Portugal coloca 1.250 milhões de euros a 6 e 12 meses. Juros disparam
Portugal colocou esta quarta-feira 1.250 milhões de euros em emissões de Bilhetes do Tesouro (BT) a seis e 12 meses, naquele que foi o primeiro leilão duplo do segundo trimestre. A República pagou juros mais elevados do que na anterior operação comparável. O IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública emitiu 440 milhões de euros em BT a seis meses, que vencem em março de 2023, com uma yield de 1,291%, um disparo face à taxa de juro média de -0,179%, na última operação a 18 de maio. Já na emissão a 12 meses foram colocados 810 milhões de euros, com uma yield de 1,916%. Na última emissão comparável, o instituto liderado por Miguel Martin emitiu 875 milhões de euros à taxa de juro média de 0,236%. Nesta emissão a mais "longo prazo", a procura superou 1,55 vezes a oferta, enquanto na colocação de BT a seis meses o "bid to cover" foi de 2,92 vezes. O movimento das "yields" no mercado primário tem acompanhado o agravamento dos juros no mercado secundário. Para Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, este comportamento pode ser explicado pela condução da política monetária por parte dos bancos centrais. "Os bancos centrais continuam com políticas monetárias agressivas, numa tentativa de travar a inflação, quando ao mesmo tempo tentam suavizar o impacto na economia", começa por explicar Filipe Silva."As subidas de taxas têm sido globalizadas e a ritmos sem precedentes, elevando os custos de financiamento das novas emissões que chegam ao mercado", acrescenta. Portugal não tem sido excepção, e as "yields" da dívida nacional em todas as maturidades têm agravado, tendo renovado máximos de cinco anos, ainda assim o "spread" face às obrigações alemãs a dez anos - referência para o mercado europeu - tem estado estável, o que para o diretor de investimentos do Banco Carregosa reflete o "bom momento que a economia tem vivido". Ainda assim, Filipe Silva antecipa que a "era e juros negativos chegou ao fim", pelo que "o custo do serviço da dívida vai continuar a aumentar". No entanto, "se os bancos centrais conseguirem os seus objetivos, as subidas abruptas que temos assistido irão suavizar a prazo", salvaguarda o especialista. Durante a sessão desta quarta-feira, os juros da dívida a seis meses no mercado secundário fixa-se em 0,565%, enquanto a "yield" da dívida a 12 meses agrava para 1,252%. Notícia atualizada às 10:59 com comentários de Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa).
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A República pagou juros mais elevados do que na anterior operação comparável. O IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública emitiu 440 milhões de euros em BT a seis meses, que vencem em março de 2023, com uma yield de 1,291%, um disparo face à taxa de juro média de -0,179%, na última operação a 18 de maio.
Já na emissão a 12 meses foram colocados 810 milhões de euros, com uma yield de 1,916%. Na última emissão comparável, o instituto liderado por Miguel Martin emitiu 875 milhões de euros à taxa de juro média de 0,236%.
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Nesta emissão a mais "longo prazo", a procura superou 1,55 vezes a oferta, enquanto na colocação de BT a seis meses o "bid to cover" foi de 2,92 vezes.
O movimento das "yields" no mercado primário tem acompanhado o agravamento dos juros no mercado secundário. Para Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, este comportamento pode ser explicado pela condução da política monetária por parte dos bancos centrais.
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"Os bancos centrais continuam com políticas monetárias agressivas, numa tentativa de travar a inflação, quando ao mesmo tempo tentam suavizar o impacto na economia", começa por explicar Filipe Silva."As subidas de taxas têm sido globalizadas e a ritmos sem precedentes, elevando os custos de financiamento das novas emissões que chegam ao mercado", acrescenta.
Portugal não tem sido excepção, e as "yields" da dívida nacional em todas as maturidades têm agravado, tendo renovado máximos de cinco anos, ainda assim o "spread" face às obrigações alemãs a dez anos - referência para o mercado europeu - tem estado estável, o que para o diretor de investimentos do Banco Carregosa reflete o "bom momento que a economia tem vivido".
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Ainda assim, Filipe Silva antecipa que a "era e juros negativos chegou ao fim", pelo que "o custo do serviço da dívida vai continuar a aumentar".
No entanto, "se os bancos centrais conseguirem os seus objetivos, as subidas abruptas que temos assistido irão suavizar a prazo", salvaguarda o especialista.
Durante a sessão desta quarta-feira, os juros da dívida a seis meses no mercado secundário fixa-se em 0,565%, enquanto a "yield" da dívida a 12 meses agrava para 1,252%.
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Notícia atualizada às 10:59 com comentários de Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa).
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