Foi em 1995 que Maria José Nogueira Pinto, dirigindo-se a António Lobo Xavier, disse esta frase num congresso do CDS. Muitos ainda se lembram desse momento e, apesar de terem passado quase três décadas, a verdade é que esta expressão é muito atual. Portugal é um país pequeno e toda a gente sabe, ou acaba por saber, praticamente tudo. Verdades, meias-verdades, mentiras, tudo corre a grande velocidade e sem cuidar de saber os danos que provoca. Quando é coscuvilhice ou maledicência fruto da inveja ou de relações mal resolvidas, a coisa passa e em princípio não provoca males maiores. Mas quando envolve as instituições e os seus titulares o dano é mais sério e pode até ser irreversível. Talvez não na vida da instituição ou na memória coletiva. Mas na esfera individual de cada um pode até ser fatal.