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Wall Street e Europa na linha d'água com notícias vindas da China

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.

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mercados, bolsas, operadores, traders, queda, vermelho Andy Rain/EPA
29 de Novembro de 2022 às 17:50
Europa aponta para o verde. Ásia fecha mista

As bolsas europeias apontam para um arranque de negociação em terreno positivo, com os futuros do Euro Stoxx 50 a subirem 0,3%.

As praças inclinam para um início de sessão com ganhos, um dia após a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ter afirmado que a autoridade monetária descarta o cenário de que a inflação tenha atingido o pico em outubro.

Já na Ásia, as bolsas fecharam mistas, com os índices chineses em alta. Os investidores acreditam que a China poderá aliviar as medidas da política "zero casos covid-19", depois dos protestos ocorridos durante o fim-de-semana.

Pela China, o Xangai subiu 2,31%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng valorizou 3,98%. Pelo Japão, o Topix caiu 0,57% e o Nikkei recuou 0,48%. Já na Coreio do Sul, o Kospi somou 1,04%.

"Há uma expetativa crescente de que estará iminente um anúncio do fim da política zero casos covid-19 e isso está a gerar otimismo. Os mercados vão permanecer voláteis enquanto os investidores analisam qualquer mudança de política", disse Kiyong Seong, analista do Société Générale em Hong Kong, à Bloomberg.

Petróleo e gás valorizam
Petróleo e gás valorizam

O petróleo segue a valorizar, impulsionado pelo reforço da vacinação da população mais velha na China. A iniciativa, anunciada após os protestos em várias cidades do país durante o fim-de-semana, deixou os investidores mais otimistas quanto a um futuro alívio da política "zero casos covid-19".

O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque - sobe 2,40% para 79,09 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, avança 2,61% para 85,36 dólares por barril.

Os investidores estão de olhos postos na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (grupo OPEP+), no próximo domingo, da qual poderá sair um novo corte da produção, de forma a combater uma menor procura.

Já os preços do gás natural sobem mais de 3%, impulsionados pelas perspetivas de maior consumo devido às previsões de temperaturas mais baixas nas próximas semanas. 

O preço do gás natural negociado em Amesterdão, o TTF, soma 3,01% para 127 euros por megawatt-hora. 

Ouro avança face a dólar mais fraco
Ouro avança face a dólar mais fraco

O ouro segue a valorizar, numa altura em que o dólar perde pressionado pela possibilidade de um abrandamento do ritmo das subidas das taxas de juro por parte da Fed.

O metal amarelo soma 0,86% para os 1.756,32 dólares por onça, enquanto a platina avança 1,39% para os 1.006,63 dólares e o paládio cresce 0,97% para os 1.865,50 dólares. 

Os aumentos das taxas de juro têm beneficiado o dólar e pesado no ouro, que perdeu cerca de 15% desde o último máximo alcançado em março. O metal amarelo tende a ceder com políticas monetárias mais agressivas, uma vez que não remunera juros.

Euro avança face ao dólar

O euro segue a valorizar face ao dólar, estando a moeda única europeia a avançar 0,45% para os 1.0360 dólares.

Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – perde 0,58% para 106,093 pontos. A moeda norte-americana perdeu face a todas as moedas do grupo, com a procura por este ativo-refúgio a abrandar após a China ter anunciado uma conferência de imprensa sobre a covid-19.

Juros aliviam apesar de comentários de Lagarde

Os juros da dívida soberana na Zona Euro seguem a aliviar, depois de na segunda-feira terem agravado à boleia das declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE). Christine Lagarde admitiu que o pico da inflação ainda não terá passado, abrindo assim a porta a mais subidas das taxas de juro.

O recuo da inflação em Espanha para o valor mais baixo desde janeiro ajudou ao alívio dos juros.

A "yield" das Bunds alemãs descem 7,7 pontos base para 1,902%, enquanto os juros da dívida italiana recuam 10,1 pontos base para 3,791%. 

Já os juros da dívida pública francesa cedem 7,5 pontos base para 2,379% e a "yield" da dívida espanhola perde 8,2 pontos base para 2,887%. Por cá, os juros da dívida portuguesa recuam 9,6 pontos base para 2,816%. 

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica cedem 3,1 pontos base para 3,084%. 

Europa mista com perspetivas de reabertura na China

As bolsas europeias seguem a negociar mistas, após um arranque no verde, impulsionado pela expetativa de que a China poderá relaxar as medidas de combate à covid-19. 

O Stoxx 600 - referência para a região - sobe 0,19% para os 438,66 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o dos recursos naturais e do petróleo & gás são os que mais avançam, 2,36% e 1,46%, respetivamente. 

As ações da Juventus afundavam mais de 10% no arranque da sessão, após a direção do clube italiano se ter demitido por suspeita de fraude.

Nas praças europeias, o alemão Dax e o francês CAC-40 recuam 0,04%, o espanhol Ibex soma 0,03%, o Aex, em Amesterdão, sobe 0,63%, e o italiano FTSE Mib cede 0,12%. Já o britânico FTSE 100 cresce 0,63%.

A China admitiu esta terça-feira reforçar a vacinação da população mais velha, uma decisão que é vista pelos especialistas como crucial para a reabertura da economia chinesa. A perspetiva animou os investidores, mas ainda não é conhecido quão longe irá o governo chinês. 

Euribor sobem a três e seis meses para novos máximos de quase 14 anos

As taxas Euribor subiram hoje para novos máximos desde o início de 2009 a três e seis meses e mantiveram-se a 12 meses, mas também num nível máximo.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, para 2,442%, mais 0,006 pontos, um novo máximo desde janeiro de 2009.

A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também subiu hoje, ao ser fixada em 1,984%, mais 0,030 pontos, um novo máximo desde fevereiro de 2009.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.

No prazo de 12 meses, a Euribor manteve-se hoje, ao ser fixada de novo em 2,892%, o mesmo valor de segunda-feira e um máximo desde janeiro de 2009.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Wall Street arranca na linha d'água com notícias vindas da China
Wall Street arranca na linha d'água com notícias vindas da China

Wall Street arrancou a sessão na linha d' água, com os investidores a digerirem as mais recentes declarações de Pequim sobre política restritiva "covid-19 zero" que levou a várias manifestações em todo o país nos últimos dias.

O industrial Dow Jones valoriza modestamente (0,09%) para 33.879,57 pontos, enquanto o S&P 500 sobe muito ligeiramente (0,03%) para 3.965,17 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite negoceia também na linha d' água, mas inclinado para terreno negativo (-0,04%) para 11.044,29 pontos.

O arranque de sessão serviu para digerir os sinais vindos do "briefing" semanal da Administração Nacional de Controlo e Prevenção de Doenças da China.

Durante a apresentação, o organismo explicou que "os problemas destacados pela população não visam a prevenção e o controlo da epidemia em si, mas concentram-se na simplificação das medidas de prevenção e controlo".

Quando questionado se as manifestações poderiam levar Pequim a reconsiderar a política "zero-covid", o porta-voz da da Administração Nacional de Controlo e Prevenção de Doenças, Mi Feng, assegurou que o organismo continuará a esforçar-se para afinar esta política para reduzir o impacto desta política na sociedade e na economia.

"A China é o fator dominante nos mercados neste momento", considerou Hugh Gimber, estratega para os mercados globais do JP Morgan Asset Management, citado pela Reuters. "Notícias positivas para a economia chinesa são também positivas para a economia global", rematou.

Sessão morna na Europa com investidores de olhos na China

A bolsas europeias assistiram a uma sessão morna esta terça-feira, com os investidores a tentarem avaliar se há possibilidade de uma reabertura económica da China e de um abrandamento da inflação nas grandes economias da Europa, ou se, por outro lado, as políticas monetárias vão continuar a endurecer.

O índice de referência europeu, o Stoxx 600, desvalorizou 0,13% para 437,29 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice, o setor químico e o tecnológico tiveram os piores desempenhos, com o setor mineiro e a banca a destacarem-se pela positiva.

O clube de futebol da Juventus tombou, antes de conseguir travar quedas depois de o presidente Andrea Agnelli, juntamente com todo o conselho de administração do clube, se ter demitido na segunda-feira, no seguimento de uma investigação por fraude fiscal.

Entre as restantes praças europeias, Madrid recuou 0,01%, Frankfurt caiu 0,19% e  Amesterdão deslizou 0,38%. Já Paris valorizou 0,06%, Londres ganhou 0,51% e Milão avançou 0,10%.

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