Nos últimos dias ocorreram alguns episódios que vieram demonstrar, como se tal ainda fosse necessário, a enorme dificuldade de alterar o sentimento de afastamento e de descrença face a quem se diz político ou a quem pretende representar a classe política. A condição de “ser” ou de “estar” político é por definição uma função nobre desde logo porque inerente à gestão da coisa pública e à defesa de ideais sobre o governo da sociedade. Deveria estar por isso destinada àqueles que merecem a confiança do povo e que aceitem sujeitar-se ao permanente escrutínio da sua atividade. Mas para que tal fosse possível, seria “a priori” necessário que soubéssemos quem são, o que pensam ou o que fazem. Infelizmente assim não é.