A velha Europa. Mais despesa igual a mais impostos
A única receita que os governantes nacionais e europeus parecem conhecer passa pela cobrança de mais impostos. Numa Europa em que o esforço fiscal exigido às famílias e às empresas já excede o razoável parece não haver limite à sofreguidão daqueles que só formalmente são nossos representantes.
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Não tenho grandes reservas quanto à criação de impostos comunitários nem tão-pouco à tributação das plataformas digitais, das empresas poluentes ou das transações financeiras internacionais. Mas tenho enormes reservas quanto à dimensão das máquinas burocráticas nacionais e europeias. O problema parece não ser ideológico. A favor das medidas estão governantes das diferentes famílias políticas europeias e contra estão aqueles que, embora pertencendo às mesmas famílias políticas dos primeiros, se encontram na oposição em cada um dos Estados-membros.
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O futuro da Europa passa pela harmonização de políticas de desenvolvimento, pelo equilíbrio entre os diferentes Estados, pelo investimento em inovação e pelo aumento da competitividade das empresas num contexto extremamente difícil face aos ataques dos gigantes comerciais e industriais mundiais normalmente pouco preocupados com direitos adquiridos.
Aumentar a carga fiscal às famílias e às empresas europeias, ainda que de forma indireta, significa hipotecar qualquer esperança de reforçar a presença de produtos europeus nos mercados do resto do mundo.
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Na velha Europa que temos, a mais despesa só pode corresponder maior esforço fiscal. Na nova Europa que precisamos, é urgente reforçar o poder da União face aos Estados, reduzir a despesa global com as máquinas burocráticas, corrigir as assimetrias e perceber que o esforço fiscal exigido está diretamente ligado à capacidade de libertar recursos para a inovação, para o investimento e para a implementação de "políticas de felicidade".
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Jurista
Artigo em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
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