O poder da tendência
Comente aqui o artigo de Ulisses Pereira
A semana passada foi mais uma semana de subidas na Bolsa portuguesa. Os touros continuam, serenamente, a marcar a sua posição e a reforçar a tendência ascendente de um mercado que respira saúde por todos os poros. Mesmo algumas acções com fundamentais mais frágeis navegam no barco dos touros.
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Perguntava-me um leitor por que razão algumas acções sobem sem que nenhuma notícia relevante tivesse sido divulgada. A resposta parece simplista mas é a mais verdadeira possível: Quando uma tendência se estabelece, não são precisas notícias nem razões para que as acções prossigam o caminho dessa tendência. Por exemplo, no anterior "Bear Market", o normal era as acções caírem, sem que isso implicasse a divulgação de notícias negativas. O poder da tendência é algo incomensurável e se os investidores, na sua decisão, respeitassem mais as tendências, os seus resultados no mercado seriam bem melhores.
O PSI atingiu na passada semana o seu valor mais alto desde 2015. Os sinais de força sucedem-se, as notícias sobre a economia portuguesa ajudam e os mais cépticos começam a acreditar que algo mudou. É evidente que, arrastados por uma tendência ascendente, algumas acções de fundamentais duvidosos também sobem. Negociar lixo não é um pecado para mim, desde que os investidores estejam cientes disso e tenham um plano de fuga, caso algo corra mal.
É curioso como os mesmos investidores que, nos últimos 2 anos, entravam no mercado porque achavam sempre que já tinha caído demais, agora vendem porque já subiu demais. Desafiar as tendências continua a ser o passatempo preferido de muitos investidores. E o mais fatal em Bolsa.
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Nem Ulisses Pereira, nem os seus clientes, nem a DIF Brokers detêm posição sobre os activos analisados. Deve ser consultado o disclaimer integral aqui
Analista Dif Brokers
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