Na terceira semana do Jogo da Bolsa, o “sell-off” que se vive no mercado cripto - um dos ativos favoritos, tendo em conta a maior volatilidade e o potencial para gerar ganhos (ou perdas) num curto espaço de tempo, - tem vindo a complicar as contas dos jogadores. Ao mesmo tempo, a pressão que se tem sentido sobre as tecnológicas também tem tornado mais difíceis a tomada de mais-valias no mercado norte-americano.
Os CFD, produtos altamente alavancados, estão entre os favoritos de três dos cinco melhores classificados do Jogo da Bolsa. Entre os índices favoritos está o “benchmark” mundial S&P 500, bem como o fortemente tecnológico Nasdaq 100 e o alemão DAX. Pedro Nunes conta ao Negócios que “tentado seguir a movimentação do mercado e seguir ativos mais voláteis”, não só através de CFD, mas também do mercado cambial e de ações individuais. Tal é necessário porque para a elegibilidade dos prémios, os jogadores têm de ter, durante a competição, uma carteira de títulos composta por, pelo menos, três classes de ativos (ações, ETF, CFD e Forex) e realizar, pelo menos, uma operação com um valor mínimo de 15 mil euros em cada uma destas classes de ativos.
Já Bruno Meireles começou por optar por uma estratégia de investimento de longo prazo, o que acabou “por correr mal com as criptomoedas, nomeadamente a bitcoin”. A moeda digital chegou a negociar, na semana passada, abaixo dos 90 mil dólares pela primeira vez desde abril, perdendo mais de 30% do seu valor desde que atingiu um recorde em outubro. A criptomoeda chegou mesmo a estar em saldo negativo no acumulado de 2025.
Na reta final do Jogo da Bolsa - que termina esta sexta-feira - Sérgio Lancha confessa que não está fácil. “A tendência nas criptomoedas é de queda, está tudo a arder e, portanto, o objetivo é aproveitar os pequenos ganhos”, diz. Apesar de, ao longo do jogo, “o aumento da volatilidade ter tornado mais difícil perceber o mercado”, Sérgio Lancha aumentou o leque de investimentos além das criptomoedas e está agora investido em matérias-primas, como a prata, o ouro e o petróleo.
A volatilidade dos mercados europeus também tem dado algumas oportunidades como a variação do índice alemão DAX, que rendeu a Sérgio Lancha uma mais-valia de mil euros num só dia. Para o final da semana os três jogadores indicam que o objetivo passa por tentar seguir o mercado e aproveitar todos os ganhos.
Jogo da Bolsa
3 a 28 de novembro
O Jogo da Bolsa já está no terreno e termina a 28 de novembro. As diversas classificações serão divulgadas nos dias úteis no site jogodabolsa.jornaldenegocios.pt e na versão impressa do Jornal de Negócios. Até ao final da iniciativa estas classificações serão sempre provisórias e poderão ser alvo de correções.
Todos os dias é retirada uma classificação provisória da Classificação Global, da Classificação Universitária e da Classificação Universo ISCTE Business School, que é divulgada no dia seguinte também no jornal impresso. Às terças-feiras é divulgado o vencedor semanal. O Jogo da Bolsa 2025 é um passatempo organizado pelo Negócios em parceria com a GoBulling e com o ISCTE Business School, e ainda o apoio do Caldeirão de Bolsa.