O prémio reconhece a importância da floresta para a economia.
O Prémio Floresta é Sustentabilidade?2025/26 pretende distinguir e premiar as melhores práticas florestais e reconhecer a importância das bioindústrias de base florestal para Portugal. As candidaturas devem ser submetidas através do site https://www.premioflorestasustentabilidade.pt/ até ao dia 30 de novembro de 2025.
As categorias a concurso são Economia, Inovação, Jornalismo e Escolas.
As distinções a atribuir, por categoria, consistem num prémio pecuniário de 5 mil euros para o vencedor e ainda num plano de meios de divulgação, nomeadamente nos jornais Correio da Manhã e Jornal de Negócios, em versão papel e online, e nos sites da Biond e do Prémio Floresta é Sustentabilidade.
“No plano da participação, espero que a 5ª edição do Prémio Floresta é Sustentabilidade registe um aumento no número de candidaturas, sobretudo por parte das organizações de produtores florestais, como cooperativas e associações. É essencial que estas entidades se deem a conhecer ao público e evidenciem o papel central que desempenham na gestão ativa da floresta e na valorização dos territórios florestais”, refere Hugo Almeida, secretário-geral da FENAFLORESTA e membro do júri do Prémio Floresta é Sustentabilidade.
Potencial de “transformação social e económica”
Na categoria de Economia, Hugo Almeida gostaria que, no plano do conteúdo das candidaturas, surgissem projetos que evidenciassem as múltiplas dimensões da floresta. Esta pode ser um fator agregador da sociedade mediante a criação de riqueza e através do emprego, dos bens e dos serviços. Mas também presta serviços de ecossistema como a paisagem, o ar limpo, a regulação climática, como capacidade de mobilizar e integrar diferentes agentes em torno de objetivos comuns. “A floresta tem um enorme potencial de transformação social e económica, e esta categoria é uma excelente montra desse impacto”, salientou o secretário-geral da FENAFLORESTA.
Este prémio tem um papel importante na valorização da floresta ao reconhecer projetos e práticas inovadoras que conciliam a produção florestal com a preservação ambiental e o desenvolvimento económico. Na categoria da Economia, representa ainda, segundo Hugo Almeida, “uma oportunidade de as empresas florestais ou não florestais, as associações de produtores, produtores, afirmarem o seu compromisso com a gestão sustentável, promovendo a competitividade, a inovação e a responsabilidade social e o seu posicionamento face à sustentabilidade”.
Distinguir projetos inovadores
Na categoria Inovação, distinguem-se projetos inovadores provenientes da academia, que são os autores de trabalhos académicos, investigadores ou grupos de investigação de universidades, institutos politécnicos, centros de investigação e tecnológicos ou de outras entidades relacionadas com as áreas científicas.
“Penso que a floresta portuguesa precisa mais de inovação no âmbito das ciências sociais do que na tecnologia”, referiu Margarida Tomé, membro do júri do Prémio Floresta é Sustentabilidade, em representação do ISA -? Instituto Superior de Agronomia. Na sua opinião, “os avanços tecnológicos nos últimos anos têm sido enormes e os cientistas e técnicos florestais portugueses têm sido capazes de os acompanhar e de participar nas inovações”.
A dificuldade reside sobretudo na zona norte do Tejo, caraterizada pela fragmentação da propriedade florestal, em que a baixa rentabilidade leva ao afastamento dos proprietários e dificulta a implementação de uma gestão ativa ao nível da paisagem. “A inovação que a floresta necessita é delinear metodologias de gestão agrupada capazes de ‘convencer’ os proprietários a aderirem e a ceder a gestão das suas propriedades a entidades que promovam a gestão ao nível da paisagem”, salientou Margarida Tomé. Acrescentou ainda que há outra dificuldade para os proprietários florestais: “A burocracia e a complicação associada à adesão a qualquer financiamento público. É urgente simplificar os procedimentos a que os proprietários florestais estão sujeitos.”
O papel importante dos jornalistas
A participação das comunidades escolares e o papel dos media na chamada de atenção sobre a floresta são importantes para a sustentabilidade. “Os media, salvo exceções, lembram-se da floresta quando esta arde. E arde vezes demais. O património florestal tem sofrido, nos últimos anos, revezes muito significativos. Mesmo os parques nacionais, como o pinhal de Leiria ou o Gerês, já conheceram o drama dos incêndios e não escondem as suas marcas”, referiu Dinis Abreu, presidente do Clube Português de Imprensa e membro do júri do Prémio Floresta é Sustentabilidade.
A categoria Jornalismo pretende?distinguir os trabalhos jornalísticos publicados na imprensa, rádio, televisão ou digital que contribuam para a divulgação de projetos, trabalhos, investigação, ou iniciativas relacionadas com a temática florestal associada às bioindústrias, que permitam aprofundar o debate sobre a fileira florestal e a sua importância para a economia nacional. “Todas as iniciativas que visem valorizar a floresta são bem-vindas, tendo em conta a sua importância ambiental e económica. Chamar a atenção para a floresta, vítima regular em Portugal de descuidos e de má-fé, além da chamada ‘indústria do fogo’, é uma ação meritória que só justifica ser melhorada e incentivada”, salientou Dinis Abreu.
Interesse crescente das escolas
“A participação da comunidade escolar nas edições anteriores do Prémio?Floresta é Sustentabilidade?revela um crescente interesse e envolvimento ativo por parte de alunos, docentes e escolas. A categoria Escolas, sendo consistentemente a que apresenta o maior número de trabalhos a concurso, evidencia a forte mobilização das escolas em torno das questões ambientais e do desenvolvimento sustentável”, salientou José Carlos Sousa, diretor de Serviços de Projetos Educativos da Direção-Geral da Educação, e membro do júri do Prémio Floresta é Sustentabilidade.
A categoria Escolas premeia trabalhos realizados por alunos que frequentem o 9.º, o 10º, o 11.º e o 12.º anos, e coordenados por docentes com o tema “O Valor da Floresta em 3 minutos”, que devem ter formato vídeo (com cerca de 3 minutos) facilmente partilhável, por exemplo, em redes sociais e com um breve descritivo do trabalho e dos objetivos.
Esta categoria tem um papel central neste prémio, porque, para José Carlos Sousa, “reflete um compromisso efetivo das escolas com a promoção da literacia ambiental e da cidadania ecológica”, que resulta dos princípios da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC), em particular no domínio da Educação Ambiental.
“O prémio tem funcionado, assim, como um catalisador de boas práticas, permitindo às escolas consolidar projetos interdisciplinares, promover parcerias locais e desenvolver competências nos alunos, tais como o pensamento crítico, a participação cívica e a responsabilidade ambiental”. José Carlos Sousa concluiu “que os projetos apresentados são o reflexo do que as escolas já desenvolvem e não são específicos do concurso em si. Há muito e bom trabalho já desenvolvido”.
Pretende distinguir projetos e/ou negócios sustentáveis lançados por associações de produtores, produtores, empresas florestais, empresas não florestais, prestadores de serviços ou outras entidades. Pretende distinguir também projetos de educação ambiental e florestal, provenientes de indivíduos, ONG, autarquias ou outras entidades que tenham projetos de proteção da floresta.
Categoria Inovação?
Distinguem-se autores de trabalhos académicos, investigadores ou grupos de investigação de universidades, institutos politécnicos, centros de investigação e tecnológicos e outros ou de outras entidades relacionadas com todas as áreas científicas.
Categoria Jornalismo
Pretende-se distinguir os trabalhos jornalísticos publicados na imprensa, rádio, televisão ou digital que contribuam para a divulgação de projetos, trabalhos, investigação, ou iniciativas relacionadas com a temática florestal associada às bioindústrias representadas pela Biond, que permitam aprofundar o debate sobre a fileira florestal e a sua importância para a economia nacional.
Categoria Escolas
Premeia trabalhos realizados por alunos que frequentem o 9.º, o 10.º, o 11.º e o 12.º anos, e coordenados por docentes com o tema “O Valor da Floresta em 3 minutos”, que devem ter formato vídeo partilhável, por exemplo, em redes sociais, e com um breve descritivo do trabalho e dos objetivos.