“Este trabalho que tenho hoje, porque ainda sou o CEO do banco, é o melhor trabalho que tive e tenho a certeza de que é o melhor trabalho que vou ter. Porque tenho uma grande proximidade com as pessoas em Portugal, é um grupo que tem um banco que tem 5 mil pessoas, tem um impacto muito direto e de proximidade com clientes e tem um impacto na comunidade onde sempre vivi”, referiu Pedro Castro e Almeida, que poderá ser o futuro Chief Risk Officer (CRO) do Banco Santander, nas entrevistas ‘Desafios Estratégicos da Banca Portuguesa’, conduzidas pela diretora do Negócios, Diana Ramos, no 8.º Grande Encontro da Banca do Futuro. Pedro Castro e Almeida será substituído por Isabel Guerreiro, engenheira que “tem um bom entendimento de tecnologia e uma grande experiência de banca”.
Nos primeiros nove meses de 2025, o banco Santander Portugal apresentou 728 milhões de euros de resultado líquido, mas viu a margem financeira cair cerca de 17% face ao mesmo período do ano passado, e o produto bancário ceder 12%. Para Pedro Castro e Almeida, o foco deve estar na rentabilidade e não apenas nos números absolutos. “O que tem de se olhar é para a rentabilidade do banco e esta, de um ano para o outro, melhorou, passando de 25% para 30%, sendo um dos bancos mais rentáveis da Europa”. E desafiou a encontrar na Europa um banco com a dimensão do Santander em Portugal com uma rentabilidade igual.
Regulação e simplificação
Sobre a supervisão bancária, o CEO do Santander Portugal foi crítico. “Nos Estados Unidos, nos últimos 6 anos, foram colocados 3.409 regulamentos. Na Europa ainda estamos a tentar simplificar. Nos últimos 6 anos foram colocados 13 mil novos regulamentos”, concluindo que “há uma desproporção enorme na perceção de simplificação entre as duas margens do Atlântico”.