1. É, de facto, muita gente. O número redondo de 70 governantes, recorde absoluto em Portugal e certamente uma das melhores marcas europeias de sempre, não é fruto de impulsos despesistas do primeiro-ministro. É o resultado de uma escolha consciente para modelo de governance em tempos de incerteza. Um secretariado-geral, chamou-lhe Vicente Jorge Silva no Público; uma orgânica de controlo, chamar-lhe-iam os especialistas em configurações estruturais. O principal problema destes formatos é a sua aversão ao risco e à inovação, em detrimento de lógicas incrementais e laboriosos mecanismos de controlo. Por maioria de razão, quando existem óbvias sobreposições funcionais.