Há tempos o líder de uma das associações empresariais (António Saraiva) decidiu dar um "chega pra lá" no Governo: ou o Executivo deixa de tomar decisões sobre as empresas à revelia dos seus representantes ou corre o risco de ficar a falar sozinho (nomeadamente deixar de ter empresas representadas nos eventos oficiais). Fiquei estupefacto: então as empresas estavam, finalmente, a pôr os pés à parede? Ou seja, estavam a pôr o Governo na ordem? Que novidade num país onde as empresas preferem deitar-se na mesma cama dos governos (de direita e de esquerda) para beneficiarem de toda a sorte de subsídios e favores.