Câmara baixa do parlamento dos EUA aprova lei que suspende tecto da dívida

A proposta recebeu 314 votos a favor e 117 contra na Câmara dos Representantes, dominada pelos republicanos, apesar da oposição de vários conservadores.
Câmara baixa do parlamento dos EUA aprova lei que suspende tecto da dívida
Lusa 01 de Junho de 2023 às 07:41

A câmara baixa do parlamento dos Estados Unidos aprovou, na quarta-feira, um projeto de lei que suspende o tecto da dívida pública do país até 2025, afastando assim o risco de um possível incumprimento.

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A proposta recebeu 314 votos a favor e 117 contra na Câmara dos Representantes, dominada pelos republicanos, apesar da oposição de vários conservadores, que consideram que a iniciativa não faz o suficiente para limitar a despesa pública.

O presidente norte-americano elogiou os deputados por terem dado "um passo essencial para prevenir o que seria o primeiro incumprimento no pagamento da dívida pública dos Estados Unidos, referiu a Casa Branca, num comunicado.

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Joe Biden pediu à câmara alta do Congresso, o Senado, para aprovar "quanto antes" a iniciativa: "Deixei claro que o único caminho a seguir é um acordo bipartidário que possa receber apoio bipartidário. Este acordo passa no teste".

O líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, garantiu que irá apresentar o projeto de lei "o mais rápido possível" para "evitar o incumprimento", que poderá acontecer já em 5 de junho, de acordo com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

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Um incumprimento poderia ter consequências devastadoras para a economia norte-americana e global, tendo em conta que os Estados Unidos são a maior economia mundial e que o dólar é a moeda de referência.

Caso seja aprovada pelos senadores, a proposta irá seguir para a Casa Branca, para ser assinada por Joe Biden, que esteve envolvido na redação do projeto de lei, com o líder republicano na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.

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O projeto de lei suspende o tecto da dívida até 2025, ou seja, após as eleições presidenciais, no final de 2024.

Em troca, certos gastos serão limitados em 2024 para mantê-los estáveis, excluindo os gastos militares, enquanto em 2025 poderá haver um aumento de 1% acima da inflação.

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A proposta também prevê uma redução de 10 mil milhões de dólares (9,35 mil milhões de euros) em recursos destinados a modernizar e fortalecer os serviços fiscais.

O gabinete de Kevin McCarthy também disse que o acordo prevê a recuperação de "milhares de milhões de dólares em fundos não gastos" durante a pandemia, sem divulgar mais detalhes.

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O compromisso inclui ainda mudanças nas condições para alguns auxílios sociais: aumenta de 49 para 54 anos a idade até que os adultos sem filhos devem trabalhar para receber o auxílio à alimentação, mas elimina essa obrigação de trabalho para os veteranos e os sem-abrigo.

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