A nossa caixa de ferramentas económicas está a ficar vazia
Com taxas de juro extremamente baixas ou mesmo negativas em muitos países, os governos já não dispõem de muitos instrumentos de política monetária para responderem a um abrandamento, já para não falar em mais uma recessão. Contudo, continuam a recusar obstinadamente recorrer à política orçamental – e, em particular, a aumentar a despesa pública –, preferindo implementar cortes de impostos que são fundamentalmente ineficazes na revitalização do crescimento real.
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No mundo natural, os seres humanos distinguiram-se pela complexidade das ferramentas, tecnologias e instituições que foram desenvolvendo. Segundo o antropólogo Joseph Henrich, devemos este sucesso à nossa capacidade de acumular, partilhar e adaptar a informação cultural de geração para geração. Mas, do mesmo modo que estas interconexões permitem que os nossos "cérebros coletivos" se desenvolvam à medida que o tempo passa, o isolamento pode ser a causa da diminuição das suas capacidades. Os economistas deveriam anotar isto.
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