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Espanha e as profecias que se auto-confirmam

Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália, um a um, tal como os bancos de investimento previram a partir de 2010, vão sendo colocados fora dos mercados financeiros. As tentativas da Zona Euro para resolver o problema financeiro parecem contribuir apenas para a confirmação das profecias.

Ontem, no mercado secundário os títulos de dívida pública a um ano estavam com taxas de juro mais baixas para Portugal do que para Espanha e Itália. E a República Portuguesa conseguiu financiar-se, a um ano, a taxas mais baixas do que a Itália neste mês de Junho. Todos a jogar pelo seguro: daqui a um ano Portugal ainda tem dinheiro da troika e, se for preciso continuará a ter.

Espanha e Itália, ninguém sabe como vão terminar ou estão com margem para se ganhar uns bons milhões antes da intervenção oficial. Como acabará esta crise já ninguém se atreve a prever.

A Brisa e os bons negócios

A Brisa diz que nas novas concessões só perdeu dinheiro. No âmbito das novas concessão, afirma-se como a única entidade que, até à data, está a perder dinheiro. "Na Brisal e na Douro Litoral, ao contrário de outras concessões, houve ganhos para o Estado", afirmou Eça Pinheiro, responsável pela relação com os investidores.

O problema está nas restantes Parcerias Público-Privadas, diz ainda Eça Pinheiro considerando que é um problema difícil de resolver que tem como "pecado original" o facto de se terem construído auto-estradas que não deveriam ser feitas. É difícil não estar de acordo em relação aos excessos na construção de auto-estradas em Portugal, transformadas também elas numa espécie de direito dos cidadãos onde quer que estivessem.

Já são menos compreensíveis as queixas da Brisa que durante anos beneficiou do monopólio das concessões rodoviárias e possui uma das auto-estradas mais rentáveis do país, a auto-estrada que liga Lisboa ao Porto.

Como é que a Brisa passou de uma empresa geradora de recursos para um companhia em dificuldades financeiras, que vai agora ser ajudada pela CGD, não é fácil de compreender. Claro que fazer lucros quando se tem o monopólio é sempre mais fácil do que a concorrência.

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