Os grandes temas da atualidade gravitam em torno da digitalização e das alterações climáticas e, nos últimos meses, um outro assunto entrecruzou-se de forma indelével: a energia e o seu custo. O futuro do modo de vida, seja na forma como comunicamos, nos relacionamos, compramos, pagamos ou investimos poupanças, será crescentemente digital, e, consequentemente, mais intensamente consumidor de energia, pelo menos numa fase de transição. Ora, como a recente subida de preços tem vindo a revelar, o modelo económico sustentável e digital ambicionado enfrenta o constrangimento da restrição energética - como se produz eletricidade não terá avançado tão rapidamente como outras componentes do modelo. Por outro lado, a relação entre comprador e vendedor ou o objeto da transação estão a ser revolucionados, sem aparente resposta adequada de mecanismos tradicionais de monitorização.