A participar no Jogo da Bolsa há mais de uma década, Tiago Mota já sabe o que a casa gasta. “É preciso ter carteiras com muito risco”, começa por dizer ao Negócios. Este ano tem optado por uma estratégia de reversão para a média, ou seja, “identificar ativos voláteis e tentar ganhar no movimento contrário a grandes descidas e subidas”.
No início do Jogo, os ativos favoritos foram o petróleo, o gás natural e a criptomoeda ethereum. Investiu na subida do primeiro e na descida dos outros dois ativos, o que lhe valeu ganhos expressivos do portefólio. Para o resto da competição, a receita será “reduzir o risco” e continuar a tentar aproveitar as variações dos ativos com elevada volatilidade.
A mesma estratégia é seguida por Diogo Martins. Inicialmente aproveitou a onda positiva e investiu no mercado norte-americano, nos índices S&P 500, Nasdaq 100 e 300 “o que correu bastante bem e deu lucros”. Depois, optou por “shortar” estes índices, ou seja, apostar na sua desvalorização, o que também deu frutos.
A segunda semana do Jogo da Bolsa ficou marcada por elevado nervosismo dos investidores, que acabou por gerar um “sell-off” no setor tecnológico, em particular nas bolsas norte-americanas, que ainda se continua a sentir. Os investidores têm optado por reduzir a sua exposição a estes ativos, tendo em conta os receios de avaliações exageradas e de uma “bolha”. Houve, por isso, quem aproveitasse esta descida para “shortar” algumas cotadas ou índices fortemente tecnológicos.
O jogador nevogildelousada segue na dianteira na competição, tendo fechado a segunda semana com uma valorização superior a 144,5%, ou seja, mais do que duplicando valor inicial. A fechar o pódio estão ainda Francisco Branco (com uma subida de 46,4%) e pedronunes54, com uma valorização de 46,45%. Os três conseguiram estes desempenhos devido a exposições a diferentes ativos: os dois primeiros a ethereum e o terceiro a uma empresa, a Novo Nordisk.
Todos os participantes têm à sua disposição 100 mil euros fictícios para investirem em ativos financeiros durante quatro semanas, que se podem transformar em prémios reais. Para a elegibilidade dos prémios, os jogadores têm de ter durante o jogo uma carteira de títulos composta por, pelo menos, três classes de ativos (ações, ETF, CFD e Forex) e realizar, pelo menos, uma operação com um valor mínimo de 15 mil euros em cada uma destas três classes de ativos.
Jogo da Bolsa
3 a 28 de novembro
O Jogo da Bolsa já está no terreno e termina a 28 de novembro. As diversas classificações serão divulgadas nos dias úteis no site jogodabolsa.jornaldenegocios.pt e na versão impressa do Jornal de Negócios. Até ao final da iniciativa estas classificações serão sempre provisórias e poderão ser alvo de correções.
Todos os dias é retirada uma classificação provisória da Classificação Global, da Classificação Universitária e da Classificação Universo ISCTE Business School, que é divulgada no dia seguinte também no jornal impresso. Às terças-feiras é divulgado o vencedor semanal. O Jogo da Bolsa 2025 é um passatempo organizado pelo Negócios em parceria com a GoBulling e com o ISCTE Business School, e ainda o apoio do Caldeirão de Bolsa.