Apologia da paciência num mundo nervoso
O desconforto com as perspetivas dos mercados financeiros decorre menos das tradicionais perspetivas económicas e mais das dinâmicas políticas internas e externas.
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A leitura dos jornais especializados em economia e finanças alerta para os riscos dos mercados de capitais: as valorizações de algumas classes de ativos são extremas, as subidas de preços dependem de um número decrescente de empresas (se no início deste ciclo as principais sete empresas tecnológicas representavam cerca de 15% do mercado, hoje correspondem a mais de 30%), avolumam-se as dúvidas sobre a capacidade de monetizar os ganhos de produtividade induzidos pelo forte investimento em inteligência artificial... Do lado dos mercados privados: a grande visibilidade de várias falências, a constatação que as garantias contratuais são mais leves, o facto de as classes de ativos ainda não terem enfrentado o teste de uma crise financeira, as notícias de redução de exposição por parte de investidores institucionais, criam insegurança nos investidores.
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