Não há comparação possível
Conhecidos os resultados das eleições regionais deste domingo na Madeira, foram rápidas e céleres as comparações com as legislativas de 10 de março. Mas, há muito pouco em comum com ambas as realidades, embora, à primeira vista, possa ser fácil cair nessa tentação, uma vez que o PSD ganha, mas fica aquém de uma maioria. Mas as semelhanças ficam por aqui. Falemos das diferenças.
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A primeira é a de que, ao contrário do que aconteceu em março, o Chega não está disposto a dar a mão ao PSD, disponibilizando-se, por exemplo, para a formação de um coeso bloco de direita, que juntasse PSD, Chega, CDS e IL (e, eventualmente, o PAN, que, na Madeira, como se viu nas eleições anteriores é mais à direita – ou mais pragmático – que os seus irmãos no continente). Mais do que uma impossibilidade prática em juntar todos, quero acreditar que esta suposta recusa do Chega também se prende pela circunstância de ser Miguel Albuquerque (e não outro) o candidato social-democrata, que vence estas eleições. E vence, apesar de ter sido constituído arguido no âmbito de um processo judicial de corrupção, que abalou a ilha e levou à convocação de um novo ato eleitoral.
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