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As pensões outra vez (e sempre)

Um governo minoritário de direita apostado em recuperar o voto pensionista não se dedicará a privatizar partes do sistema. Se há um risco para os contribuintes não é o da privatização agitada à esquerda - é o das mudanças, muito necessárias, acabarem na gaveta.

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"Pensões arriscam cair para 38,5% do último salário em 2050", foi um título que vimos repetido por todo o lado no ano passado. O relatório que terá servido de fonte para esse valor, o "Ageing Report" da Comissão Europeia, refere que será em 2070 que a pensão poderá valer 38,5% do último salário – daqui a 45 anos, ou seja, para a geração que está a entrar, ou que ainda nem entrou, no mercado de trabalho. A falsa data de 2050, contudo, tornou-se num facto inabalável, sendo citada em podcasts de finanças pessoais, e em notícias e comentários nos media, como a prova de que teremos pensões miseráveis já daqui a 25 anos. O relatório fala sobre 2050, sim, mas a taxa de substituição que indica não é de 38,5%, mas sim uns incríveis 91% – é o oposto do alarmismo noticiado e é aqui que as coisas ficam ainda mais interessantes.

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