O peso da dívida pública na economia agravou-se no primeiro trimestre do ano. Após ter descido para 99,1% no ano passado, o rácio da dívida face ao produto interno bruto (PIB) cresceu para 100,5%, no final de março, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Este é o primeiro agravamento trimestral desde o primeiro trimestre de 2021 e segue-se à "operação especial" de Fernando Medina para deixar a dívida abaixo de 100%, que o Expresso noticiou em janeiro. Deste plano constaram uma série de recompras antecipadas de dívida pública no mercado, bem como, segundo o semanário, de aceleração dos pagamentos a fornecedores das empresas públicas.

Em março de 2024, a dívida pública, na ótica de Maastricht, aumentou 2,4 mil milhões de euros, para 270,9 mil milhões de euros. "Esta subida refletiu o acréscimo de 1,7 mil milhões de euros dos títulos de dívida (bilhetes e obrigações do Tesouro) e o aumento de 0,8 mil milhões de euros dos empréstimos, sobretudo de curto prazo", explica o relatório do supervisor.

Em março de 2024, a dívida pública, na ótica de Maastricht, aumentou 2,4 mil milhões de euros, para 270,9 mil milhões de euros. "Esta subida refletiu o acréscimo de 1,7 mil milhões de euros dos títulos de dívida (bilhetes e obrigações do Tesouro) e o aumento de 0,8 mil milhões de euros dos empréstimos, sobretudo de curto prazo", explica o relatório do supervisor.

Os depósitos das administrações públicas totalizaram 13,8 mil milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 800 milhões de euros relativamente a fevereiro. Deduzida desses depósitos, a dívida pública aumentou 3,2 mil milhões de euros, para 257,1 mil milhões de euros.

Face a esta evolução, "no primeiro trimestre do ano, a dívida pública totalizava 100,5% do produto interno bruto (PIB), o que representa um aumento de 1,4 pontos percentuais relativamente ao final do ano anterior", indica. Em comparação com o período homólogo, há ainda uma descida de 11,8 pontos percentuais.

(Notícia atualizada às 11:15)