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Manifestações na China atiram Wall Street para o vermelho. Europa cai após discurso de Lagarde

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.

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28 de Novembro de 2022 às 17:53
Protestos na China levam Ásia para o vermelho. Europa deve arrancar negociação negativa

As principais praças europeias estão de olhos postos no vermelho, após o Stoxx 600, índice de referência europeu, ter registado a sexta subida semanal consecutiva e o maior ciclo de ganhos desde novembro de 2021, na semana passada.

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 descem 0,4%.

A pressionar a negociação europeia vai estar a situação na China, com o espoletar de protestos contra a política de covid zero em várias cidades no país. Em Hong Kong, o Hang Seng chegou a perder mais de 4% e as praças asiáticas terminaram o dia pintadas de vermelho.

"Os mercados vão responder negativamente aos protestos em todo o país e ao aumento de casos de covid, que devem gerar novas disrupções nas cadeias de produção e reduzir a procura, pelo menos no curto prazo", explicou o analista Gabriel Wildau, da Teneo, em declarações à Bloomberg.

Assim, Xangai perdeu 1%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng desceu 2%. Pelo Japão, o Topix caiu 0,7% e o Nikkei cedeu 0,5%. Já na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,9%.

Petróleo perde mais de 2%. Gás flutua com descida das temperaturas

O petróleo está a negociar no valor mais baixo desde dezembro de 2021, à medida que aumenta a intensidade dos protestos contra as restrições relativas à política de covid zero na China.

A situação está a piorar as perspetivas de consumo desta matéria-prima no maior consumidor de petróleo do mundo, incluindo com expectativas de que o governo chinês possa apertar ainda mais regras de confinamento, com os casos de covid a subirem novamente.

O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque - perde 2,67% para 74,24 dólares por barril, após três semanas de quedas, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, recua 2,82% para 81,27 dólares por barril.

"O sentimento no mercado do petróleo permanece negativo, e com os desenvolvimentos ao longo do fim de semana na China, não deve melhorar", disse o analista Warren Patterson, do Banco ING, à Bloomberg.

No mercado do gás, os futuros estão a flutuar, com os investidores a analisarem as temperaturas na Europa, que devem diminuir nas próximas semanas, bem como possíveis disrupções na oferta, à medida que o armazenamento fica cada vez mais cheio em vários países do Velho Continente.

A possibilidade de descida das temperaturas aliada a cortes no consumo e na produção indica que o mercado pode vir a apertar a qualquer altura nos próximos meses.

Os futuros do preço do gás TTF, negociado em Amesterdão, sobem 0,1% para 124,5 euros megawatt-hora.

Incerteza na China faz dólar subir e penaliza ouro
Incerteza na China faz dólar subir e penaliza ouro

O ouro está a desvalorizar, numa altura em que os protestos na China estão a dar força ao dólar. Uma vez que este metal é cotado na divisa norte-americana, está a ser penalizado por esta evolução.

O ouro recua assim 0,25% para 1.750,47 dólares por onça. Ao passo que o dólar avança 0,24% face ao euro.

Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – soma 0,15% para 106,113 pontos.

No caso da moeda chinesa, o renminbi (yuan), está a negociar em mínimos de duas semanas relativamente ao dólar, com os investidores a afastarem-se de ativos de risco. O dólar ganha assim 0,36% para 7,2006 renminbis.

"Os preços do ouro têm acompanhado de perto os movimentos do dólar e o aumento da incerteza devido à crescente agitação na China parece estar a sustentar o dólar", afirmou analista Yeap Jun Rong, analista do IG Markets, à Reuters.

"Os preços do ouro têm acompanhado de perto os movimentos do dólar e o aumento da incerteza devido à crescente agitação na China parece estar a sustentar o dólar", afirmou analista Yeap Jun Rong, analista do IG Markets, à Reuters.

Juros aliviam na Zona Euro. Itália contraria tendência e sobe ligeiramente

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar, à exceção de Itália que agrava ligeiramente. Os investidores aguardam esta segunda-feira o discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, perante a Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, em Bruxelas

A "yield" das Bunds alemãs - referência para a Europa - desce 5,4 pontos base para 1,914%, enquanto os juros da dívida pública italiana aumentam 0,4 pontos base para 3,839%.

Já os juros da dívida francesa recuam 4,1 pontos base para 2,388%, enquanto a "yield" da dívida espanhola alivia 2,3 pontos base para 2,907%.

Em Portugal, os juros da dívida nacional descem 4,5 pontos base para 2,832%.

Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica recuam 5,4 pontos base para 3,057%.

China interrompe "rally" na Europa e coloca Velho Continente de vermelho

As principais praças europeias estão a negociar em terreno negativo esta segunda-feira, após seis semanas de ganhos, com os investidores a colocarem de parte os ativos de risco, numa altura em que se registam protestos contra os confinamentos por covid-19 na China.

O Stoxx 600 - o índice europeu que reúne as 600 principais cotadas europeias - perde 0,49% para 438,57 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark" do bloco, o imobiliário e o setor alimentar são os únicos a negociar positivos. A registar as maiores quedas estão as empresas de petróleo e gás e o setor mineiro, a perder mais de 1%.

"A China vai ser o grande condutor de hoje já que qualquer instabilidade política no país é uma fonte de incerteza e preocupação para os mercados", explicou à Bloomberg, Jaime Espejo, analista da Imantia Capital.

"O ponto de partida também é muito positivo depois do recente 'rally', por isso uma pausa [nos ganhos] seria normal", rematou ainda.

Esta segunda-feira os investidores estão de olhos postos no discurso de Christine Lagarde que fala perante a Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, bem como dados trimestrais sobre as condições de vida na Zona Euro.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax recua 0,43%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,59%, o italiano FTSEMIB perde 0,79%, o britânico FTSE 100 desce 0,61% e o espanhol IBEX 35 cai 0,41%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,71%.

Por cá, o PSI perde 0,66%.

Euribor sobem a três, seis e 12 meses para novos máximos de quase 14 anos

As taxas Euribor subiram hoje para novos máximos desde o início de 2009 a três, seis e 12 meses.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, para 2,436%, mais 0,062 pontos, um novo máximo desde janeiro de 2009.

A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também subiu hoje, ao ser fixada em 1,954%, mais 0,032 pontos, um novo máximo desde fevereiro de 2009.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.

No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor avançou hoje, ao ser fixada em 2,892%, mais 0,032 pontos do que na sexta-feira e um novo máximo desde janeiro de 2009.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Manifestações na China atiram Wall Street para o vermelho
Manifestações na China atiram Wall Street para o vermelho

Wall Street arrancou a sessão no vermelho, com os investidores de olhos postos nos protestos na China, perante a preocupação de estes poderem atrasar (ainda mais) a "libertação" do país da política covid zero de Pequim.

 

O industrial Dow Jones cai 0,23% para 34.268,39 pontos, enquanto o S&P 500 desliza 0,47% para 4.007,39 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,26% para 11.197,39 pontos.

 

Os protestos violentos, que começaram nas instalações da Foxconn em Zhengzhou, a maior fábrica de iPhones do mundo, na passada sexta-feira, já se alastraram a grandes metrópoles como Xangai e Pequim, e também em cidades como Nanjing, Chengdu e Wuhan.

 

Entre os principais movimentos de mercado, destacam-se as ações da Apple que deslizam 1,29%, já que o principal fabricante de iPhones foi onde se deu o arranque dos protestos.

 

"Temos assistido a manifestações pequenas e esporádicas contra as medidas anti covid-19 na China há algum tempo", começou por explicar Stuart Cole, macroeconomista-chefe da Equiti Capital. No entanto, desta vez "os protestos estão a crescer e a espalhar-se por todo o país".

 

Além disso, tal acontece "num momento em que o papel da China como motor industrial da economia global se está a deteriorar" considerou.

 

Esta semana, os investidores vão estar atentos à divulgação de mais dados macroecómicos, tais com os números do emprego, e querem ainda ouvir as declarações do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, e do presidente do banco central em Nova Iorque, John Williams. As declarações ocorrerão depois de na semana passada, as atas da Fed terem sinalizado a possibilidade de um abrandamento do ritmo da subida das taxas de juro.

 

O Goldman Sachs estima a possibilidade de abrandamento da economia nos próximos 12 meses de 39%, contra os 11% incorporados pelos preços de ativos de risco.

Ouro desliza com investidores atentos à China e aos EUA

O ouro desliza 0,39% para 1.749,25 dólares, numa altura em que os investidores digerem os protestos na China, o maior importador de ouro do mundo. As manifestações podem atrasar a reabertura da economia chinesa.

O movimento ocorre ainda numa altura em que os investidores esperam esta semana a divulgação dos dados do emprego, entre outros dados macroeconómicos e declarações de membros da Fed, incluindo Jerome Powell, de forma a encontrar pistas sobre a próxima reunião de política monetária que ocorre no próximo mês.

O metal amarelo já caiu cerca de 15% desde o pico de março, pressionado pelas políticas monetárias restritivas levadas a cabo pelo banco central norte-americano, o que impulsiona o dólar, tornando as matérias-primas denominadas na nota verde, como é o caso do ouro, mais onerosas para investidores que negoceiam com outras moedas.

Petróleo continua em queda
Petróleo continua em queda

Os preços do petróleo seguem a perder terreno, com a contestação popular na China devido às restrições decorrentes da covid a intensificarem os receios de menor procura de crude por parte do maior importador mundial.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 1,58% para 82,32 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,76% para 75,70 dólares.

 

O Brent chegou a negociar de manhã nos 80,61 dólares e não registava estes valores desde 4 de janeiro, ao passo que o WTI caiu para mínimos de 22 de dezembro do ano passado quando tocou nos 73,60 dólares.

 

Com este desempenho negativo, ambos os crudes já anularam os ganhos que tinham acumulado este ano.

Euro renova máximos de cinco meses contra o dólar

O euro alcançou máximos de cinco meses contra o dólar, numa altura em que os investidores reavaliam as suas posições na nota verde contra outras moedas.

A moeda única chegou a somar durante esta segunda-feira 0,8% para 1,0482 dólares, como não era visto desde o dia um de julho, tendo entretanto aliviado para 1,0404 dólares.

Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força do "green cash" contra 10 divisas rivais – sobe 0,23% para 106,20 pontos.

Os investidores começam a avaliar as possibilidades do fim do "rally" do dólar a longo prazo, após as atas da Fed da semana passada darem conta de um possível abrandamento do ritmo de subida dos juros diretores nos EUA o que levou o "green cash" a dar gás a partir de março deste ano.

Destaque ainda para o iene, que beneficia dos protestos na China, tendo a moeda japonesa – que serve como um dos maiores portos de refúgio do mercado de câmbio alcançado máximos de três meses, tendo o par dólar e iene caído 1,2% para 137,50 ienes, renovando mínimos de 29 de agosto.

Juros agravam-se na Zona Euro ao som de Lagarde
Juros agravam-se na Zona Euro ao som de Lagarde

Os juros terminaram a sessão a agravar-se na Zona Euro, no mesmo dia em que o mercado esteve atento às declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christina Lagarde (na foto), no Parlamento Europeu.

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para a Zona Euro – subiu 1,1 pontos base para 1,979%.

Por sua vez, os juros das obrigações italianas a dez anos agravaram 5,6 pontos base – o aumento mais expressivo da região – para 3,892%.

Na Península Ibérica, os juros da dívida espanhola a dez anos agravaram 3,8 pontos base para 2,969%, enquanto a "yield" das obrigações lusas a dez anos cresceram 3,5 pontos base para 2,913%.

A inflação na Zona Euro ainda deverá continuar a acelerar, com o Banco Central Europeu determinado ainda a subir taxas de juros "quanto for necessário e durante o tempo necessário" para alcançar o objetivo de ancorar as expetativas de inflação de médio prazo nos 2%, afirmou nesta segunda-feira Christine Lagarde.

Em audição na Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, na quarta ronda anual de diálogo sobre a política monetária com os eurodeputados, a presidente do BCE afastou o cenário de a inflação no espaço do euro ter já atingido o pico, depois de ter alcançado o máximo histórico de 10,6% em outubro.

China veste Europa de vermelho e Lagarde não ajuda

A Europa recuou esta segunda-feira, após seis semanas de ganhos, com a redução do apetite de risco dos investidores, devido aos protestos na China e às mais recentes declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), no Parlamento Europeu.

As manifestações na China geraram preocupação aos investidores com um possível atraso da reabertura da economia chinesa devido à política "zero covid-19". Já a presidente do BCE descartou o cenário otimista de a inflação ter atingido o pico em outubro.

O "benchmark" europeu, Stoxx 600, desvalorizou 0,65% para 437,85 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice, imobiliário e construção comandaram as perdas.

Entre as restantes praças europeias, Madrid recuou 1,11%, Frankfurt caiu 1,09% e Paris desvalorizou 0,70%. Londres deslizou 0,17%, Amesterdão recuou 0,36% e Milão perdeu 0,12%. Por cá, a bolsa de Lisboa acompanhou a tendência e caiu 1,01%.

Entre os principais movimentos de mercado, o Credit Suisse voltou a renovar mínimos históricos pela segunda sessão consecutiva, ao final de dez dias de perdas, a mais longa sequência de derrotas desde 2011.

O destaque foi ainda para os títulos da Adler que chegaram a escalar 64%, depois de a empresa alemã ter concordado com o prolongamento do prazo de vencimento da dívida com os credores e ter adiado a publicação do relatório e contas.

Já a Airbus caiu para mínimos de março, após a Reuters ter noticiado que a empresa vai voltar a atrasar as datas de entregas dos aviões que serão dados aos compradores no próximo ano.

 

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