Quando a crise dá lucro
A subida do "custo de vida" está a condicionar decisões de investimento e irá certamente afetar durante algum tempo a atividade económica, as receitas do Estado, a tesouraria e a competitividade das empresas e a bolsa dos consumidores.
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A palavra crise não sai dos noticiários nem das nossas conversas. Foi a pandemia, as cadeias de distribuição, a Ucrânia, os preços da energia, o disparar da inflação, a subida das taxas de juro. Umas desencadeiam outras e o impacto na economia mundial é evidente e continuará a fazer-se sentir. Sempre que muitos perdem qualquer coisa, há uns quantos que aproveitam para ganhar muito. Vem isto a propósito da recente discussão sobre os lucros excessivos de algumas empresas em especial no setor da energia. Mas não é certamente caso único. Quantos não foram os setores de atividade que lucraram com a pandemia? Quanto não terão lucrado especuladores através do mercado de capitais, no controlo do fornecimento de matérias-primas ou noutras formas menos ortodoxas. E quem, senão o mercado, terá conseguido regular estas transações? "É a economia, estúpido!", como diriam os americanos na década de 90.
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