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Crise na habitação: um bicho de duas cabeças (no mínimo)

A crise na habitação em Portugal resulta não só do desequilíbrio no mercado habitacional, mas também dos salários baixos e a conjugação destes dois fatores gera problemas sociais e económicos mais amplos.

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A falta de habitação acessível é um problema transnacional de difícil resolução e, embora afete todo o mundo desenvolvido, é particularmente preocupante no caso português. De facto, Portugal é atualmente o país da OCDE (entre os 30 que disponibilizam dados) em que é mais difícil adquirir habitação. Com um índice de acessibilidade habitacional de 157,7 pontos no terceiro trimestre de 2024, o mais elevado desde que existem dados para Portugal (1995), este reflete uma degradação de 58,33% no acesso à habitação nos últimos 10anos. Este indicador deteriorou-se, pois, entre 2014 e 2024, os preços das casas mais do que duplicaram, crescendo a um ritmo quatro vezes superior ao dos rendimentos médios. Para agravar a situação, o custo de vida aumentou, com o IPC a subir 21% no mesmo período. A magnitude do problema e a urgência de o resolver já fez a sua designação escalar para “crise” e, como em todas as crises, discorda-se nas suas causas e na atuação para resolver o imbróglio. A crise na habitação em Portugal é sintomática de dois problemas: por um lado, os salários são baixos e crescem pouco e, por outro, o mercado da habitação está pressionado do lado da oferta e da procura.

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