A dias das eleições britânicas que definirão finalmente a questão da pertença à União Europeia, a ansiedade está a aumentar em ambos os lados do Canal da Mancha. Com as sondagens a apontarem para uma clara vitória dos conservadores de Boris Johnson, investidores e comentadores começaram a preocupar-se novamente com a possibilidade de um Brexit caótico e sem acordo. Isso prejudicaria não só o Reino Unido como também o resto da Europa, que exporta quase o dobro para o Reino Unido do que exporta para a China. Outros ainda temem uma viragem eleitoral que poderia fazer com que Jeremy Corbyn, um marxista impenitente, se tornasse primeiro-ministro de um governo trabalhista, empenhado em renacionalizar indústrias, reavivando a guerra de classes da década de 1970 e minando a NATO.