A canábis medicinal e a burocracia nacional
Em 2018, Portugal deu um passo importante no sentido da legalização da canábis medicinal, tornando possível a prescrição para sete indicações terapêuticas – e isso é de louvar. Fomos pioneiros, temos legislação favorável e um organismo regulador mais liberal. Criou-se um contexto legislativo muito favorável, mas, na prática, ainda se verificam muitos obstáculos ao acesso dos doentes.
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Escrevo na qualidade de economista e empresária que trabalha na indústria farmacêutica, numa empresa 100% portuguesa, que assume como missão trabalhar para melhorar a qualidade de vida das pessoas. É indiscutível que o setor farmacêutico é uma indústria crucial para o desenvolvimento, produção e distribuição de medicamentos, no sentido da manutenção e da melhoria da saúde pública. Investe todos os anos milhares de milhões de euros na investigação e no desenvolvimento de novos fármacos, mas também de novas terapêuticas. Muitos deles nem saem do papel. Aquilo que sentimos, empresas e indústria, é que é necessária mais abertura – dos governos e das entidades reguladoras – no sentido de reduzir a burocracia dos processos e incentivar a inovação.
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