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Ao minuto25.06.2025

Trump anuncia cessar-fogo entre Israel e o Irão

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

Trump anuncia ofensiva dos EUA contra o Irão, após ataques de Israel
Trump anuncia ofensiva dos EUA contra o Irão, após ataques de Israel Carlos Barria/Pool via AP
23 de Junho de 2025 às 23:17
23.06.2025

Trump anuncia cessar-fogo entre Israel e o Irão

O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse que Israel e o Irão chegaram a acordo para um cessar-fogo "total e completo" dentro de algumas  horas, de acordo com uma publicação na sua rede social. 

Depois de o Irão e Israel darem início às trèguas, "o fim oficial da guerra de 12 dias será saudado pelo mundo", escreveu na Truth Social.

Trump especifica que o acordo entrará em vigor de cerca de seis horas depois da publicação (pelas 05:00, hora de Lisboa), quando Israel e o Irão "reduzirem e completarem as missões finais que têm em curso".

Primeiro será o Irão a entrar em cessar-fogo, seguido por Israel passadas 12 horas. "Durante cada cessar-fogo, o outro lado vai manter-se pacífico e respeitoso", disse Trump.      

"Caso tudo funcione como deve ser, o que vai acontecer, gostaria de congratular ambos os países por terem a energia, a coragem e a inteligência" para terminarem com a guerra, escreveu Trump.              

"Esta é uma guerra que poderia ter durado anos e destruído o Médio Oriente", conclui Trump, e isso "nunca acontecerá".       

O anúncio surge depois de os EUA terem atacado instalações nucleares do Irão durante o fim de semana e de os iranianos terem ripostado com um ataque de mísseis esta segunda-feira sobre uma base norte-americana no Qatar.      

23.06.2025

Marcelo garante que Portugal não teve conhecimento prévio de ataque dos EUA ao Irão

Marcelo Rebelo de Sousa discursa sobre a abstenção nas próximas eleições

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu esta segunda-feira que está em sintonia com o Governo em matéria de política externa e assegurou que Portugal não teve conhecimento prévio do ataque dos Estados Unidos ao Irão.

"A posição do Presidente da República é muito simples, está em sintonia com o Governo, não há uma política externa do Presidente e outra do Governo," afirmou Marcelo, em resposta aos jornalistas em Luanda, questionado sobre o pedido de explicações do Irão a Portugal face à utilização da Base das Lajes.

Sublinhando que Portugal não teve conhecimento prévio do ataque deste fim de semana e que a utilização da Base das Lajes pelos Estados Unidos decorreu de um pedido "normal" no âmbito de um acordo bilateral, Marcelo frisou que Portugal mantém uma posição de "contenção" e aposta na "via diplomática" face à escalada entre Israel e Irão.

"Estamos na linha da posição do Secretário-Geral das Nações Unidas, de vários dirigentes europeus, nomeadamente o Presidente do Conselho Europeu: primeiro, preocupação com a gravidade da situação; segundo, apelo à contenção de todos os intervenientes; terceiro, que seja reaberta a via diplomática," resumiu.

O Presidente da República explicou que foi informado pelo Executivo sobre o pedido dos EUA para estacionar aeronaves de reabastecimento na base dos Açores, mas garantiu que não houve qualquer indicação de uso ofensivo.

23.06.2025

Trump quer "paz e harmonia" no Médio Oriente após retaliação iraniana

O Presidente dos EUA pronunciou-se na sua rede social à retaliação iraniana sobre uma base norte-americana do Qatar, ao dizer que se tratou de “uma resposta fraca, que esperávamos, e que contrariámos eficazmente”.  

Donald Trump especificou na rede Truth Social que foram disparados 14 mísseis, dos quais 13 foram intercetados, com o único que não foi destruído a atingir uma zona onde não causou danos.  

“Estou satisfeito por dizer que não houve americanos feridos, e quase não houve danos”, salientou Trump, acrescentando que, depois de os iranianos terem replicado, espera que “não haja mais ódio”.           

Trump também agradeceu ao Irão pelo “aviso antecipado”, que tornou possível não não houvesse mortes e que ninguém ficasse ferido. “Talvez agora o Irão possa prosseguir para a paz e harmonia na região, e vou encorajar Israel a fazer o mesmo”.           

23.06.2025

Petróleo afunda cerca de 7% após ataque do Irão ser encarado como simbólico

Os preços do petróleo estão a afundar depois da retaliação do Irão com um ataque de mísseis a uma base norte-americana no Qatar, que foram intercetados sem causar danos ou feridos, de acordo com as autoridades qataris.     

O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, recua 7,34% para 68,44 dólares, enquanto o Brent do Mar do Norte, o benchmark europeu, desvaloriza 6,78% para 70,36 dólares.     

A forte queda do petróleo é um sinal de que a retaliação do Irão ao ataque desferido pelos EUA a várias das suas instalações nucleares poderá focar-se na presença militar dos EUA na região, em vez de visar infraestruturas críticas ou petroleiros que atravessam o Estreito de Ormuz, o que fez acelerar os preços do crude, destaca o Wall Street Journal.

Além disso, o ataque está a ser encarado pelos EUA como simbólico, uma vez que as autoridades norte-americanas e qataris foram avisadas por antecipação, o que atenuou o impacto da ofensiva e reduziu a potencial escalada do conflito, de acordo com o New York Times.               



23.06.2025

Teerão reivindica ataque contra base dos EUA no Qatar

O Irão reivindicou ataque realizado esta segunda-feira contra a base de Al-Udeid no Qatar, uma das principais instalações militares norte-americanas no Médio Oriente.

O anúncio foi feito na televisão estatal iraniana ao som de música marcial, descreveu a agência de notícias Associated Press (AP), e acompanhado de uma legenda no ecrã: "uma resposta poderosa e bem-sucedida das forças armadas do Irão à agressão americana".

Esta decisão vem no seguimento de ameaças de Teerão a bases militares dos Estados Unidos na região, em retaliação aos bombardeamentos da aviação norte-americana na madrugada de domingo contra instalações nucleares da República Islâmica.

Pouco antes do anúncio na televisão estatal, o Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, escreveu na rede social X: "Não iniciámos a guerra nem a procurámos. Mas não deixaremos a invasão ao grande Irão sem resposta."

23.06.2025

Irão ataca base militar dos EUA no Qatar

Vídeo mostra o momento em que mísseis iranianos foram lançados contra base dos EUA no Qatar
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Em retaliação aos ataques dos EUA a instalações nucleares iranianas este fim de semana, o Irão lançou vários mísseis contra bases militares norte-americanas no Médio Oriente esta segunda-feira, avançou o Axios, citando um responsável dos EUA e um responsável árabe.      

Seis mísseis terão sido lançados contra instalações militares dos EUA no Qatar e um míssil em direção ao Iraque.

De acordo com o site, "a Casa Branca e o Departamento de Defesa estão alerta e a monitorizar de perto as potenciais ameaças à base de Al Udeid no Qatar", de acordo com um responsável da Administração dos EUA.

A Reuters avançou que foram ouvidas explosões sobre a capital do Qatar, pouco depois de ter sido feira uma ameaça credível contra a base norte-americana. Entretanto, o Qatar disse que os mísseis foram intercetados e que não causaram qualquer dano ou ferido.   

O ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar disse que o governo condena o ataque à base, que entretanto tinha sido evacuada, pela Guarda Revolucionária do Irão. "O Qatar reserva-se ao direito de responder diretamente de uma forma equivalente com a natureza e escala desta agressão descarada", escreveu um porta-voz no X.            

O Qatar, em função da ameaça, tinha já fechado o espaço aéreo para segurança dos residentes e turistas, e a embaixada dos EUA tinha também avisado os norte-americanos para se abrigarem e agirem com cautela.       

Recorde-se que o Irão afirmou várias vezes que se os EUA se juntassem a esta guerra e atacassem as suas instalações nucleares, Teerão retaliaria contra as forças norte-americanas na região – e há que não esquecer que os Estados Unidos têm bases no Qatar, nos Emirados Árabes Unidos, na Arábia Saudita e no Bahrein – onde conta também com uma frota naval.

Em atualização

23.06.2025

Europa fecha com perdas contidas à espera de retaliação iraniana aos EUA

Os principais índices europeus encerraram com uma maioria de perdas, à exceção da bolsa de Amesterdão, à medida que os investidores continuam a analisar como se materializará a resposta do Irão aos recentes ataques norte-americanos a infraestruturas nucleares do país.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – cedeu 0,28% para os 535,03 pontos, quando se esperavam perdas mais expressivas.  

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX caiu 0,35%, o espanhol IBEX 35 desvalorizou 0,08%, o italiano FTSEMIB perdeu 1%, o francês CAC-40 recuou 0,69% e o britânico FTSE 100 deslizou 0,19%. A destoar deste cenário esteve o holandês AEX, que registou ganhos de 0,91%.

No plano geopolítico, o Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse que os ataques aéreos tinham “obliterado” um trio de alvos e ameaçou com mais intervenções militares caso o Irão não procurasse chegar a um acordo de paz - condição que Teerão já rejeitou negociar enquanto estiver sob ataque.

Em resposta, o país do Médio Oriente avisou que os ataques teriam “consequências eternas”, numa altura em que se tenta perceber o que significará uma resposta “proporcional” da parte do Irão.

, que já escalou mais de 12% desde o início do conflito, devido à preocupação de que o Irão possa interromper o tráfego de petroleiros através do Estreito de Ormuz – por onde passa cerca de um quinto da produção mundial de crude.

“A chave será se o Irão tenta e consegue fechar o Estreito de Ormuz”, disse à Bloomberg Roberto Scholtes, diretor de estratégia do Singular Bank.

A recuperação dos índices do Velho Continente estagnou este mês, à medida que o intensificar do conflito no Médio Oriente parece estar a diminuir o apetite pelo risco.

Preocupações com um novo crescimento da inflação também voltaram com a subida dos preços da energia.

“Até agora, a guerra estava muito centrada no Médio Oriente, mas com o envolvimento dos EUA, a situação parece muito mais grave e o risco está a espalhar-se de uma forma muito grande”, explicou à Bloomberg Aneeka Gupta, chefe de investigação macroeconómica da WisdomTree UK.

Entre os setores, as “utilities” (água, luz, gás) registaram a maior valorização (+1,26%), seguido do tecnológico (+0,81%). Por outro lado, o setor da banca (-1,12%) e as seguradoras (-1,02%) tiveram as perdas mais expressivas.

Entre movimentos do mercado, a Spectris – multinacional britânica fabricante de instrumentos de precisão - disparou mais de 15%, depois de a Advent – empresa de “private equity” norte-americana - ter concordado em comprar a multinacional britânica por cerca de 3,8 mil milhões de libras. Já a Novo Nordisk tombou mais de 5%, depois de depois de a fabricante do Ozempic ter divulgado resultados desapontantes relativos aos testes do seu mais recente tratamento para a perda de peso, o medicamento CagriSema.

23.06.2025

Juros da dívida da Zona Euro recuam. Tensão no Médio Oriente aumenta procura de ativos seguros

Os juros das obrigações soberanas da Zona Euro recuaram esta segunda-feira, num sinal de que os investidores procuraram ativos seguros, como as obrigações, no seguimento do .

Após um arranque de sessão pressionado, os principais índices europeus fecharam com quedas moderadas, acompanhados por um movimento generalizado de queda nas “yields” da dívida pública.

Em Portugal, a taxa a dez anos caiu 2 pontos base, para 3,001%, enquanto em Espanha recuou 1,9 pontos, fixando-se nos 3,194%. A dívida francesa também registou alívio, com uma descida de 1,4 pontos base para 3,228%, e a italiana seguiu o mesmo rumo, ao recuar 1,5 pontos para 3,479%. Na Alemanha, referência do bloco, as "bunds" a dez anos cederam 1 ponto base, para os 2,505%.

Fora da Zona Euro, as "gilts" britânicas recuaram 4,6 pontos base, situando-se agora nos 4,490%.

23.06.2025

Irão promete responder "de forma proporcional e decisiva" a ataques dos EUA

Países do Médio Oriente reagem ao ataque dos EUA no Irão

O Irão disse esta segunda-feira que irá responder aos ataques dos Estados Unidos (EUA) às instalações nucleares do país “de forma proporcional e decisiva”. A afirmação foi feita por Abdolrahim Mousavi, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irão, num vídeo publicado nas redes sociais pela emissora estatal iraniana.

“Trump cometeu um grave erro ao decidir vir em socorro de Netanyahu”, disse Mousavi, fazendo referência ao primeiro-ministro de Israel, acrescentando ainda que o Irão “continuará a punir Netanyahu até causarmos a sua miséria absoluta”.

No domingo, o Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian já tinha defendido que os EUA “devem receber uma resposta pela sua agressão”. Já o representante do Irão junto da Organização das Nações Unidas (ONU), Amir Saeid Iravani, referiu, durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da organização internacional realizada durante o dia de ontem, que uma eventual resposta de Teerão seria decidida pelas forças armadas do país, que iriam ponderar uma “resposta proporcional”.

23.06.2025

Dólar volátil recupera com maior procura enquanto ativo refúgio

dolar

O dólar segue a negociar de forma volátil esta segunda-feira, depois de ter chegado a atingir o nível mais alto em quase um mês, com os ataques dos EUA ao Irão a estimularem a procura pela “nota verde” enquanto ativo refúgio, ao mesmo tempo que se pesa os riscos económicos associados à subida dos preços do petróleo.

O índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – soma a esta hora 0,14% para os 98,843 pontos.

“O nível mais elevado de incerteza geopolítica e o risco de desencadear outro choque nos preços da energia estão a dar mais apoio ao dólar americano a curto prazo, juntamente com a relutância da Reserva Federal em retomar os cortes nas taxas”, explicou à Bloomberg Lee Hardman, do MUFG.

Ao mesmo tempo, o dólar segue a valorizar em relação ao iene, com relatos de que Israel lançou um novo ataque contra uma importante instalação nuclear iraniana.

A esta hora, a divisa nipónica segue a perder face ao dólar, numa altura em que a “nota verde” valoriza 0,41% para os 146,690 ienes.

A rápida escalada do conflito no Médio Oriente impulsionou o dólar e a moeda recuperou de um mínimo de três anos na semana passada, registando o seu melhor desempenho semanal desde o final de fevereiro.

Por cá, a moeda única ganha 0,07% para 1,153 dólares, enquanto a libra negoceia com ganhos de 0,17% para os 1,347 dólares.

23.06.2025

Ouro entre ganhos e perdas à espera da resposta de Teerão

O ouro avança esta segunda-feira, apoiado na procura por ativos de refúgio devido à escalada das tensões entre os Estados Unidos, Irão e Israel. O metal precioso valoriza 0,14% para os 3.373,22 dólares por onça, após uma sessão marcada por várias oscilações e incerteza geopolítica.

As forças norte-americanas juntaram-se aos ataques israelitas contra instalações nucleares iranianas, reacendendo receios em torno da estabilidade no Médio Oriente. Apesar disso, a ausência de uma resposta imediata por parte de Teerão está a travar uma escalada mais acentuada do metal.

O metal amarelo é utilizado como reserva de valor em tempos de incerteza. A ausência de risco político do ouro tem levado a que os , que é agora o

“O ouro e o franco suíço são os principais potenciais beneficiários do aumento da incerteza. O ouro, em particular, pode manter a sua tendência altista graças à crescente procura como valor-refúgio. Os bancos centrais, que já estavam a comprar mais ouro, podem aumentar essas compras. O ouro está já a consolidar a sua posição como um ativo estratégico, perdendo apenas para o dólar em termos de volume de reservas”, afiança Gregor MA Hirt, diretor de investimento global de multiativos da Allianz Global Investors, numa nota consultada pelo Negócios.

23.06.2025

Petróleo cede quase 1%. Queda coincide com apelos de Trump para manter "preços baixos"

petróleo

Os preços do petróleo seguem em queda a esta hora, invertendo a tendência de ganhos registada até há momentos, à medida que se parecem dissipar preocupações quanto a um eventual por parte do Irão. A queda do crude coincide, a esta hora, com os apelos feitos há instantes pelo Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, que : "Mantenham os preços baixos. Eu estou atento! Estão a entrar no jogo do inimigo. Não o façam!".

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde a esta hora 0,95% para os 73,14 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,99% para os 76,25 dólares por barril.

O Presidente norte-americano afirmou ainda que os ataques aéreos levados a cabo no fim de semana tinham “destruído” um trio de alvos no Irão e ameaçou o país com mais ações militares caso Teerão não procurasse chegar a um acordo de paz. Em resposta, Teerão avisou que os ataques norte-americanos às suas infraestruturas nucleares provocariam “consequências eternas”.

O mercado petrolífero tem sido dominado por uma crise crescente desde que Israel atacou o Irão há mais de uma semana, com os índices de referência do petróleo a subirem, os volumes de opções a dispararem e a curva dos futuros a mudar para refletir os receios de uma possível interrupção a curto prazo dos fornecimentos de crude.

O Médio Oriente é responsável por cerca de um terço da produção global de "ouro negro” e, desde o início dos ataques de Israel ao Irão, há sinais de que os carregamentos de petróleo iraniano para fora do Golfo Pérsico aumentaram em vez de diminuírem.

23.06.2025

"Mantenham os preços do petróleo baixos!", apela Trump

Os ataques dos EUA ao Irão lançaram o medo sobre o futuro do mercado petrolífero global e a sessão desta segunda-feira arrancou com o valor do barril a subir. Mas, num momento já de inversão na trajetória dos preços, o Presidente norte-americano Donald Trump deixou um apelo: "Mantenham os preços baixos. Eu estou atento! Estão a entrar no jogo do inimigo. Não o façam!".

O líder dos Estados Unidos usou a sua rede social Truth Social para apelar a um travão à valorização do petróleo. O preço do Brent chegou a ultrapassar os 80 dólares nas primeiras negociações, nas praças asiáticas, mas acabou não só por aliviar como entrar mesmo em terreno positivo, seguindo a negociar entre ganhos e perdas.

Além desta publicação, Donald Trump fez uma segunda em que recorreu ao seu slogan "drill, baby, drill", que se refere à perfuração de petróleo. "Ao Departamento de Energia: PERFUREM, QUERIDOS, PERFUREM!!! E eu quero dizer: AGORA!!!", escreveu.

23.06.2025

Wall Street cede na abertura. Conflito no Médio Oriente com efeitos contidos

wall street bolsa mercados traders

Os principais índices norte-americanos negoceiam com perdas contidas, enquanto os investidores se mantêm atentos à possibilidade de o Irão poder vir a como retaliação aos .

O S&P 500 recua 0,07% para os 5.963,85 pontos, enquanto o Nasdaq Composite perde 0,38% para 19.373,94 pontos. Já o Dow Jones cede 0,04% para 42.191,24 pontos.

O crude, que já subiu mais de 10% desde o início do conflito entre Israel e o Irão,, já que qualquer levanta preocupações quanto a um aumento dos preços da energia e de uma aceleração da inflação ao nível global.

Ainda assim, “os mercados consideram que a resposta [do Irão aos ataques norte-americanos] pode não ser tão dramática, porque o Irão arriscaria antagonizar outros que ainda não estão envolvidos”, disse à Bloomberg John Bilton, diretor de estratégia da JPMorgan Asset Management.

A reação do mercado tem sido "silenciosa” desde o ataque inicial de Telavive a Teerão. Mesmo depois de ter caído nas duas últimas semanas, o S&P 500 está agora apenas cerca de 3% abaixo do seu máximo histórico atingido em fevereiro.

Entre os movimentos do mercado, a Hims & Hers Health - que atua no setor da telemedicina - segue a afundar perto de 30%, depois de a gigante europeia Novo Nordisk ter terminado a sua parceria com a empresa norte-americana.

Quanto às “big tech”, a Alphabet recua 1,49%, a Amazon desvaloriza 1,08%, a Nvidia perde 0,95%, a Microsoft cede 0,92%, a Meta desliza 0,077% e a Apple cai 0,42%.

23.06.2025

Petróleo avança 1%. Mercado acredita que Irão vai ceder e aceitar acordo de paz

petroleo combustiveis

Os preços do petróleo continuam a subir perto de 1%, ainda que com ganhos menores do que aqueles registados nos primeiros momentos de negociação, já que os receios do mercado por uma interrupção no fornecimento do "ouro negro" começam a dissipar-se. Os investidores parecem acreditar que o envolvimento dos EUA no conflito no Médio Oriente vai enfraquecer a capacidade de resposta do Irão, pressionando o país a aceitar um acordo de paz.

O barril de Brent para entrega em agosto avança 0,86%, para os 77,67 dólares por barril, depois de esta manhã ter disparado 5,7% e ter ultrapassado os 81 dólares, em máximos de cinco meses. Já os contratos de agosto do West Texas Intermediate (WTI), referência para as importações norte-americanas, sobem 0,88%, estando a negociar nos 74,49 dólares por barril. Ambos acumulam uma subida de 11% desde os primeiros ataques de Israel.

O Médio Oriente é responsável por cerca de um terço da produção mundial de crude, mas ainda não houve quaisquer sinais de perturbação dos fluxos físicos de petróleo, incluindo as cargas que atravessam o Estreito de Ormuz. Apesar dos ataques entre Israel e o Irão continuarem, Teerão ainda não retaliou a ofensiva norte-americana deste fim de semana.

“Os 'traders' estão a suster a respiração, à espera de ver se Israel ou o Irão expandem este conflito para além dos alvos militares e políticos, para o comércio de energia”, disse Bob McNally, fundador da Rapidan Energy Advisers e antigo responsável pela pasta da energia na Casa Branca, em declarações à Bloomberg Television. “Até agora, ninguém puxou esse gatilho - e se não o fizerem, podemos ver os preços a inverterem”, alertou.

As atenções seguem ainda para o Estreito de Ormuz, que poderá ser encerrado de forma definitiva pelas forças iranianas. E as ameaças já começam a surtir efeitos: esta manhã, três navios-tanque, que transportavam petróleo e produtos químicos, desviaram a rota para evitar este estreito, de acordo com a Al Jazeera. Também as companhias japonesas Nippon Yusen e Mitsui OSK Lines afirmaram que estavam a instruir os seus navios a minimizarem o tempo gasto no Golfo enquanto continuam a transitar pelo Estreito de Ormuz.



23.06.2025

Para os vários líderes mundiais, o “único caminho é a diplomacia”

Os ataques norte-americanos às centrais nucleares no Irão, na madrugada deste domingo, voltaram a incendiar reações e as opiniões sobre o futuro do conflito no Médio Oriente unem-se no pedido por “diplomacia”.

António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas, admitiu estar “gravemente preocupado” com o agravamento da situação, numa publicação no X: “Há um risco crescente de que este conflito possa rapidamente ficar fora de controlo, com consequências catastróficas para os civis, a região e o mundo”. Guterres considera que “não há uma solução militar” e que o “único caminho é a diplomacia”, pedindo aos Estados membros que se unam para “desescalar” as rivalidades.

Do lado britânico, Keir Starmer sugere também uma solução diplomática com a participação de todos os lados, com prioridade na estabilização das animosidades. Ainda assim, o primeiro-ministro britânico considera que o programa nuclear do Irão representa um “grave ameaça à segurança global” e que “os Estados Unidos tomaram ação para aliviar essa ameaça”.

A China condena os ataques norte-americanos e descreve-os como uma séria violação da lei internacional, pedindo a que todas as partes, especialmente Israel, cheguem a um cessar fogo e dialoguem para diminuir as tensões. “A China está disposta a trabalhar com a comunidade internacional para unir esforços e defender a justiça, bem como contribuir para o trabalho de restauração da paz e da estabilidade no Médio Oriente”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores da China, em comunicado.  

23.06.2025

Rússia vai apoiar o Irão. Putin diz que ataque dos EUA foi "infundado"

O presidente russo, Vladimir Putin, disse ao ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão que não havia justificação para os bombardeamentos "infundados" dos EUA deste fim de semana, e já demonstrou a disponibilidade do Kremlin na ajuda ao povo iraniano. 

Putin recebeu o ministro Abbas Araqchi em Moscovo dois dias depois que o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter lançado ataques contra as três principais instalações nucleares do Irão. "Estou muito feliz que esteja em Moscovo hoje. Vai nos dar oportunidade para discutir todas as questões urgentes e pensar juntos sobre como podemos sair da situação atual", disse o presidente russo.

O ministro agradeceu o apoio russo, realçando que o Irão tem agido em legítima defesa. "A Rússia está hoje do lado certo da história e do direito internacional", disse Araqchi.

Já esta manhã o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia lamenta profundamente e condena os ataques deste domingo. Em declarações aos jornalistas, Peskov acrescenta ainda que os ataques norte-americanos abriram portas para que haja novos envolvidos no conflito e deram início a uma nova espiral na escalada do conflito no Médio Oriente. O Kremlin afirma ainda não ter a certeza se há de facto risco de radiação após os ataques dos EUA. 

Apesar de Putin já ter dito que vai ajudar o Irão, não adiantou detalhes sobre como o irá fazer. Teerão é um importante aliado do Kremlin, já que em janeiro deste ano, a Rússia assinou um tratado de parceria estratégica com o Irão. Embora não inclua uma cláusula de defesa mútua. Antes dos ataques americanos de sábado, Moscovo havia alertado que uma intervenção militar americana poderia desestabilizar toda a região e mergulhá-la no "abismo".

23.06.2025

Irão chama a Trump de "gambler" e deixa o alerta: "Seremos nós a pôr fim" à guerra

Após um fim de semana de ataques sucessivos dos EUA e de Israel ao Irão - que tem retaliado com mísseis contra Israel -, Teerão deixou uma resposta direcionada ao Presidente dos EUA, Donald Trump. 

O Irão afirmou esta manhã que os ataques às suas instalações nucleares expandiu o leque de alvos legítimos agora a atingir pelas suas forças militares, tendo apelidado mesmo Trump de "gambler" ("jogador") por se juntar à campanha militar israelita contra a República Islâmica. 

"Sr. Trump, o jogador, você pode começar esta guerra, mas seremos nós a acabar com ela", disse Ebrahim Zolfaqari, porta-voz do quartel-general militar central do Irão, numa declaração em vídeo. 

Na manhã de domingo, Washington surpreendeu o mundo ao anunciar que tinha lançado ataques contra três centrais nucleares iranianas. Desde então, as promessas de retaliação têm surgido. Embora tenha continuado a disparar mísseis contra Israel até ao momento, o Irão ainda não tomou medidas contra os EUA - sejam elas atingir bases norte-americanas ou visar 20% de fluxo petróleo mundial que atravessa o estreito de Ormuz.

A Administração de Trump tem vincado repetidamente que o objetivo da Casa Branca é destruir o programa nuclear do Teerão, mas não alargar a guerra. O Presidente dos EUA trouxe um outro cenário para cima da mesa: a mudança de regime no Irão.

Na sua rede social, Truth Social, Trump escreveu: "Não é politicamente correto usar o termo 'mudança de regime', mas se o atual regime iraniano não é capaz de tornar o Irão grande novamente, por que não haveria uma mudança de regime???".

23.06.2025

UE alerta para risco de fecho do estreito de Ormuz

 A Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Kaja Kallas, alertou esta segunda-feira que a ameaça iraniana de encerrar do Estreito de Ormuz é extremamente perigosa.

Em resposta ao ataque norte-americano de sábado, o Parlamento iraniano exigiu o encerramento do Estreito de Ormuz por onde transita 20% do petróleo bruto transportado por via marítima, embora a decisão final caiba ao Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniano.

Em declarações à chegada ao Conselho dos Negócios Estrangeiros, em Bruxelas, Kallas afirmou que os ministros vão debater a situação no Irão, na sequência do ataque dos Estados Unidos, e que estão concentrados na solução diplomática, ao mesmo tempo que avaliam as consequências do agravamento do conflito.

"O Parlamento iraniano exigiu o encerramento do Estreito de Ormuz, o que seria extremamente perigoso e não seria bom para ninguém", afirmou.

Kallas disse ainda que a União Europeia sempre foi a favor da diplomacia e recordou que o bloco europeu falou com o Governo do Irão na sexta-feira.

No mesmo contacto, afirmou Kallas, o Irão mostrou-se disponível para falar sobre a questão nuclear e também sobre assuntos de segurança mais amplos e que preocupam a Europa.

"Temos de continuar a fazê-lo porque, no final, tem de haver uma solução diplomática para termos uma perspetiva de longo prazo", acrescentou Kallas.

A chefe da diplomacia da União Europeia recordou ainda que o acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano inclui uma cláusula de reversão que permite a imposição automática de sanções internacionais ao Irão se Teerão violar os termos do tratado.

"Se todos concordam que o Irão não deve ter uma arma nuclear, temos de trabalhar nesse sentido", afirmou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, apelou também à coragem da União Europeia para "hastear a bandeira da paz", defender o direito internacional, a diplomacia e a negociação.

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noel Barrot, apelou também ao papel que considerou fundamental da Europa para conseguir, através de negociações, uma inversão "duradoura, sólida e verificável durante anos e décadas" do programa nuclear iraniano.

Barrot afirmou também que o objetivo "não é apenas" atrasar temporariamente o acesso do Irão às armas nucleares defendendo a negociação no sentido de garantir que o Irão nunca venha a ter armas nucleares.

O chefe da diplomacia francesa sublinhou que a França rejeita qualquer tentativa de organizar uma mudança de regime do Irão pela força, porque, disse, seria ilusório e perigoso pensar que essa mudança pode ser conseguida "pelas bombas".

O ministro lituano dos Negócios Estrangeiros, Kestutis Budrys, afirmou que a União Europeia deve organizar-se para pressionar o Irão "para o caminho da paz" e evitar que o conflito se agrave ainda mais.

"Chegou o momento de o Irão escolher se quer ser um bom membro da comunidade internacional ou continuar com as políticas destrutivas na região e a nível mundial. A posse de armas nucleares pelo Irão é uma ameaça existencial para Israel e uma grave ameaça para toda a comunidade internacional", afirmou Budrys.

23.06.2025

Euribor desce a três e a 12 meses e sobe a seis meses

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A Euribor desceu hoje a três e a 12 meses, subiu a seis meses e permaneceu acima de 2% nos três prazos.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,031%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,036%) e a 12 meses (2,093%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 2,036%, mais 0,001 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.

Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou, ao ser fixada em 2,093%, menos 0,008 pontos do que na sexta-feira.

A Euribor a três meses, que esteve abaixo de 2% entre 30 de maio e 12 de junho, também baixou hoje, para 2,031%, menos 0,003 pontos.

Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).

A média da Euribor em maio desceu 0,162 pontos para 2,087% a três meses, 0,086 pontos para 2,116% a seis meses e 0,062 pontos para 2,081% a 12 meses.

Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

23.06.2025

Bolsas europeias sem rumo à espera de farol no Médio Oriente

As principais praças europeias negoceiam sem uma tendência definida na manhã desta segunda-feira, com os investidores a tentarem perceber quais serão os próximos passos no conflito entre Israel e o Irão e, sobretudo, se Teerão vai retaliar contra os Estados Unidos, que este fim de semana participaram em ataques contra instalações nucleares em território iraniano.

O índice pan-europeu Stoxx600 valoriza 0,05%, para os 536,79 pontos com o setor do "oil&gas" a subir 0,11%.

O alemão DAX30 desliza 0,02%, enquanto o parisiense CAC-40 cede 0,08%. Já o espanhol IBEX-35 avança 0,14% e o britânico FTSE-100 sobe 0,04%.

Os ganhos mais expressivos registam-se em Amesterdão, com o AEX a ganhar 0,66%, enquanto o italiano FTSEMib perde 0,55%.

O destaque da manhã vai para as ações da Spectris, fabricante britânica de equipamentos de precisão e de testes e de software. Os títulos da empresa disparam 15%, para 37,74 libras, após a "private equity" Advent ter feito uma oferta para a compra da empresa e a administração da Spectris ter considerado a proposta "justa e razoável". 

A operação será fechada por 3,8 mil milhões de libras (4,4 mil milhões de euros ao câmbio atual). A Advent oferece 37,63 libras por ação, o que representa um prémio de 85% face à cotação da Spectris a 6 de junho, última sessão antes de a Bloomberg avançar com a notícia do interesse da Advent na Spectris.

23.06.2025

Juros na Zona Euro agravam-se de olhos postos no Irão

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se esta segunda-feira, com as atenções centradas na resposta de Teerão à entrada dos EUA nos ataques contra as instalações nucleares iranianas. Apesar da incerteza, para já, os investidores continuam a apostar no mercado acionista.

A "yield" da dívida portuguesa a 10 anos sobe 2,1 pontos base, para os 3,042%, enquanto no país vizinho os juros avançam 2,3 pontos, até aos 3,236%. Ainda no sul, a rendibilidade da dívida italiana sobe 2,4 pontos, para os 3,518%.

Os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se de forma mais pronunciada, subindo três pontos base, para 2,544%. Também a "yield" francesa avança três pontos, até aos 3,272%.

Fora da Zona Euro, as "gilts" britânicas veem os juros subir 2,1 pontos, para 4,557%.

23.06.2025

Petróleo atenua escalada com mercados à espera de resposta do Irão

Os preços do petróleo aligeiraram significativamente as fortes subidas registadas durante a sessão asiática, quando chegaram a escalar 5,7% na sequência da entrada dos EUA no conflito entre o Irão e Israel.

Os "traders" aguardam pela resposta de Teerão à intervenção dos Estados Unidos mas, para já, os receios de uma forte disrupção na oferta de crude parecem ter-se dissipado.

O barril de Brent para entrega em agosto avança 0,38%, para os 77,30 dólares por barril, depois de ter disparado 5,7% e superado os 81 dólares, máximo desde janeiro.

Já os contratos de agosto do West Texas Intermediate (WTI) sobem 0,39%, negociando nos 74,13 dólares por barril.

“Os 'traders' começam a pensar que não há nada aqui: os preços subiram 10 dólares por barril desde que a guerra começou, agora um pouco mais, e, por isso, acho que a quantidade de risco incorporada nos preços é apropriada", refere Bob McNally, fundador da Rapidan Energy Advisers, em declarações à Bloomberg.


23.06.2025

Ouro cede apesar de escalada no Médio Oriente. Dólar é o refúgio preferido

O preço do ouro recua esta segunda-feira apesar da escalada no conflito entre o Irão e Israel com a entrada dos EUA nos ataques contra o regime de Teerão. Após uma subida que chegou aos 0,8% no início da negociação, o metal amarelo perdeu força e segue agora a ceder 0,32%, para os 3.357,48 dólares por onça.

Os investidores aguardam pela resposta de Teerão antes de apostarem no ouro para mitigar os riscos.

A moeda norte-americana emerge como o ativo-refúgio de eleição, com os olhos postos na reação do Irão à participação de Washington nos ataques contra instalações nucleares do país.

O euro perde 0,22% face à divisa dos EUA, negociando nos 1,1498 dólares. 

A "nota verde" ganha também terreno perante o iene, avançando 0,86% até aos 147.3400 ienes, bem como face à moeda helvética, com um ganho de 0,11%, para os 0,8169 francos suíços.



23.06.2025

Guerra no Médio Oriente atira Ásia e Europa para o vermelho. China escapa

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As bolsas asiáticas terminaram a primeira sessão da semana em terreno misto, numa altura em que os investidores estiveram a reagir pela primeira vez aos ataques sucessivos entre Irão-Israel-EUA deste fim de semana. Washington decidiu juntar-se a Israel e atacar três centrais nucleares de Teerão, enquanto esta manhã Israel visou outros complexos militares iranianos. O mercado aguarda agora com cautela a resposta do Irão, que prometeu já "consequências eternas" aos dois países.

“Este tipo de incerteza está rapidamente a tornar-se o novo normal para os mercados, pelo que espero ver uma relativa sensação de calma, a menos que as tensões continuem a aumentar, o que tem potencial para acontecer”, disse Josh Gilbert, analista de mercado da eToro, à Bloomberg. "Mesmo sem uma queda imediata, a mistura de volatilidade do petróleo e incerteza renovada provavelmente será suficiente para manter o apetite pelo risco moderado", acrescentou. 

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Caso o Irão contra-ataque, "o mercado será muito, muito reativo aos acontecimentos militares na região - em ações, obrigações e moedas - porque não sabemos exatamente como isto se vai desenrolar”, afirmou ainda Ben Zala, professor catedrático de relações internacionais na Universidade Monash, Melbourne.

Entre os principais movimentos de mercado, as ações de transporte marítimo, como a Ningbo Marine e a Nanjing Tanker subiram 10% e 8%, respetivamente, à boleia da especulação de que as tarifas de frete dos petroleiros podem aumentar após os ataques aéreos dos EUA no Irão. As ações asiáticas ligadas ao sector da defesa subiram, enquanto as ações das companhias aéreas caíram devido à subida dos preços do petróleo.

Já as ações do Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSM) recuaram depois de o Wall Street Journal ter avançado que o Departamento de Comércio dos EUA terá dito às principais empresas de semicondutores que pretende revogar as isenções que utilizaram para aceder à tecnologia americana na China. A Samsung cedeu mais de 2%.

Ainda assim, na China, o impacto foi menos sentido: o Shanghai Composite subiu 0,5% e o Hang Seng, em Hong Kong, ganhou 0,4%. Já no Japão, o Topix perdeu 0,4% e o Nikkei recuou 0,2%. O australiano S&P/ASX 200 cedeu também 0,3%

Na Europa, o cenário é também de pessimismo. Os futuros do Euro Stoxx 50 apontam para uma queda de 0,5% devido à escalada de tensões no Médio Oriente. Os "traders" vão também analisar os dados da atividade económica na Zona Euro esta segunda-feira para avaliar se a guerra comercial dos EUA prejudicou a produção das fábricas antes do prazo de tarifas recíprocas de 9 de julho. A Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, também deverá discursar.


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