Grécia coloca dívida a seis meses com juro de quase 3%
A Grécia voltou aos mercados numa operação de financiamento de curto prazo. Colocou todo o montante pretendido, com a procura a superar a oferta, mas a taxa aumentou face à última operação.
A Grécia obteve mais de mil milhões de euros em títulos de dívida pública de curto prazo, atingindo a meta que tinha definido. A procura até superou a oferta, mas o país acabou por ter de pagar uma taxa mais elevada do que na última operação idêntica realizada no arranque do mês passado. O juro ficou perto dos 3%.
De acordo com a agência de gestão da dívida pública grega, citada pela Bloomberg, foi realizada uma emissão de 1,14 mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro com maturidade de 26 semanas, ou seja, seis meses. A procura superou, tal como na anterior operação realizada em Fevereiro, em 30% a oferta.
Esta nova emissão de dívida de curto prazo contou, no entanto, com uma taxa de juro mais elevada do que a de 2,75% paga na anterior operação. A Grécia aceitou pagar 2,97% por dívida a seis meses, que é mais do que a taxa exigida pelos investidores para comprarem dívida pública portuguesa a 30 anos, de 2,789%.
O montante obtido com esta operação vem permitir à Grécia fazer o pagamento de bilhetes do Tesouro que atingem a maturidade a 6 de Março, no valor de 1,2 mil milhões de euros, sendo que para conseguir cumprir esta obrigação o país terá contado com os bancos gregos, mas também com investidores estrangeiros.
O Banco Central Europeu disse aos bancos gregos para não continuarem a aumentar a exposição a bilhetes do Tesouro da Grécia, país que está neste momento em negociações com os parceiros sobre o programa de ajuda. Está agendada para a próxima segunda-feira, 9 de Março, mais uma reunião do Eurogrupo.
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