A falácia do risco financeiro climático
Se os reguladores imparciais quiserem ter em consideração riscos inéditos que possam ameaçar o sistema financeiro, então a lista deverá incluir guerras, pandemias, ciberataques, crises da dívida soberana, crises políticas e até mesmo quedas de asteróides. A probabilidade destes riscos, exceto o último, é mais elevada do que a do risco climático.
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Nos Estados Unidos, a Reserva Federal, a Securities and Exchange Commission [SEC, autoridade reguladora do mercado de capitais, correspondente à CMVM em Portugal] e o Departamento do Tesouro estão a trabalhar no sentido de incorporarem medidas de política climática na regulação financeira norte-americana, seguindo assim os passos ainda mais audaciosos que foram dados pela Europa. A justificação é que o "risco climático" constitui uma ameaça ao sistema financeiro. Mas esse argumento é absurdo. A regulação financeira está a ser usada para introduzir clandestinamente políticas climáticas que, de outra forma, seriam rejeitadas pelo facto de serem impopulares ou ineficazes.
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