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Boas perspetivas económicas do outro lado do Atlântico dão ímpeto as bolsas europeias

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.

Kai Pfaffenbach /Reuters
15 de Agosto de 2024 às 18:12
Europa negoceia em alta. Admiral dispara mais de 10%

As bolsas seguem a negociar em alta com os dados económicos a animarem os investidores. O índice pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,2%, a negociar perto de um máximo de duas semanas, naquela que é a terceira sessão consecutiva no verde.

O setor dos seguros é o que mais ganha, impulsionado por uma subida de 10,3% da Admiral, depois de a seguradora britânica de automóveis e de habitação ter registado um aumento de 32%, melhor do que o previsto, nos lucros antes de impostos do primeiro semestre.

O britânico FTSE 100 segue a valorizar 0,11%, depois de o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS) ter anunciado que o produto interno bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,6% no segundo trimestre do ano, devido ao bom desempenho do setor de serviços.

O francês CAC 40 ganha 0,32%, enquanto o alemão DAX sobe 0,32% e o espanhol IBEX 35 avança 0,42%. As praças europeias replicam o desempenho positivo não só em Wall Street - onde os dados da inflação está a dar confiança numa descida das taxas de juro da Fed -, mas também no Japão e China, após terem sido divulgados também novos dados.

No Japão, a economia cresceu mais rapidamente no segundo trimestre do que o previsto pelos analistas. A China, por seu turno, registou sinais de estabilização da atividade que incluíram o abrandamento da descida dos preços das casas e vendas a retalho melhores do que o previsto.

"Os dados das vendas a retalho da China, mais fortes do que o previsto, são o que realmente se destaca", disse Billy Leung, estratega de investimentos da Global X Management em Sydney, citado pela Bloomberg. "As vendas a retalho têm mais importância em comparação com a produção industrial ou outros indicadores porque são mais difíceis de influenciar diretamente pelo governo."

Juros das dívidas europeias sem tendência definida

Com os investidores a mostrarem apetite pelos ativos de risco e os analistas a reforçarem as expectativas de cortes de juros depois do verão, as dívidas soberanas europeias vivem uma sessão de variações ligeiras nas "yields".

A leitura de julho da inflação nos EUA cimentou a certeza do mercado de que a Reserva Federal irá baixar os custos do dinheiro em setembro pela primeira vez em quatro anos e meio, mas mantém-se o debate sobre se os decisores políticos irão optar por uma redução de 50 ou de 25 pontos base.

Em reação, enquanto o mercado tenta avaliar as hipóteses para o próximo mês, as Treasuries norte-americanas mantiveram-se praticamente inalteradas, enquanto na Europa os movimentos também não são expressivos.

A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos seguem em linha com a última sessão, nos 2,18%, enquanto o juro da dívida francesa cede ligeiramente para 2,905%. Em sentido contrário, as Gilts britânicas sobem para 3,839%.

No sul da Europa, a "yield" da dívida benchmark de Itália alivia para 3,552% e a espanhola com a mesma maturidade para 3,029%. As obrigações do Tesouro portuguesas seguem, entre ganhos e perdas ligeiras, com uma "yield" de 2,813%.

Preço do petróleo sobe com expectativas sobre a atividade económica
Preço do petróleo sobe com expectativas sobre a atividade económica

Os preços do petróleo sobem esta quinta-feira apoiados pelo otimismo de que os potenciais cortes das taxas de juros dos Estados Unidos impulsione a atividade económica e o consumo de combustível, embora as preocupações sobre a procura global mais lenta limitem os ganhos.

O West Texas Intermediate (WTI) - crude de referência para os EUA – agrava 0,21%, para 77,14 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – sobe 0,15%, para os 79,88 dólares por barril.

Ambos caíram mais de 1% na quarta-feira, depois de os stocks de petróleo dos EUA terem aumentado inesperadamente e com a diminuição das preocupações sobre um conflito mais alargado no Oriente Médio. Contudo, a situação na região continua a ser acompanhado de perto.

"O risco geopolítico continua a pairar sobre o mercado petrolífero. Ainda não é claro como e se o Irão irá retaliar contra Israel. Esta incerteza conduziu a um aumento da atividade de negociação de opções, com os participantes no mercado a quererem proteger-se de uma subida significativa", explicaram os analistas do ING numa nota enviada aos clientes.

Dólar mais fraco impulsiona ouro
Dólar mais fraco impulsiona ouro

Os preços do ouro avançam esta quinta-feira, ajudados por um dólar norte-americano mais fraco, com os investidores à espera de mais dados para avaliar as perspectivas da Reserva Federal (Fed) norte-americana para as taxas de juro, depois de um relatório de inflação ter diminuído as esperanças de um corte maior em setembro.

O ouro "spot" sobe 0,27% para 2.454,21 dólares por onça. A impulsionar o metal precioso tem estado a perspetiva de um corte dos juros diretores, por parte da Fed já em setembro, o que pressiona o dólar e deixa assim o ouro – que é denominado na nota verde – mais atrativo para quem negoceia com outras moedas.

O euro segue estável face ao par dos EUA nos 1,1006 dólares, depois de ter atingido o seu nível mais alto deste ano na quarta-feira, nos 1,10475 dólares, com os mercados a digerirem os números da inflação norte-americana.

Por seu turno, a libra esterlina aprecia-se 0,15% face à moeda única, para 1,1667 euros, em reação aos números do PIB no Reino Unido. A economia britânica cresceu 0,6% no segundo trimestre do ano, graças ao bom desempenho do setor de serviços.

Euribor sobe a três meses, mas alivia a seis e 12
Euribor sobe a três meses, mas alivia a seis e 12

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses face a quarta-feira, mantendo-se acima de 3% nos três prazos. Com estas alterações, a taxa a três meses, que subiu para 3,549%, continuou acima da taxa a seis meses (3,375%) e da taxa a 12 meses (3,117%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje para 3,375%, menos 0,023 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,7% e 25,7%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também recuou hoje, para 3,117%, menos 0,031 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.

A Euribor a três meses subiu para 3,549%, mais 0,007 pontos, depois de ter atingido 4,002%, um máximo desde novembro de 2008. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

Lusa

Novos dados económicos afastam receios de recessão económica e impulsionam Wall Street
Novos dados económicos afastam receios de recessão económica e impulsionam Wall Street

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta quinta-feira em terreno positivo, com o S&P 500 a apontar para o sexto dia consecutivo no verde – a mais longa série de valorizações em mais de um mês. Os investidores parecem estar satisfeitos com os mais recentes dados económicos nos EUA, que afastam a ideia de um possível recessão económica no país e alimentam expectativas de um "soft landing" que a Reserva Federal (Fed) norte-americana anda à procura.

De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, as vendas a retalho cresceram 1% em julho, depois de terem contraído 0,2% no mês anterior. Além disso, o número de pedidos de subsídio de desemprego ficou abaixo das expectativas do mercado (fixaram-se em 227.000, menos 7.000 do que na semana anterior), indicando assim um mercado laboral mais robusto.

O S&P 500 avança 0,94% para 5.506,54 pontos, enquanto o Dow Jones cresce 1,08% para 40.440,48 pontos. Já o Nasdaq Composite valoriza 1,26% para 17.409,70 pontos.

"A economia não está a entrar numa recessão iminente. Isto deve retirar a redução [das taxas de juro] em 50 pontos base já em setembro de cima da mesa. Continuo a achar que os 25 pontos base fazem sentido, uma vez que a inflação continua a diminuir e temos recebido bons dados", afirmou Steve Wyett, estratega da BOK Financial, à Reuters.

As "sete magníficas" arrancaram a sessão em terreno positivo, depois de terem encerrado mistas na quarta-feira e limitado os ganhos do Nasdaq. A Amazon lidera as valorizações do grupo, ao avançar 2,79% para 174,84 dólares.

Fora do setor tecnológico, a Walmart escala 6,97% para 73,38 dólares, depois da retalhista ter revisto em alta o "outlook" para o resto do ano. A empresa norte-americana espera conseguir atrair mais clientes à procura de descontos e antecipa, agora, que as vendas líquidas aumentem até 4,75% este ano – superior à anterior expectativa de 4%.

Já a Nike avança 4,13% para 81,76 dólares, depois do multimilionário William Ackman ter reforçado a sua participação na empresa de vestuário desportivo. Também a Ulta Beauty está a beneficiar de investimentos de multimilionários e dispara 11,29% para 366,20 dólares, depois da Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, ter adquirido uma participação na empresa.

Petróleo avança com tensões no Médio Oriente no radar
Petróleo avança com tensões no Médio Oriente no radar

O petróleo está a recuperar de duas sessões consecutivas a negociar no vermelho, numa altura em que os receios em relação a um potencial ataque a Israel, por parte do Irão, e novos dados económicos nos EUA parecem estar a ofuscar as preocupações sobre uma desaceleração da procura global desta matéria-prima.

O West Texas Intermediate (WTI) - crude de referência para os EUA – agrava 1,64%, para 78,24 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – sobe 1,73%, para os 81,14 dólares por barril.

Duas semanas depois do Irão ter ameaçado retaliar contra o assassinato de um dos líderes do Hamas, as tensões continuam acesas no Médio Oriente. No entanto, Israel iniciou conversas com mediadores internacionais esta quinta-feira, com o objetivo de chegar a um cessar-fogo (mesmo que temporário) na região de Gaza.

Já na China – a maior importadora de petróleo no mundo -, a procura por crude caiu 8% comparado com o ano passado, aumentando receios de uma estagnação económica na maior economia asiática.

Os preços do crude têm andado a desvalorizar depois de terem atingido um pico em inícios de julho, pressionados por uma diminuição da procura na China, onde o mercado dos combustíveis sustentáveis encontra-se em expansão.

Ouro negoceia em alta apesar de uma economia mais robusta nos EUA
Ouro negoceia em alta apesar de uma economia mais robusta nos EUA

O ouro está a negociar em ligeira alta numa altura em que novos dados económicos nos EUA parecem afastar um cenário de estagnação económica no país e apontam para uma redução nas taxas de juro em setembro mais moderada do que estava a ser antecipado pelos mercados.

O "metal amarelo" valoriza 0,24% para 2.453,65 dólares por onça, depois de ter chegado a desvalorizar 0,6% em resposta à divulgação das vendas a retalho e pedidos de subsídios de desemprego nos EUA.

Desde o início do ano, os preços do ouro já dispararam 19% e atingiram um máximo histórico de 2.483,73 dólares por onça no mês passado. São vários os fatores que se conjugaram para levar esta matéria-prima a valorizações recorde, nomeadamente uma corrida ao ouro por parte de vários bancos centrais, bem como o aumento de tensões geopolíticas em vários pontos do mundo.

 

Dólar valoriza e afasta-se de mínimos de oito meses
Dólar valoriza e afasta-se de mínimos de oito meses

O dólar está a valorizar face às suas principais rivais, numa altura em que os receios em relação a uma recessão económica nos EUA parecem estar, cada vez mais, atenuados.

Antes da divulgação dos dados referentes às vendas a retalho e pedidos de subsídio de desemprego, os mercados estavam confiantes que a Reserva Federal (Fed) norte-americana iria cortar as taxas de juro em 50 pontos base já no próximo mês. Agora, os analistas estão mais contidos nas suas expectativas e apostam num corte de apenas 25 pontos base.

O euro recua 0,21% para 1,0989 dólares e afasta-se dos máximos de sete meses que atingiu na quarta-feira, quando os mercados ainda estavam a digerir os números da inflação nos EUA. O índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana em relação às suas principais concorrentes – avança 0,35% para os 102,96 pontos, afastando-se de mínimos de oito meses (102,15 pontos) que atingiu na semana passada.

O crescimento da economia britânica, que, no segundo trimestre de 2024, avançou 0,6%, está a dar ímpeto à libra. O euro recua 0,53% para 0,8539 libras e, em relação ao dólar, a divisa britânica destoa do cenário geral, ao avançar 0,30% para 1,2867 dólares.

Juros agravam-se na Zona Euro. "Bunds" alemãs lideram subidas

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se esta quinta-feira, numa altura em que as bolsas negoceiam em terreno positivo.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, somam 7,5 pontos base, para 2,857%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento avança 7,1 pontos, para 3,085%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 6,4 ponto base, para 2,979%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 8 pontos, para 2,257%.

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, disparam 9,8 pontos base para 3,921%, numa altura em que a economia britânica avançou 0,6% no segundo trimestre do ano. 

Boas perspetivas económicas do outro lado do Atlântico dão ímpeto as bolsas europeias
Boas perspetivas económicas do outro lado do Atlântico dão ímpeto as bolsas europeias

As bolsas europeias encerraram  em terreno positivo, numa sessão em que os investidores tiveram a digerir os novos dados económicos referentes ao Reino Unido e aos EUA.

O índice pan-europeu Stoxx 600 valorizou 1,15%, com o setor tecnológico a liderar os ganhos setoriais (+2,54%). Os ganhos europeus foram reforçados durante a tarde, depois de terem sido divulgados os dados referentes às vendas a retalho e pedidos de subsídio de desemprego nos EUA, que aliviaram receios sobre uma possível recessão na maior economia do mundo.

Entre as principais movimentações de mercado, a Bavarian Nordic disparou 7,84% para 240,60 coroas dinamarquesas, depois de ter chegado a valorizar quase 17% durante a sessão desta quinta-feira. A farmacêutica garantiu que tem capacidade para satisfazer as necessidades de imunização dos países africanos que estão a braços com um surto do vírus de mpox.

O britânico FTSE 100 encerrou a subir 0,80%, depois de o Gabinete de Estatísticas Nacionais (ONS) ter anunciado que a economia britânica cresceu 0,6% no segundo trimestre do ano, devido ao bom desempenho do setor de serviços.

Entre as restantes principais praças da Europa Ocidental, o francês CAC 40 valorizou 1,23%, enquanto o alemão DAX subiu 1,66% e o espanhol IBEX 35 avançou 1,23%. Já em Amesterdão, o AEX ganhou 1,75% e o italiano FTSEMIB valorizou 1%.

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