Ângelo Custódio - Analista de mercados do Banco Best
02 de Junho de 2025 às 11:00
Bull & Bear: Europa a liderar!
A economia europeia aparenta estar em recuperação, como indicam os recentes dados macroeconómicos, mas será suficiente para fechar o ano com chave de ouro?!

Mercados europeus a baterem Wall Street “all-mighty”? Pode parecer uma piada de mercado num final de sessão de bolsa empolgante, mas para a surpresa de muitos investidores, após uma década de fraco desempenho, os mercados do Velho Continente estão agora a brilhar, superando as ações dos EUA pela maior margem desde o ano 2000 - especialmente o índice alemão (DAX) que valoriza mais de 20% no ano. Importa salientar que, grande parte das ações europeias entraram em 2025 com “preços baixos”, com a relação preço/lucro a aumentar o apetite dos investidores - ainda desconfiados das avaliações das ações americanas e das perspetivas económicas incertas - recorrendo à Europa em busca de melhores rentabilidades. A economia europeia aparenta estar em recuperação, como indicam os recentes dados macroeconómicos, mas será suficiente para fechar o ano com chave de ouro?!

Os défices não são importantes até o serem - podemos continuar a financiar e a aumentar os limites máximos da dívida até já não o podermos fazer. Foram semanas “big & beautiful” de más noticias para Trump, em que o projeto de lei, originalmente promovido para economizar pelo menos 2 triliões de dólares para o contribuinte americano, até agora, segundo projeções, gerou apenas uma poupança na ordem dos 9,4 mil milhões. Enquanto isso, um tribunal federal dos EUA anulou quase todas as tarifas do “Dia da Libertação” de Trump, considerando que ele excedeu os seus poderes, visto que não esperou a aprovação do Congresso. Já nos relacionamentos, nem o “romance” com Putin aparenta ser duradouro, com o Presidente norte-americano a apelidar o seu homónimo russo de “Louco”. E nestas “belíssimas” semanas, a “lenta” Moody’s cortou o rating da dívida soberana em grande parte devido ao “tal défice”.
Personalidade
Em plena Casa Branca, o presidente da FED, Jerome Powell, indicou (novamente) a Trump que as decisões dos movimentos de taxas de juro não podem ser políticas!
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