Bolsas europeias sobem com entrada em cena dos caçadores de pechinchas
Acompanhe aqui o dia dos mercados.
- Powell pinta Europa de vermelho. Stoxx 600 a caminho de renovar mínimos de início de pandemia
- Juros agravam na zona euro
- Petróleo corrige depois de renovar máximo de sete anos
- Ouro apaga ganhos de janeiro. Euro e dólar em queda
- Futuros tombam 3% no mercado europeu
- Dados do PIB nos EUA geram otimismo em Wall Street. Tesla e Intel derrapam
- Petróleo cai com menos apetite pelo risco
- Juros na zona euro seguem mistos a digerir ainda "surpresa" da Fed
- Ouro elimina ganhos anuais e cai mais de 1% pela segunda sessão. Dólar robusto
- Bolsas europeias sobem com entrada dos caçadores de pechinchas

Depois de ontem ter registado o maior ganho em sete semanas, o índice que agrega as maiores empresas da Europa, o Stoxx 600, não aguentou o discurso do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell - que antecipou a subida "para breve" das taxas de juro – e arrancou a sessão a cair 1,4% para 462,29 pontos, estando neste momento a desvalorizar 0,91% para 463,07 pontos.
Tecnologia (2,93%) e turismo (2,03%) são os setores que mais penalizam o índice. A banca é o setor que lidera os ganhos, com uma subida de 0,54%.
Em linha, o Stoxx 50 afundou 1,39%, o britânico FTSE 100 deslizou 0,22%, o alemão DAX recuou 1,58%, o francês CAC 40 e o português PSI-20 valorizaram 0,51% e 0,97%, respectivamente. O italiano FTSE MIB perdeu 0,80%, o espanhol IBEX 35 derrapou 0,57%.
Esta quarta-feira, o presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, anunciou no final da sua reunião de dois dias, que é "apropriado" começar a subir "em breve" os juros diretores, devido à persistente inflação acima dos 2% e à robustez do mercado laboral.
A subida dos juros diretores poderá começar já em março, como tem sido antecipado. Nas atas da reunião de dezembro houve sinais de que a Fed poderia elevar a sua principal taxa pelo menos três vezes este ano, mas há observadores de mercado que já apontam para a possibilidade de quatro ou mesmo cinco subidas.
A Fed indicou também que a compra de ativos termina em março e que começará a reduzir o seu balanço a partir do momento em que iniciar a subida dos juros.
"As ações europeias estão no caminho de registar a maior perda desde março de 2020. O benchmark pode cair ainda mais este ano devido à política hawkish", alertou Milla Savova, analista do Bank of America, citada pela Bloomberg.
"Apesar de tudo a Europa tem conseguido não sofrer mergulhos tão profundos como o mercado acionista norte-americano, já que é menos exposta a ações de crescimento", acrescentou a especialista.

Os juros das dívidas do euro estão a agravar-se esta quinta-feira, num dia em que os mercados reagem ao discurso de Jerome Powell, no fim da reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana (Fed).
As "bunds" alemãs somam 4,0 pontos base para -0,038%, próximas de território positivo, depois de na semana passada terem voltado a negociar acima de 0% pela primeira vez desde 2019.
Entre os países da periferia, a Itália registou a maior subida, com a "yield" a 10 anos a avançar 6,4 pontos base para 1,389%, enquanto a taxa de referência de Espanha se agravou em 4,8 pontos base para 0,715% e a de Portugal em 3,8 pontos para 0,631%.
Os juros das obrigações têm registado um movimento de subida em 2022, alicerçado na expectativa de um movimento de normalização dos juros por parte dos principais bancos centrais mundiais, para travar a subida da inflação.
Este cenário foi agravado pelo anúncio da Fed. Jerome Powell anunciou esta quarta-feira, no final da sua reunião de dois dias, que é "apropriado" começar a subir "em breve" os juros diretores, devido à persistente inflação acima dos 2% e à robustez do mercado laboral.
A subida dos juros diretores poderá começar já em março, como tem sido antecipado. Nas atas da reunião de dezembro houve sinais de que a Fed poderia elevar a sua principal taxa pelo menos três vezes este ano, mas há observadores de mercado que já apontam para a possibilidade de quatro ou mesmo cinco subidas.
A Fed indicou também que a compra de ativos termina em março e que começará a reduzir o seu balanço a partir do momento em que iniciar a subida dos juros.
Ainda que, na Europa, vários responsáveis do BCE tenham reiterado que a autoridade monetária da região não vai seguir os movimentos da Fed – que se espera que suba juros já em março – os mercados começam a contar com mexidas nas taxas mais cedo do que é apontado pelo banco central.
Uma previsão do Deutsche Bank divulgada esta semana já antecipa a primeira subida de juros no euro no final do ano.

O petróleo corrigiu esta quinta-feira depois de esta quarta-feira ter subido mais de 2% nos mercados internacionais.
O brent, que serve de referência às importações europeias, segue a desvalorizar 0,51% para 89,50 dólares, depois de ontem ter ultrapassado a barreira dos 90 dólares pela primeira vez desde outubro de 2014. Já o crude WTI, negociado nos Estados Unidos, desce 9,63% para 86,80 dólares por barril.
A cotação do barril de petróleo tem sido marcada pela volatilidade. Se por um lado vive uma crise de suboferta, devido aos cortes da OPEP+, por outro marca o compasso negativo, desencadeado por múltiplos fatores da ordem internacional, mais recentemente as declarações da Reserva Federal norte-americana sobre a subida das taxas de juro.
Jerome Powell anunciou esta quinta-feira, no final da sua reunião de dois dias, que é "apropriado" começar a subir "em breve" os juros diretores, devido à persistente inflação acima dos 2% e à robustez do mercado laboral.
Além destes fatores, mais recentemente as preocupações com a possível invasão da Rússia à Ucrância e as possíveis sanções do presidente dos EUA, Joe Biden, ao regime de Vladimir Putin também estão a gerar pressão. O potencial conflito preocupa especialmente devido à exposição da região aos mercados de matérias-primas, como o gás e o petróleo.
Apesar de tudo os analistas estão optimistas. "Apesar desta correcção, os cortes na oferta criam um bom cenário para o petróleo, pelo que não vejo motivos para que a cotação do barril não chegue aos 100 dólares já este trimestre", explicou Helge Andre Martinsen, analista sénior de matérias-primas da DNB ASA, em entrevista à Bloomberg Television.

O ouro segue a desvalorizar 0,34% para 1.813,47 dólares a onça, depois de ter mergulhado 1,5%, durante a madrugada desta quinta-feira, apagando assim os ganhos registados desde o início de janeiro. Os restantes metais preciosos: prata, platina e paládio, assim como o dólar, seguem esta tendência negativa.
Esta queda foi provocada pelo choque (já esperado) desencadeado pelas palavras de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) que anunciou esta quarta-feira no final da sua reunião de dois dias, que é "apropriado" começar a subir "em breve" os juros diretores, devido à persistente inflação acima dos 2% e à robustez do mercado laboral.
A subida dos juros diretores poderá começar já em março, como tem sido antecipado. Nas atas da reunião de dezembro houve sinais de que a Fed poderia elevar a sua principal taxa pelo menos três vezes este ano, mas há observadores de mercado que já apontam para a possibilidade de quatro ou mesmo cinco subidas.
A Fed indicou também que a compra de ativos termina em março e que começará a reduzir o seu balanço a partir do momento em que iniciar a subida dos juros.
Apesar de tudo, os analistas estão otimistas quanto ao comportamento do metal amarelo para o futuro. "O crescimento lento e a inflação irão compor um excelente cenário para o ouro, já conhecido pelos investidores como um bom escudo contra a inflação", explicou Mikhail Sprogis, numa nota de "research", citada pela Bloomberg.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a "nota verde" com 16 divisas rivais – segue a cair 0,2% depois de saltar 0,5% esta quarta-feira. Por sua vez, o euro segue a desvalorizar 0,23% para 1,1224 dólares, mudando a linha de suporte de 1,13 dólares para 1,12 dólares.

Os futuros sobre os índices bolsistas europeus seguem o "efeito dominó" das principais praças mundiais, registando uma forte queda desencadeada pelo discurso de Jerome Powell, líder da Reserva Federal norte-americana (Fed), que anunciou a "subida para breve dos juros diretores".
Os futuros sobre o índice de referência europeu Stoxx 50 chegaram a cair 3%, tendo recuperado ligeiramente de seguida.
"Caso a Fed seja demasiado rápida a apertar as condições financeiras do mercado corremos o risco da economia esfriar", alertou Sean Darby, estratega da Jefferires, em entrevista à Bloomberg TV.
Com estas palavras a economista referia-se também ao mercado europeu e deu como exemplo o comportamento de outro destacado índice, o Stoxx 600: "O Stoxx 600 já caiu 6% desde o pico de janeiro. É alarmante. Caso se acelere a política ‘hawkish’, esta pode fazer recuar as principais bolsas mundiais", acrescentou Darby.
Jerome Powell anunciou esta quinta-feira, no final da sua reunião de dois dias, que é "apropriado" começar a subir "em breve" os juros diretores, devido à persistente inflação acima dos 2% e à robustez do mercado laboral.
"Com a inflação bem acima dos 2% e com um forte mercado de trabalho, o Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) considera que em breve será apropriado subir o intervalo da taxa dos fundos federais", informou o banco central em comunicado.
A subida dos juros diretores poderá começar já em março, como tem sido antecipado. Nas atas da reunião de dezembro houve sinais de que a Fed poderia elevar a sua principal taxa pelo menos três vezes este ano, mas há observadores de mercado que já apontam para a possibilidade de quatro ou mesmo cinco subidas.
A Fed indicou também que a compra de ativos termina em março e que começará a reduzir o seu balanço a partir do momento em que iniciar a subida dos juros.
Por outro lado, a equilibrar o ânimo dos investidores, estamos em plena época de apresentação dos resultados, fator que costuma animar os mercados. Nos Estados Unidos, a Visa, a Mastercard, a McDonalds e a Blackstone estão entre as grandes empresas que vão divulgar as suas contas. Na Europa, as atenções estão viradas para o Deutsche Bank, e o grupo de luxo LVMH.
Na Ásia, onde a sessão bolsista já está encerrada, o mercado também sentiu na pele o reflexo das palavras de Powell. As principais praças encerraram no "vermelho". No Japão, o Nikkie fechou a cair 1,02% e o Topix perdeu 2,61%. Já em Hong Kong, o Hang Seng tombou 2,83%% e, na Coreia do Sul, o Kospi fundou 3,50%.

Wall Street começa a sessão em terreno positivo, com os investidores já mais animados com os dados sobre a economia norte-americana e o recuo nos pedidos de subsídios de desemprego e já algo refeitos da agitação após o anúncio da Fed desta quarta.
A economia norte-americana cresceu mais do que era antecipado no final do ano passado, com o Departamento do Comércio dos EUA a revelar que o PIB do país cresceu a um ritmo de 6,9% no quarto trimestre, muito acima dos 5,5% que apontavam as estimativas. Assim, os resultados geraram otimismo e apontaram para uma menor pressão da variante ómicron.
Além disso, também os números dos pedidos de subsídio de desemprego animaram o arranque da sessão. Estes pedidos totalizaram 260 mil na semana terminada a 22 de janeiro, menos 30 mil do que na semana anterior. É a primeira vez em quatro semanas em que este indicador relevante para a economia norte-americana apresenta um decréscimo.
Os três principais índices dos Estados Unidos começam a sessão a subir: o industrial Dow Jones avança 0,82% para 34.448,74 pontos, enquanto o índice tecnológico Nasdaq aprecia 0,9% para 13.664,05 pontos. Por fim, o S&P 500 soma 1,47% para 4.413,71 pontos.
As ações da Tesla e da Intel estão em destaque entre as perdas, depois de as duas empresas terem revelado ontem contas. A Tesla cai 4,64% para 893,95 dólares, enquanto a Intel cai 6,62% para 48,27 dólares.
Já a Apple está a avançar 2,05% para 162,98 dólares, num dia em que revelará resultados trimestrais.
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa nos principais mercados internacionais, depois de ontem terem transacionado em Londres no mais alto nível desde outubro de 2014.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em março segue a recuar 0,24% para 87,14 dólares por barril.
Já o contrato de março do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, cede 0,54%, para 89,47 dólares.
A robustez do dólar é um dos fatores que está a pressionar o petróleo – que é denominado na nota verde, pelo que, quando o dólar valoriza, fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.
A maior procura pelo dólar está a ocorrer num contexto de diminuição do apetite pelo risco.

Os juros da dívida da zona euro seguem a negociar mistos, depois de terem estado a agravar durante a manhã, depois de a Fed ter considerado "apropriado" começar a subir "em breve" os juros diretores e ter surpreendido com o anúncio de que só este ano pode haver sete subidas.
A justificar a decisão está a subida da inflação, que subiu 7% em 2021, o ritmo mais rápido dos últimos 40 anos.
Apesar de a inflação estar também a registar uma subida vertiginosa na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) já salientar que a política monetária seguida nos Estados Unidos é "diferente" da praticada na zona euro e que mantém a convicção de que o índice de preços ao consumidor deverá recuar em breve.
As "bunds" germânicas a 10 anos, que servem de referência para a zona euro, estão a agravar 2 pontos base para uma taxa de -0,058%. Também em Espanha, os juros estão a subir 0,2 pontos base para 0,669%.
Em tendência contrária, os juros da dívida portuguesa na mesma maturidade estão a aliviar 0,1 pontos base para 0,591%. A queda é ainda maior em Itália, onde os juros a 10 anos estão a recuar 3,4 pontos base para uma taxa de 1,291%.

O ouro está a caminhar para a segunda sessão consecutiva a cair mais de 1%, depois de na sessão desta quarta ter registado a maior queda em dois meses.
Nesta altura, o ouro está a cair 1,10% para 1.799,55 dólares, pondo fim à "estadia" acima da fasquia dos 1.800 dólares, onde estava já 13 sessões consecutivas.
O ouro está a ser pressionado sobretudo por um dólar mais alto, que torna este metal precioso menos atrativo para os investidores.
Feitas as contas, o ouro elimina assim os ganhos que registava no acumulado deste ano, registando assim perdas de 1,62%.
"Parece que as semanas em que os 'traders' estiveram a abraçar o ouro como se fosse um velho amigo, que oferece proteção perante a inflação, tiveram rápido desfecho, deixando o ouro posto rapidamente de lado", diz Craig Erlam, da Oanda, na newsletter desta quinta-feira.
Por sua vez, no mercado cambial, o dólar apresenta um desempenho robusto, a valorizar 0,78% contra um cabaz de divisas rivais. Esta semana o dólar tem fechado todas as sessões com ganhos.
Em sentido contrário, as divisas europeias estão mais pressionadas esta quinta-feira. O euro cai 0,9% face ao dólar para 1,1139 dólares, o valor mais baixo desta semana. Há já quatro sessões que a moeda única está a perder terreno para a "nota verde".
Nota ainda para a libra esterlina, que recua 0,68% face ao dólar, para 1,3371 dólares.
As bolsas europeias encerraram em alta, numa altura em que surgem os ‘caçadores de pechinchas’ a comprarem ações que ficaram mais baratas com o recente movimento de sell-off.
Este posicionamento de muitos investidores que aproveitam as quedas para comprar é conhecido como ‘buy the dip’.
Inicialmente, as principais praças do Velho Continente estiveram a negociar no vermelho, pressionadas pelos comentários menos brandos do presidente da Fed, Jerome Powell – que disse que o banco central está pronto para subir juros em março e não descartou a possibilidade de a Fed aumentar a taxa diretora em todas as suas reuniões deste ano (há mais sete) para combater a elevada inflação.
Além disso, "embora o presidente da Fed tenha estabelecido uma base mais agressiva do que o esperado no aperto monetário para 2022, os mercados estavam desesperados para ver a Reserva Federal a tomar medidas reais para combater o aumento dos preços e ficaram claramente desapontados", salientou Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, na sua análise diária.
Mas a deceção acabou por se atenuar e as bolsas ganharam fôlego com a entrada dos "dip buyers", o que fez com que terminassem em terreno positivo.
O Stoxx 600 fechou a somar 0,65% para se estabelecer nos 470,33 pontos, depois de ter chegado a estar a cair 1,5%.
Os títulos da banca estiveram entre os ganhos, atendendo a que beneficiam diretamente do aumento das taxas de juro – e a Fed deu ontem quase como certo um aumento dos juros diretores já em março.
Outros setores defensivos, como os cuidados de saúde e "utilities" (água, luz, gás), também ganharam terreno.
Já as tecnológicas e as cotadas das viagens & lazer tiveram o pior desempenho.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax ganhou 0,4%, o francês CAC-40 subiu 0,6%, o britânico FTSE 100 avançou 1,1%, o espanhol IBEX 35 pulou 1% e o italiano FTSEMIB valorizou 0,99%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,2%.
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