A certa altura, em Novembro passado, quando morriam mais de 60 pessoas por dia de covid e a pressão sobre os hospitais já era evidente, ficou claro que um grande número de empresas não estava a permitir o teletrabalho. O primeiro-ministro destacou esse incumprimento e o Governo decidiu que as empresas teriam de passar a justificar por que razão os seus funcionários não podiam trabalhar a partir de casa. Logo veio o presidente da CIP denunciar a alteração do “ónus da prova” e a “carga burocrática” sobre as empresas. A CIP, disse António Saraiva, não era contra o teletrabalho obrigatório – que muitos dos seus associados pura e simplesmente não cumpriam –, mas sim contra a sua regulamentação.