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Ao minuto05.08.2025

Europa fecha maioritariamente em alta ligeira com impulso de resultados. Setor automóvel lidera ganhos

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

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bolsas mercados graficos traders Luca Bruno/AP
05 de Agosto de 2025 às 17:59
05.08.2025

Bolsas europeias maioritariamente em alta ligeira com impulso de resultados. Setor automóvel lidera ganhos

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As bolsas europeias encerraram esta terça-feira maioritariamente com ganhos ligeiros, impulsionadas por resultados empresariais animadores, ainda que o sentimento de mercado continue cauteloso com o impacto das tarifas norte-americanas e sinais de arrefecimento económico. O índice de referência Stoxx 600 subiu 0,15% para 541,40 pontos, recuperando terreno após a forte queda da semana passada.

O setor automóvel destacou-se entre os melhores desempenhos do dia, com o subíndice a avançar 1,3%, refletindo os ganhos da Ferrari (+2,4%), BMW (+1,4%) e Mercedes-Benz (+1,3%). Já no setor alimentar, o subíndice registou a maior valorização desde meados de maio (+1%), com destaque para a Diageo (+4,9%) após superar expectativas de vendas e anunciar cortes adicionais de custos.

Entre os principais mercados europeus, o alemão DAX subiu 0,37%, o espanhol IBEX 35 aumentou 0,15% e o britânico FTSE 100 avançou 0,16%. Já  Itália subiu 0,11%. Portugal recuou 0,25% e o CAC-40 francês desceu 0,14%. Já a praça de Amesterdão perdeu 0,19%, penalizada por quedas no setor tecnológico. A bolsa grega liderou os ganhos na região, ao valorizar 1,45%.

As ações da Infineon somaram 4,6%, com os investidores a reagirem positivamente ao anúncio de que o impacto das tarifas no quarto trimestre fiscal será menor do que o previsto. Também a Smith & Nephew brilhou, com uma subida de 15% após divulgar lucros acima do esperado e anunciar um programa de recompra de ações de 500 milhões de dólares.

Ainda assim, o sentimento de mercado arrefeceu na parte da tarde, após dados fracos nos EUA mostrarem estagnação no setor dos serviços em julho. As palavras de Donald Trump sobre novas tarifas sobre semicondutores e produtos farmacêuticos também pesaram sobre o otimismo.

“O impacto das tarifas começa a refletir-se nas revisões de lucros e acredito que vamos assistir a cortes nas projeções para o final do ano”, afirmou Roland Kaloyan, estratega do Société Générale, à Bloomberg, referindo-se ao Stoxx 600, que está agora cerca de 4% abaixo dos máximos de março.

No setor financeiro, o desempenho foi misto. As seguradoras subiram 0,8%, impulsionadas pela AXA (+1,6%) e Allianz (+0,6%), mas os bancos recuaram 0,3%, com destaque para a queda de 6% do Commerzbank antes dos resultados.

05.08.2025

Juros da dívida soberana da Zona Euro praticamente inalterados

Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro terminaram a sessão praticamente inalterados, num dia sem grandes dados económicos a influenciar a negociação. 

As obrigações alemãs a dez anos, a referência para o contexto europeu, recuaram 0,1 pontos-base para uma taxa de rendibilidade de 2,621%, o mesmo recuo em Itália que caiu para uma taxa de 3,423%. A "yield" das  Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos baixaram igualmente 0,1 pontos para 3,032%.

Do lado das subidas ficou a taxa de rendibilidade espanhola, que agravou 0,2 pontos-base para 3,199%. Em França, os juros da dívida somaram 0,1 pontos para uma "yield" de 3,283%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas também se agravaram em 0,7 pontos base para 4,514%.

05.08.2025

Ouro segue com ganhos ligeiros com perspetivas de cortes de taxas nos EUA. Prata atrai investidores.

Ouro, metais preciosos

Os preços do ouro mantêm-se com ganhos moderados, com o impulso dado pelas expectativas de cortes nas taxas de juro nos Estados Unidos, enquanto os investidores aguardam novidades sobre nomeações para a Reserva Federal.

A esta hora, a cotação do ouro sobe 0,22%, para 3.381,06 dólares por onça, depois de ter atingido na segunda-feira o valor mais alto desde 24 de julho.

A recuperação temporária da moeda norte-americana tornou o ouro mais caro para os investidores estrangeiros, pressionando o metal precioso. No entanto, “as expectativas de que a Fed comece a cortar as taxas em setembro continuam a ser um forte suporte para o ouro”, apontou Bob Haberkorn, estrategista da RJO Futures, citado pela Reuters.

O mercado continua à espera de dois cortes nas taxas de juro até ao final do ano, com o primeiro em setembro, após os dados desapontantes do emprego em junho divulgados na sexta-feira.

A prata também segue em alta, com uma valorização de 1,26%, cotando atualmente nos 37,80 dólares por onça. Mais cedo, tocou os 37,53 dólares, o nível mais elevado desde 30 de julho. Bob Haberkorn mostra-se otimista quanto ao metal prateado: “Estou mais otimista quanto à prata do que em relação ao ouro neste momento. Se ultrapassar os 40 dólares, o próximo alvo poderá ser 42”.

Já a platina recua 1,36%, para 1.315,93 dólares, enquanto o paládio desce 1,7%, para 1.186,18 dólares, penalizado por receios quanto à procura e potenciais alterações comerciais. A sul-africana Sibanye-Stillwater solicitou aos EUA a imposição de tarifas sobre as importações de paládio russo para proteger a viabilidade da cadeia de abastecimento doméstica.

O presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu anunciar em breve o nome para substituir, a curto prazo, a governadora da Fed Adriana Kugler, que se demitiu na sexta-feira, bem como a sua escolha para o próximo presidente da instituição.

Do lado macroeconómico, o défice comercial dos EUA encolheu em junho, refletindo uma queda acentuada nas importações de bens de consumo, um sinal do impacto das tarifas impostas por Trump.

05.08.2025

Dólar passa ao vermelho depois de novos dados fracos nos EUA

dólar

O dólar passou ao vermelho esta terça-feira, no seguimento de novos dados fracos económicos nos EUA, depois da forte queda provocada por um relatório laboral decepcionante na sexta-feira. A esta hora, o índice do dólar (DXY) desce 0,09% para 98,69 pontos.

A moeda norte-americana recua contra o euro e euro e sobe face ao iene, embora ainda próxima das perdas recentes. A ligeira recuperação foi travada pelos dados do setor dos serviços do ISM, que deverão mostraram um ligeiro recuo, pressionando a divisa dos EUA. A par disso, a perspetiva de cortes de juros está cada vez mais presente: a Goldman Sachs prevê três cortes consecutivos de 25 pontos base a partir de setembro e admite um corte de 50 pontos base caso o próximo relatório de emprego mostre um aumento mais acentuado do desemprego.

A esta hora, o euro ganha 0,10% para 1,1585 dólares, depois de na sexta-feira ter atingido esta fasquia. Já contra o iene, o dólar sobe 0,22%, com o dólar a fixar-se nos 147,47 ienes, após a ata da reunião de junho do Banco do Japão sugerir que alguns membros estão abertos a novas subidas de juros caso se atenuem as tensões comerciais.

A libra esterlina regista uma subida face ao dólar de 0,17% para 1,3314 libras. Face ao franco suíço, o dólar recua 0,10% para 0,8069 francos. A imprensa suíça avança que o Governo está a tentar melhorar a sua oferta em negociações comerciais com os EUA, numa tentativa de evitar tarifas de 39% sobre exportações helvéticas.

05.08.2025

Petróleo continua no vermelho apesar de ameaças de sanções de Trump

petroleo combustiveis

Os preços do petróleo estão a cair pela quarta sessão consecutiva, num momento em que os investidores parecem estar mais pessimistas quanto a um aumento de oferta previsto até ao final do ano, que poderá criar um excesso de "ouro negro" no mercado. Além disso, parece ainda haver uma desconsideração sobre os comentários de Donald Trump de impor mais tarifas à Índia por comprar crude à Rússia, apesar de o Presidente dos EUA ter reforçado as ameaças.

O West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os Estados Unidos – recua 0,92% para 65,68 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – perde 0,90% para 67,14 dólares por barril. As descidas somam-se à queda de mais de 5% que os dois "benchmarks" registaram ao longo das últimas três sessões.

Trump repetiu as ameaças que proferiu esta segunda-feira de que aumentaria as taxas alfandegárias (atualmente de 25%) cobradas sobre as importações de crude russo nas próximas 24 horas.

Os movimentos do petróleo desde a ameaça do Presidente dos EUA indicam que os "traders" estão céticos quanto a uma interrupção no abastecimento, disse John Evans, da corretora PVM, citado pela Bloomberg, que questionou ainda se Trump arriscaria implementar de facto mais tarifas, já que aumentariam os preços do petróleo.

À Bloomberg TV, o diretor executivo da BP, Murray Auchincloss, considerou que "é muito difícil prever o que vai acontecer entre as sanções russas, as sanções iranianas, os 'stocks' da China e os fundamentos subjacentes dos mercados petrolíferos". Diz, ainda, que estes são os fatores que vão impulsionar os preços do mercado petrolífero no futuro.

A Índia emergiu como o maior comprador das exportações marítimas de petróleo bruto da Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022. O país absorveu os barris mais baratos no mercado que foram rejeitados pelas nações ocidentais, tendo a Índia aumentado as compras de quase zero para cerca de um terço das importações. A China também é um grande comprador do petróleo de Moscovo.

As ameaças de Trump surgem num momento em que há mais preocupações sobre a procura por "ouro negro", isto porque alguns analistas esperam mesmo um crescimento económico mais fraco no segundo semestre do ano.

Se do lado da procura se espera um abrandamento, do lado da oferta as perspetivas apontam para um aumento. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) anunciaram outro grande aumento na produção este fim de semana (mais 547 mil barris por dia em setembro). 

Grandes empresas do setor, como a BP e a Saudi Aramco, afirmaram esta terça-feira que a procura de petróleo se mantém em níveis estáveis. O CEO da Aramco, Amin Nasser, disse que as tarifas dos EUA estão a ter um impacto limitado na procura.



05.08.2025

Wall Street estende ganhos com a "earnings season". Palantir dispara 8%

Após um arranque de semana em alta, as bolsas norte-americanas estendem os ganhos, ainda que de forma mais moderada, com os investidores animados pela época de resultados trimestrais das grandes cotadas do bloco e

O S&P 500 sobe 0,14% para 6.338.51 pontos, enquanto o índice tecnológico Nasdaq Composite soma 0,17% para 21.104,50 pontos. Já o industrial Dow Jones sobe 0,27% para 44.294,92 pontos. Na sessão anterior, os três índices avançaram mais de 1%. 

Os investidores acreditam que o banco central norte-americano possa descer as taxas de juro, ao contrário do seu plano inicial, depois de os dados de trabalho dos EUA ter surpreendido o mercado, com fortes revisões em baixa nos últimos três meses, o que pode significar que a economia dos EUA não está tão resiliente como se acreditava. A Reserva Federal poderá, assim, intervir de forma a evitar uma recessão.

A presidente da Fed de São Francisco surgiu para apoiar uma flexibilização. Mary Daly diz que está a chegar a hora de um corte dos juros, dados os últimos dados sobre o mercado laboral e pelo facto de não haver sinais de inflação persistente impulsionada pelas tarifas.

"Parece que este é um mercado em alta que não se consegue manter em baixa por muito tempo, mesmo que a convicção tenha sido um pouco abalada", disse Michael Brown, estratega da Pepperstone Group. "Parece que tudo o que os investidores mais otimistas precisavam era de uma pausa no fim de semana para pensar numa razão pela qual deveriam comprar" ações mais baratas, justificou. 

Além disso, as empresas norte-americanas estão convictas que vão conseguir absorver o impacto das tarifas implementadas pela Casa Branca - e alguns dos resultados trimestrais parecem espelhar esta confiança.

As ações da Pfizer ganham mais de 4% depois de a farmacêutica ter superado as estimativas dos analistas para as receitas e ter elevado as previsões de lucros.

A Palantir Technologies sobe mais de 8,3% após ter apresentado lucros acima do esperado pelo mercado e também ter revisto em alta as previsões para o resto do ano. 

Os ganhos, no entanto, têm sido concentrados principalmente entre grandes empresas de tecnologia e serviços financeiros, dizem os analistas consultados pela Bloomberg. "Embora alguns lucros tenham sido, em geral, melhores do que o esperado, as margens mais fracas sugerem que alguns setores estão a sentir a pressão de uma desaceleração da economia e, em alguns casos, de um ambiente político incerto", disse Kim Heuacker, consultora da Camarco. 

A Caterpillar, por exemplo, cai mais de 1% com lucros que ficaram aquém das estimativas dos analistas.

05.08.2025

Taxa Euribor desce a três, a seis e a 12 meses

A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira e manteve-se acima de 2% nos dois prazos mais longos.

Com as alterações desta terça, a taxa a três meses, que recuou para 1,973%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,075%) e a 12 meses (2,129%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou, ao ser fixada em 2,075%, menos 0,002 pontos do que na segunda-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,74% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,28% e 25,58%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também caiu, ao ser fixada em 2,129%, menos 0,027 pontos.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu para 1,973%, menos 0,021 pontos que na sessão anterior.

Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt.

Em julho, as médias mensais da Euribor inverteram a tendência dos últimos meses e subiram ligeiramente nos dois prazos mais curtos, mas de forma mais acentuada a seis meses.

A média da Euribor em julho subiu 0,002 pontos para 1,986% a três meses e 0,005 pontos para 2,055% a seis meses.

Já a 12 meses, depois de se ter mantido em junho, a média da Euribor desceu ligeiramente em julho, designadamente 0,002 pontos para 2,079%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

05.08.2025

Resultados trimestrais dividem Europa. Diageo dispara mais de 6%

bolsa europa euronext

As principais praças europeias encontram-se a negociar divididas entre ganhos e perdas esta terça-feira, apesar de até terem arrancado a sessão com o pé direito, impulsionadas pelo otimismo em torno de um maior número de cortes por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana e pelos bons resultados trimestrais da Diageo - conhecida por ser a fabricante de bebidas alcoólias como a cerveja Guinness e o licor irlandês Baileys. 

A esta hora, o Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, avança 0,09% para 541,06 pontos, com os setores tecnológico e industrial a darem algum alento às praças da região e os setores das "utilities" (água, luz e gás) e da banca a travarem maiores ganhos. Os investidores encontram-se a escrutinar uma série de contas relativas ao segundo trimestre do ano à procura de pistas sobre o impacto que as tarifas de Donald Trump podem a vir a ter na economia europeia como um todo. 

A Diageo lidera os ganhos da praça londrina ao disparar 6,39% para 19,31 libras, depois de a empresa ter terminado o ano fiscal de 2025 - que encerrou em junho - com resultados que ficaram acima das expectativas. As vendas acabaram por crescer 1,7% neste período e a empresa estima que percam pouco terreno no ano fiscal de 2026, apesar de apontarem para um impacto de 200 milhões de euros das tarifas da administração norte-americana. Por sua vez, a BP avança 1,89% para 4,14 libras, depois de o seu novo CEO, Murray Auchincloss, que assumiu a pasta no início do ano, ter-se comprometido a reduzir custos e a rever o portefólio da petrolífera britânica. 

Apesar de os resultados das empresas europeias estarem a ficar, na sua generalidade, até acima das expectativas, os analistas do Goldman Sachs indicam que as companhias que não estão a conseguir alcançar as previsões de mercados estão a ser mais castigadas do que é habitual. "Acho que as previsões de lucros para 2026 vão começar a ser revistas em baixa no terceiro trimestre e até ao final do ano, à medida que o impacto das tarifas se tornar mais evidente", acrescenta Roland Kaloyan, analista do banco Société Générale, à Bloomberg. 

Na semana passada, o Stoxx 600 registou a pior semana desde abril, pressionado por uma nova leva de tarifas de Donald Trump - que entram em vigor a dia 7 de agosto - e pela revisão em baixa dos números do emprego nos EUA, que reduziu, numa primeira reação, o apetite pelo risco dos investidores. No entanto, o "benchmark" continua a apenas 4% de máximos históricos. 

Entre as principais praças europeias, Frankfurt avança 0,26%, Paris ganha 0,11% e Londres valoriza 0,24%. Por sua vez, Madrid cede 0,71%, Amesterdão cai 0,02% e Milão desvaloriza 0,13%.

05.08.2025

Dólar recupera do abalo dos números do mercado de trabalho

Dólar

O dólar está a recuperar algum do terreno perdido nas duas sessões anteriores, depois de uma revisão em baixa dos dados da criação de emprego nos EUA terem atirado a "nota verde" ao tapete e aumentando as esperanças entre os investidores de novos cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana - o que, por sua vez, fez crescer o apetite pelo risco nos mercados. 

A esta hora, o índice do dólar avança 0,19% para 98,920 pontos, após ter desvalorizado cerca de 1% nas duas últimas sessões, atingindo mínimos de uma semana. As perdas foram acentuadas pelo despedimento inesperado da comissária do Gabinete de Estatísticas Laborais, Erika McEntarfer, por parte de Donald Trump, que a acusou de "manipular" os números do emprego. 

Os dados de sexta-feira revelam que, em julho, foram criados 73 mil empregos, muito abaixo dos 104 mil antecipados pelos analistas. No entanto, o , que levou ao desaparecimento de 258 mil empregos entre maio e junho. O crescimento do emprego nos EUA atingiu uma média de 35 mil postos nos últimos três meses - o registo mais baixo desde a pandemia.

Num movimento de correção, o euro recua 0,22% para 1,1545 dólares, enquanto a libra cede 0,07% para 1,3276 dólares. Por sua vez, a "nota verde" avança 0,20% para 147,39 ienes, ao mesmo tempo que cresce 0,24% para 0,81 francos suíços (que continua com dificuldade em encontrar novos catalisadores, depois da pressão causada pelo anúncio de tarifas de 39% por parte da Casa Branca).

"Continuamos a acreditar que o dólar está em trajetória de queda", explica Rodrigo Catril, estretega cambial do National Australia Bank, à Reuters, apesar de a "nota verde" até ter terminado o mês de julho com um saldo positivo - o primeiro do ano. 

05.08.2025

Petróleo estabiliza após três dias de queda

Após três dias de quebra, o petróleo estabiliza, com quedas muito ligeiras. O movimento acontece depois de a OPEP+ ter anunciado um aumento de produção e de Donald Trump ter ameaçado aumentar as tarifas sobre a Índia por causa da compra de petróleo russo.

O West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os Estados Unidos – cai esta manhã 0,56% para 65,92 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – recua 0,48% para 68,43 dólares por barril.

“A perspetiva principal para o mercado de petróleo é de baixa: os aumentos na oferta da OPEP+ devem levar a um excedente no mercado a partir do quarto trimestre”, diz Warren Patterson, responsável pela área de ‘commodities’ no ING Group NV. “No entanto, um risco real para esta perspetiva é o potencial de tarifas secundárias aplicadas aos compradores de petróleo russo”, acrescentou, citado pela Bloomberg.

É o caso da Índia, além da China. “Quantos mais compradores enfrentarem estas tarifas, mais difícil se torna ao mercado lidar com a potencial disrupção”, acrescenta o mesmo analista.

“A Índia não está apenas a comprar quantidades massivas de petróleo russo, está também a vendê-lo em mercado aberto com  grandes lucros”, escreveu Trump nas redes sociais. “Não se importam com a quantidade de pessoas na Ucrânia que estão a ser mortas pela máquina de guerra Russa. Por causa disso, vou aumentar substancialmente as tarifas pagas pela Índia aos Estados Unidos”.

Paralelamente, a OPEP+ decidiu no domingo aumentar a produção de petróleo em 574 mil por dia em setembro.

Desde o início do ano, tanto o WTI como o Brent caíram mais de 8%.

05.08.2025

Juros das dívidas aliviam nos países europeus

Os juros das dívidas soberanas dos países europeus estão nesta terça-feira a recuar em toda a linha. A incerteza sobre a robustez da economia norte-americana após a divulgação dos números do mercado de trabalho, os investidores tendem a evitar investimentos mais arriscados e apostam antes em ativos mais seguros, como é o caso das obrigações.

As obrigações alemãs a dez anos, a referência para o contexto europeu, estão a recuar 1,4 pontos-base para uma taxa de rendibilidade de 2,608%. Em França, os juros da dívida cedem 1,4 pontos para uma "yield" de 3,268%, em Itália o recuo é de 1,6 pontos-base para 3,408% e a maior descida desta terça-feira acontece na Suécia, onde as obrigações recuam 2,7 pontos para 2,391%,

A "yield" das  Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos baixam 1,7 pontos para 3,016%. Espanha acompanha a tendência, com os juros da dívida a 10 anos a recuarem 1,5 pontos-base para 3,183%.

No Reino Unido, a rendibilidade das obrigações situa-se nos 4,502%, uma descida de 0,5 pontos-base. Nos EUA, as obrigações seguem com uma subida de 1,4 pontos-base para uma taxa de rendibilidade de 4,206%.

05.08.2025

Ouro segura ganhos com possibilidade de corte de taxas pela Fed

ouro

A criação de 73 mil empregos em julho não foi suficiente para afastar preocupações sobre a robustez do mercado laboral dos EUA, que entre maio e junho perdeu 258 mil empregos. Estes dados fizeram aumentar os receios sobre a economia norte-americana, o que poderá levar a Reserva Federal (Fed) a aplicar um corte nas taxas diretoras já na reunião de setembro – o consenso dos analistas ouvidos pela Bloomberg aponta neste momento para uma hipótese de 93% de isso vir a acontecer.

A descida nas taxas de juro, como mecanismo para estimular a economia, também deverá ganhar força com a nomeação de uma nova pessoa por parte do presidente americano, Donald Trump, que tem vindo a pressionar publicamente para a descida das taxas pela Fed.

É neste cenário que o preço do ouro segurou os ganhos desta segunda-feira, avançando na manhã desta terça-feira 0,03% para os 3.374,60 dólares por onça.

Nos últimos 12 meses, o ouro já subiu 38%, muito graças ao contexto de incerteza comercial que o mundo tem enfrentado, o que tem feito crescer a procura por ativos-refúgio. Segundo a Bloomberg, a empresa de gestão de investimentos Fidelity International aponta mesmo para que o ouro possa chegar aos 4000 dólares por onça no final de 2026.

Noutros metais preciosos, a prata avança 0,45% para os 37,49 dólares por onça e o cobre ganha 0,72% para 4,46 dólares por libra-peso. A platina cede 0,16% para 1.331,89 dólares por onça.

05.08.2025

Praças asiáticas registam ganhos. Europa aponta para abertura em alta

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Os dados do emprego nos EUA, divulgados na semana passada, continuam a fazer mexer os mercados, numa altura em que se perspetiva que a Fed poderá ter que proceder a um corte das taxas de juro como forma de estimular a economia norte-americana.

Isto numa altura em que a política internacional dos EUA continua na mira dos investidores. O presidente americano, Donald Trump, ameaçou aumentar as tarifas para a Índia caso o país não deixe de comprar petróleo russo.

As tarifas impostas pelos EUA aos parceiros comerciais continuam a gerar efeitos secundários. Por exemplo, a China decidiu abrir o mercado ao café brasileiro em resposta às taxas norte-americas impostas ao país da América do Sul.

"Há sinais de fragilidade em algumas partes da economia dos EUA, o que reforça a ideia de que, talvez não em setembro, mas certamente ainda este ano, a Fed continue no caminho para um eventual alívio monetário, possivelmente por duas vezes", analisou Rodrigo Catril, da área de estratégia do Banco Nacional da Austrália, citado pela Reuters.

Neste contexto, as praças asiáticas terminaram a sessão desta terça-feira com ganhos. Na China, o Hang Seng de Hong Kong avança 0,53%, enquanto o Shanghai Composite sube 0,89%. Já no Japão, o Topix avançou 0,70% e o Nikkei 225 ganhou 0,74%. O sul-coreano Kospi teve ganhos de 1,60%.

"O caminho continua instável e os investidores estão atentos à possibilidade de uma recessão. Mas os sinais de crescimento, sobretudo nas ações tecnológicas norte-americanas, estão a ajudar o sentimento do mercado", comentou por seu lado Hiroshi Namioka, estratega da empresa T&D Asset Management, citado pela Bloomberg.

Nos futuros da Europa, o Stoxx 50 está com ganhos de 0,50%, o que aponta para um arranque de sessão positivo para as praças europeias.

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