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Portugal emite mil milhões em nova dívida. Paga mais de 3,2% por obrigações a nove anos

Os juros pedidos pelos investidores para financiarem o país têm vindo a aumentar em linha com a evolução do mercado a nível internacional.

D.R.
12 de Outubro de 2022 às 10:46

Portugal financiou-se em mil milhões de euros no mercado de dívida de médio prazo. Num leilão de Obrigações do Tesouro (OT) a três e nove anos, realizado esta quarta-feira pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, os investidores pediram mais de 3,2% para emprestar até 2031.

No caso da maturidade mais longa, ou seja, até 17 de outubro de 2031, o IGCP emitiu 651 milhões a uma "yield" de 3,23%. Este juro fica acima dos 2,33% pagos em junho num leilão da mesma linha de títulos e alinham com a evolução no mercado secundário, onde a "yield" das OT a nove anos agravam seis pontos base para 3,282%.

Já no caso dos títulos com prazo a 15 de outubro de 2025, foram colocados 349 milhões com um juro de 2,087%. A última vez que o país tinha recorrido a esta maturidade - três anos - foi em março de 2017 pelo que as taxas não são comparáveis. Em mercado secundário, estes títulos seguem com um juro a aliviar para 2,019%.

A agência liderada por Miguel Martín tem enfrentado condições menos favoráveis no mercado obrigacionistas desde o ano passado. A inflação e consequente intervenção dos bancos centrais tem vindo a agravar as "yields" das obrigações globais.

Apesar de se ter mantido suficiente para avançar com a operação, o apetite dos investidores por dívida portuguesa recuou. A procura por OT a nove anos foi 1,79 vezes superior à oferta (o que compara com 2,68 vezes no leilão realizado em junho), enquanto por títulos a três anos ficou 3,01 vezes acima da oferta.

(Notícia atualizada às 11:10)

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