O que devemos esperar do multilateralismo em 2023?
Trata-se, definitivamente, de transcender um sistema, o de 1945, que está, como já se constatou, esgotado. Falta saber se os nossos governantes estarão à altura dos desafios, ainda que nós, como sociedade civil, devamos ser ativistas nesta demanda.
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2022 foi um ano, no mínimo, estranho para o multilateralismo. Por um lado, a guerra voltou a assolar o território europeu com uma virulência que, à exceção do Cáucaso, o Velho Continente já não conhecia desde os anos 90. Sujeito a um conflito com graves implicações derivantes da agressão direta de um gigante como a Rússia e o regresso da ameaça nuclear, o mundo parece cada vez mais dividido. Por outro lado, nestes últimos meses, temos assistido a uma proliferação de cimeiras internacionais e encontros bilaterais que, após a pandemia e o interregno que nos impôs, podemos interpretar com alguma esperança como uma espécie de renascimento da colaboração global. Face a tais desenvolvimentos, o que devemos nós esperar deste 2023?
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