pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque
Camilo Lourenço - Analista de Economia camilolourenco@gmail.com
22 de Novembro de 2010 às 11:23

Remodelação cirúrgica ou alargada?

Santos Silva, ministro da Defesa e pertencente ao núcleo duro de Sócrates

Santos Silva, ministro da Defesa e pertencente ao núcleo duro de Sócrates, diz que nenhum governo chegou ao fim com a equipa inicial. A declaração, vinda de quem vem, deve ser levada à letra: a remodelação passou de mera probabilidade a certeza. A questão é saber "quando" e qual a "extensão". O "quando" pode ser depois da aprovação do orçamento… ou depois das presidenciais. A segunda hipótese é mais acertada: conferiria nova legitimidade ao 1º ministro, sobretudo em caso de vitória de Cavaco Silva.

A "extensão" é coisa mais problemática. Quando Sócrates as fez (Campos e Cunha por Teixeira dos Santos e Correia de Campos por Ana Jorge, com o afastamento de Isabel Pires de Lima), foi cirúrgico. O que leva muitos analistas a prever que o estilo se manterá. Duvido. Porque este Governo tem erros de casting (António Mendonça, Alberto Martins…), a que se juntam casos de descredibilização (Ana Jorge e Teixeira dos Santos, responsáveis por derrapagens suicidas - embora não seja líquido que valha a pena substituir o ministro das Finanças), fora o "cansaço" de Luís Amado.

Mas há mais razões para uma remodelação alargada. A tal "legitimidade", que permitiria a Sócrates dissuadir Cavaco de dissolver a AR, e o exemplo espanhol: Zapatero mexeu profundamente no Governo e começou a recuperar nas sondagens, um volte-face que Sócrates não desdenharia emular deste lado da fronteira (Cavaco demitiria o Governo se a diferença entre PS e PSD fosse mínima?).

P.S. - Porque é que PS e PSD não trazem para a Justiça, Saúde, Educação e Finanças Públicas o mesmo consenso que permite ao país fazer brilharetes na diplomacia (como se viu neste fim-de-semana)?

camilolourenco@gmail.com

Ver comentários
Ver mais
Publicidade
C•Studio