Almoços proibidos num país governado pela barriga
Decididamente a maneira mais prática e eficaz de avaliar a corrupção em Portugal era pesar os detentores de cargos públicos antes de tomarem posse e no momento em que deixassem o posto. A balança não mente.
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A Relação de Lisboa acaba de dar uma machadada mortal no “core” da alma portuguesa ao declarar, a propósito da malograda Operação Influencer, que é incorreto tratarem-se “assuntos de Estado à mesa de restaurantes”. Ouviram-se gritos de protesto. Queremos lá saber se os tipos foram enjaulados dias a fio sem sequer serem ouvidos, ou se lhes mancharam para sempre a reputação com fugas de informação para os jornais, ou outros detalhes de somenos, o que indigna é que se ponha em causa a possibilidade de trocar a enfadonha sala de reuniões por uma refeição bem servida e bem regada! Isso sim, é um atentado às mais elementares liberdades, num país onde tudo de importante se passa à mesa, tudo o que é vital, se diz entre duas garfadas, como o pode testemunhar o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
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