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É o futuro, estúpido!

Jogadas políticas como esta (matar a candidatura de Moedas) são normais em Democracia. O que não é normal é ter uma classe política inteira a tentar tirar dividendos de algo que se passou há 7 anos.

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O episódio de ontem na comissão parlamentar de inquérito ao BES/Novo Banco é um retrato perfeito da sociedade portuguesa: já passaram quase 7 anos sobre a resolução do Banco Espírito Santo e a classe política continua a olhar para o passado. Todos, mas absolutamente todos, sabem o que se passou. E sabem que, face à decisão da Comissão Europeia e BCE, em 2014, Portugal não poderia ter feito muito diferente do que fez. Mas 7 anos depois insistem fazer politiquice em torno do BES (até dá a sensação que Ricardo Salgado nunca existiu...). Ontem foi a vez de o Partido Socialista anunciar que vai chamar Cavaco Silva, Durão Barroso, Passos Coelho e Carlos Moedas para explicarem o que sabiam sobre a situação do BES. A jogada é óbvia: afastar o ónus do PS, que vendeu (mal) o banco e em vez disso atirar as culpas para os dirigentes do passado. Pelo meio o PS tenta matar dois coelhos de uma cajadada: ao chamar Carlos Moedas ao barulho está a criar as condições para queimar a imagem do principal concorrente de Fernando Medina à Câmara Municipal de Lisboa.

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