%.

Os mercados europeus têm tido um desempenho superior ao das suas congéneres norte-americanas até agora este mês. Ainda assim, a entrada em cena de Trump promete ser um fator de incerteza. Os investidores estão a observar atentamente os primeiros dias de Trump no poder para obterem mais pormenores sobre as políticas comerciais da nova administração.  

"Trump não parece estar a visar especificamente a Europa e, se for esse o caso, vemos algum potencial de subida para as ações europeias", explicou à Bloomberg Benoit Peloille, diretor de investimentos da Natixis Wealth Management.

Entre os setores, as empresas mineiras caíram mais de 1% e os produtores automóveis cederam 0,71% - setores mais expostos à política comercial -, já que Trump se comprometeu a impor tarifas de 25% ao México e ao Canadá.  

As empresas ligadas às energias eólicas também acabaram por ceder durante o dia de hoje, depois de o presidente norte-americano ter ordenado um congelamento da autorização de desenvolvimento de energia eólica offshore nos EUA.  

A Orsted, empresa energética dinamarquesa, caiu mais de 10% depois de ter registado uma imparidade de 1,7 mil milhões de dólares nos resultados do quarto trimestre devido ao aumento dos custos dos parques eólicos offshore da cotada nos EUA, aumentando as preocupações sobre as perspetivas da indústria. Também a portuguesa EDP Renováveis acabou o dia a perder mais de 2%. 

Do lado positivo estiveram empresas ligadas ao setor do luxo, com a LVMH e a Hermès International – as duas entre as empresas mais valiosas da Europa - a subir mais de 2%. A fabricante de medicamentos para perda de peso Novo Nordisk também contribuiu para os ganhos, ao valorizar mais de 4%. 

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